Falta de insulina preocupa pacientes diabéticos no Maranhão: distribuição irregular prejudica tratamento

Pacientes diabéticos reclamam da falta de insulina nos hospitais do MA

O medicamento é usado no tratamento e controle da doença. A falta da insulina
para o paciente que precisa pode acarretar problemas ainda maiores, como perda
de peso e colapso do organismo.

Pacientes diabéticos maranhenses reclamam da falta de distribuição de insulina
na rede estadual de saúde. O medicamento é usado no tratatamento e controle da
doença, impedindo o colapso do organismo pela falta da substância.

De acordo com relatos de algumas pessoas que dependem do fornecimento do
medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a demora na entrega da insulina
já chega ao quarto mês.

A advogada Rosiclea Montelo, que convive com diabetes tipo 1 desde os 8 anos de
idade, precisa de quatro insulinas de ação mais demorada e cinco de ação mais
rápida por dia. Ela relata que não conseguiu receber o medicamento no único
local de entrega pelo programa do governo federal repassado ao estado, na
Policlínica Pam Diamante, em São Luís.

“Há cerca de um mês e vinte dias recebemos a notícia de que as insulinas de
ação rápida estavam em falta na farmácia do estado e que não tinha previsão
para o abastecimento normalizar”, disse a advogada.

Ao todo, são quatro tipos de insulina de ação rápida. Uma delas já voltou a ser
distribuída nas redes de saúde do estado, mas nem todos os pacientes podem
utilizá-la.

“Recebemos a notícia que apenas uma delas chegou para o abastecimento normal,
mas alguns diabéticos não conseguem utilizar essa que chegou no lugar das outras
que não chegaram. Então, é um problema que foi resolvido para algumas pessoas”, relatou Rosiclea.

Segundo denúncias recebidas pela TV Mirante, esta não é a primeira vez que em
que os pacientes ficam sem o medicamento. De acordo com os relatos de um deles,
já são 120 dias tentando receber a medicação no mesmo hospital que Rosiclea, mas
não consegue.

Outra denúncia aponta a falta de atendimento por parte do hospital ao ligar e
ninguém atender. Uma paciente da cidade de Caxias, a 365 km de São Luís, relata
que “faz dias que nas farmácias não tem insulina” e que precisa da medicação.

A médica endocrinologista Roberta Dualibe afirma que a falta da insulina para o
paciente que precisa pode causar problemas ainda maiores para o organismo quando
deixa de receber o medicamento.

Enquanto a distribuição não é totalmente regularizada, quem precisa da insulina
acaba recorrendo à ajuda de outras pessoas que enfrentam a mesma doença, que
doam para quem está em falta.

“O que me socorreu é que nós temos uma associação de diabético tipo 1, temos um
grupo, onde as pessoas disponibilizam as que tem sobrando, até que a situação
tente normalizar. Mas a pergunta é até quando? Porque as pessoas que doam também
precisam”, relatou Rosiclea.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que as insulinas de ação
rápida e prolongada estão sendo entregues normalmente para os pacientes
cadastrados e que a insulina de curta duração está com entrega prevista para o
fim deste mês. Sobre outro medicamento usado para o tratamento da diabetes, a
previsão de chegada é para o dia 27 deste mês.

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Operação de busca por desaparecidos é retomada após queda de ponte entre MA e TO; 6 mortos confirmados.

VÍDEO: Primeiros corpos são localizados no Rio Tocantins após início de buscas submersas; nº de mortos sobe para 6

Com os corpos recentemente encontrados, sobe para seis o número de pessoas mortas e 11, de desaparecidas confirmadas. As descobertas aconteceram minutos após o início da operação de buscas submersas no rio, onde a ponte desabou no último domingo (25). Informações dos bombeiros confirmam que o primeiro corpo era de um homem que estava dentro de um caminhão.

Buscas por desaparecidos após queda de ponte entre MA e TO são retomadas; 6 mortes

Mergulhadores localizaram, nesta quarta-feira (25), mais dois corpos de vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins. Estas são as primeiras vítimas encontradas após o início da operação de mergulho no Rio Tocantins. A ação foi realizada pelo Corpo de Bombeiros dos estados Maranhão, Tocantins e Pará, em ação conjunta com a Marinha do Brasil.

Com os corpos recentemente encontrados, sobe para seis o número de pessoas mortas e 11, de desaparecidas confirmadas. De acordo com informações dos bombeiros maranhenses, o primeiro corpo encontrado é de um homem, que estava dentro de um dos 4 caminhões que caíram no rio durante o desabamento da plataforma

Ainda não há informações sobre o segundo corpo encontrado na operação. A Operação conta com profissionais especializados em resgate subaquático. Ao todo, são 29 mergulhadores envolvidos na operação que tenta localizar as 11 vítimas ainda desaparecidas. A ponte desabou na tarde do último domingo (22). A plataforma fica na BR-226 e liga as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).

Em publicação feita nas redes sociais, o Corpo de Bombeiros do MA relataram que os mergulhadores enfrentam dificuldade na realização dos trabalhos, devidos às características do rio, que dificultam a visibilidade, somado à correnteza forte e à profundidade do local do acidente, que tem cerca de 50 metros e configura alto grau de dificuldade.

De acordo com as últimas informações da ANA, não há, ainda, informação sobre o rompimento efetivo das embalagens dos defensivos agrícolas, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

As buscas pelas vítimas por botes foram retomadas na manhã desta quarta. Onze mergulhadores da Marinha ajudaram na operação. A Marinha informou que está também utiliza um equipamento chamado SideScan Sonar, que identificou a possível localização de um dos caminhões, a aproximadamente 40 metros de profundidade.

Na terça-feira (24), o corpo de Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos foi encontrado no rio, segundo os bombeiros do Maranhão. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, com origem em Dom Eliseu, Pará. Por volta das 9h, também foi achado o corpo Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas. Ainda na terça-feira (24), por volta das 11h20, o corpo de Andreia Maria de Souza, de 45 anos foi encontrado. Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico. No domingo (22), o corpo de Lorena Ribeiro Rodrigues de 25 anos foi localizado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ela é natural de Estreito (MA), mas mora em Aguiarnópolis (TO). Um homem de 36 anos foi encontrado com vida por moradores e levado ao hospital de Estreito.

O acidente aconteceu na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os estados de Maranhão e Tocantins. Segundo autoridades, oito veículos caíram no rio Tocantins, que passa sob a ponte. A estrutura foi construída na década de 1960, tem 533 metros de extensão e liga as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226. Ela integra o corredor rodoviário Belém-Brasília. As más condições da ponte vinham chamando a atenção de quem passava por lá. No sábado (21), um morador postou um vídeo na internet denunciando a situação.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão. A ponte foi completamente interditada, e os motoristas devem usar rotas alternativas.

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