A Câmara dos Deputados discutiu nesta quarta-feira a proposta de corte de gastos públicos elaborada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, porém fez ajustes significativos em algumas das medidas. A votação, que estava programada para o mesmo dia, foi transferida para a manhã seguinte, quinta-feira. As emendas parlamentares, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o Fundo Constitucional do Distrito Federal e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estavam entre os pontos que foram alterados durante as discussões. Os deputados trabalharam para equilibrar a necessidade de ajustes fiscais com a garantia de direitos e benefícios sociais. Essa mudança no texto original do pacote gerou debates acalorados e divergências entre parlamentares de diferentes partidos. O objetivo final foi chegar a um consenso que atendesse tanto às demandas de austeridade quanto às demandas sociais da população. A expectativa era que a votação dessa versão desidratada do pacote fiscal acontecesse de forma mais tranquila e unânime. Com as alterações realizadas pelos deputados, o governo terá que reformular parte de sua estratégia econômica, adaptando-se às novas regras estabelecidas pelo Legislativo. A definição final sobre as medidas adotadas será conhecida ao término da votação, quando os impactos no orçamento público serão mais claros e detalhados.