Ministério Público denuncia torcedores do Botafogo por racismo no Engenhão: entenda o caso

Ministério Público denuncia dois torcedores do Botafogo por racismo durante partida no Engenhão

Denunciados são acusados de atos discriminatórios contra torcedores do Palmeiras, comparando-os a macacos, tanto por palavras, quanto por gestos.

Dois torcedores do Botafogo foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio pelo crime de racismo. O caso ocorreu em agosto deste ano durante uma partida entre Botafogo e Palmeiras no estádio do Engenhão.

De acordo com a denúncia, os homens praticaram atos discriminatórios contra torcedores da equipe adversária, comparando-os a macacos, tanto por palavras, quanto por gestos.

Ainda segundo as investigações, um dos denunciados falou diversas vezes a palavra “macaco”. O outro, além de esfregar o dedo indicador no próprio antebraço em alusão à cor da pele das vítimas, simulou movimentos característicos do animal.

Segundo o promotor de Justiça Alexandre Themístocles, as ações deixam clara a intenção deliberada de animalizar pessoas negras.

“A repetição dos insultos reforçou uma dinâmica social de subalternidade imposta aos negros. Além de expressar preconceito e discriminação, as ofensas buscaram recriar uma realidade de inferiorização, deslegitimando a presença das vítimas em espaços esportivos abertos ao público”, afirmou o promotor.

A equipe de reportagem da TV Globo não conseguiu contato com a defesa dos dois torcedores denunciados.

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Juliana Leite Rangel, de 26 anos, é atingida por tiro na cabeça pela PRF: família busca justiça

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi atingida por um disparo na cabeça pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal. O projétil que a atingiu atravessou sua cabeça, segundo informações divulgadas pelos médicos do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde ela está internada. O caso chocou a família da jovem, que estava a caminho da ceia de Natal quando o carro em que estavam foi alvo de tiros disparados pelos agentes da PRF na Rodovia Washington Luis (BR-040).

Após passar por uma cirurgia para a retirada de fragmentos ósseos em consequência do tiro, os médicos do hospital informaram que ainda é cedo para falar sobre possíveis sequelas que Juliana poderá enfrentar. A família da jovem, desamparada e em busca de justiça, está solicitando imagens das câmeras corporais dos policiais militares que prestaram socorro à Juliana, já que os agentes da PRF responsáveis pelos disparos não prestaram auxílio à vítima.

A situação deixou a família em desespero, com a mãe de Juliana, Deyse Rangel, relatando a falta de apoio das autoridades federais e a angústia de ver a filha em estado grave. Jéssica Rangel, irmã de Juliana, descreveu o momento de desespero em que recebeu a notícia do tiroteio que deixou sua irmã entre a vida e a morte. A família segue acompanhando a evolução do estado de saúde de Juliana e espera por justiça.

Os policiais rodoviários envolvidos no caso foram afastados preventivamente de suas funções operacionais enquanto a Corregedoria-Geral da PRF realiza uma investigação interna. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a importância das polícias federais darem o exemplo. Este des

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