Luís Fernando Silla de Almeida, de 46 anos, vizinho de Mateus Bernardo Valim de Oliveira, de 10 anos, confessou ter cometido o homicídio do menino, que estava desaparecido desde 11 de dezembro. Segundo o suspeito, ele e a vítima teria ‘trocado agressões’.
Luis foi preso nesta terça-feira, 17, após o corpo da vítima ser encontrado em uma área de mata próximo a residência. Durante uma declaração à Polícia Civil, o suspeito relatou que ele e Mateus foram até um rio, onde um desentendimento levou a uma agressão fatal. Após golpeá-lo com uma pedra, ele buscou uma serra em casa para desmembrar o corpo da vítima.
“Depois disso, ele foi pegar uma serra e praticou tudo isso. Mas, como eu disse, as motivações e maiores detalhes ainda vão ser apurados”, completou o delegado Tiago Bergamo, responsável pelo caso.
Ainda segundo a polícia, o crime ocorreu na quarta-feira, 11, data em que a criança desapareceu após sair de casa para andar de bicicleta. Durante as buscas na casa do homem, a polícia encontrou animais mortos.
Encontro do corpo
A polícia encontrou o corpo de Matheus em uma área de mata. A investigação contou com o auxílio de câmeras de segurança e cães farejadores.
Nas imagens, a criança aparece pedalando sozinho pela rua, cerca de um quilômetro do local onde o corpo da vítima foi encontrado. Já na segunda-feira, a polícia teve acesso a outras imagens que mostraram Mateus acompanhado do suspeito na região em que o corpo foi localizado.
O suspeito foi ouvido pela Polícia Civil na manhã de terça-feira, 17, junto com outras sete testemunhas. No depoimento, ele apresentou versões contraditórias, levantando suspeitas, mas acabou sendo liberado e preso no mesmo dia após o corpo ser encontrado.
Luís foi levado ao Departamento de Polícia de Assis e, posteriormente, transferido para a uma unidade prisional em Presidente Venceslau (SP). A Polícia Civil aguarda laudos do Instituto Médico Legal (IML) para concluir investigação.
Relação com a família
Testemunhas apontaram que Luís Fernando era amigo da família de Mateus e frequentava a casa da família, além de estar sempre andando de bicicleta com a criança. Segundo o delegado, o suspeito se aproximou da vítima como um ‘cavalo de Tróia’, se aproximando da família de forma confiável, mas com intenções suspeitas.
Além disso, o investigador informou que o vizinho disse ter ouvido vozes que o incentivaram a cometer crimes e que sentia inveja das crianças do bairro, e por isso se aproximava delas. “O que ele nos contou foi que sentia meio que inveja da felicidade das crianças, algo assim. E, aí, essas vozes que levaram ele a fazer esse ato aí bárbaro”, afirmou o delegado.