Retomada histórica: Aeroporto Salgado Filho recebe primeiro voo internacional pós-enchente

O primeiro voo internacional após a retomada das operações no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, desembarcou na noite de quarta-feira (18), proveniente do Panamá. A aeronave, um Boeing 737 MAX 9 da Copa Airlines, chegou às 23h57, marcando um marco importante para a aviação na região após sete meses da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio. Com 165 passageiros e seis tripulantes, o voo CMP821 alcançou alta ocupação de 95%.

A Fraport, empresa responsável pela gestão do aeroporto, prevê que 25 mil usuários passem pelo Salgado Filho mensalmente em voos internacionais. Apesar de representar uma redução de 10 mil pessoas em relação ao período anterior à enchente, a expectativa é que o movimento volte ao normal a partir de março de 2025. O investimento total nas obras de recuperação do aeroporto já atinge a marca de R$ 550 milhões, visando melhorias estruturais e aumento da capacidade operacional.

As próximas rotas internacionais a serem retomadas em Porto Alegre incluem conexões com Santiago, no Chile, e Lima, no Peru, com previsão de início para 3 de janeiro. A Aerolineas anunciou que Buenos Aires, na Argentina, deve ser incluída na rota em março, enquanto Lisboa, em Portugal, terá voos pela TAP a partir do dia 1º de abril de 2025. A retomada das operações 24 horas por dia no aeroporto desde segunda-feira (16) tem contribuído para a normalização das atividades aéreas.

Com a conclusão das obras na pista e a melhoria da infraestrutura, o Aeroporto Salgado Filho ampliará o número de rotas disponíveis. Desde a retomada parcial dos voos em outubro, 11 cidades brasileiras já tinham conexão com Porto Alegre. A partir desta semana, o terminal está apto a operar voos para 13 destinos nacionais, incluindo Recife e Salvador, que retornam à lista de rotas. Além disso, o restabelecimento das casas de força no complexo fortalece a segurança e confiabilidade das operações.

Após ser fechado em maio devido às enchentes, o Aeroporto Salgado Filho passou por uma fase de reabertura parcial em julho, operando serviços de embarque e desembarque de passageiros para voos realizados na Base Aérea de Canoas. A retomada gradual das atividades e as melhorias contínuas na infraestrutura destacam o esforço em restaurar a operação aeroportuária na região. O retorno dos voos internacionais é um passo significativo rumo à recuperação total do aeroporto após o histórico desafio enfrentado em 2024.

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Corpo encontrado em mata não é de casal desaparecido em SC: investigação continua

Corpo é encontrado em área de mata durante buscas por casal desaparecido há 38 dias em SC

A Polícia Civil afirmou que o corpo encontrado enterrado na tarde de quarta-feira (18) em São José, na região da Grande Florianópolis, não pertence ao casal Valter Agostinho de Faria Junior e Araceli Cristina Zanella, desaparecido há 38 dias. Devido ao estado avançado de decomposição da vítima, os investigadores acreditam que se trata de outra pessoa, morta aproximadamente há um ano.

As buscas pelo casal desaparecido foram realizadas em uma área de mata no bairro Pedregal, após denúncias que indicavam a possível localização de Valter e Araceli, que têm 62 e 46 anos, respectivamente, e sumiram em 11 de novembro. A polícia suspeita que ambos foram assassinados durante uma discussão relacionada ao aluguel. Como resultado, seis pessoas foram detidas.

A Polícia Científica apoiou os trabalhos no local do corpo encontrado, realizando a perícia e recolhendo os restos mortais para posterior identificação. A Polícia Civil irá investigar as circunstâncias da morte da pessoa encontrada na área de mata em São José.

As investigações sobre o desaparecimento do casal seguem em andamento, envolvendo crimes de sequestro, roubo e estelionato. Segundo as autoridades, Valter e Araceli residiam em Biguaçu, cidade vizinha a São José, e teriam sido mantidos em cativeiro e assassinados no mesmo dia em que desapareceram.

O casal, formado por Araceli Zanella e Valter Agostinho, estava junto há cerca de cinco anos. Araceli mudou-se para Biguaçu após conhecer Valter e juntos administravam um estabelecimento comercial que encerrou as atividades um mês antes do crime. Familiares relatam que o casal estava prestes a se mudar para uma propriedade na praia em Governador Celso Ramos, cerca de 30 quilômetros de distância da sua cidade de residência, pois Valter planejava se aposentar.

A investigação sobre o desaparecimento e morte do casal Valter Agostinho e Araceli Cristina continua, com a polícia não fornecendo detalhes sobre os suspeitos detidos e sua relação com as vítimas. O delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, destacou a falta de colaboração por parte dos presos e a ausência de confissões sobre o crime.

As ações da polícia de São José e a Polícia Civil de Santa Catarina visam esclarecer os eventos que resultaram no desaparecimento do casal e na morte da pessoa encontrada durante as buscas. A colaboração da população e a condução detalhada das investigações são fundamentais para a elucidação dos fatos.

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