Decisão judicial suspende federalização do Porto de Itajaí em SC

Decisão judicial suspende federalização do Porto de Itajaí (SC)

Com liminar, estrutura será mantida sob comando do município até que se conclua um processo de transição gerencial. Ministério dos Portos e Aeroportos havia decidido, no início da semana, pela retomada da administração pelo governo federal.

Em entrevista ao Bom Dia SC, governador de SC, Jorginho Mello, fala sobre a federalização do Porto de Itajaí.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) suspendeu nesta quinta-feira (19) o processo de federalização do Porto de Itajaí, que havia sido anunciado nesta semana. Com a decisão, a estrutura se mantém sob o comando do município até que se conclua um processo de transição gerencial.

A liminar em favor do Foro Metropolitano da Foz do Rio Itajaí foi concedida pela desembargadora federal Ana Cristina Ferro Blasi, que considerou que a mudança abrupta, sem tempo de transição, traz riscos à economia e à continuidade das atividades portuárias. O governo federal pode recorrer.

O Porto de Itajaí fica no Litoral Norte de Santa Catarina e é o segundo maior do país, atrás do de Santos, em São Paulo.

Na decisão, na qual o DE teve acesso, a magistrada levou em conta que havia tratativas para a renovação do convênio de municipalização, há mais de um ano, e que a mudança de posicionamento do governo federal é recente.

“Manifestações anteriores, sugestivas da continuidade da delegação, geram expectativas e repercussões políticas e jurídicas de consideráveis efeitos. Há uma série de contingenciamentos de verbas públicas, de direcionamentos de receitas, de elaboração de planos licitatórios e de adequação de gastos que não podem, de inopino, sofrer interrupção”, afirmou no documento.

A federalização do Porto de Itajaí, o segundo maior do país, havia sido confirmada pelo Ministério dos Portos e Aeroportos na segunda-feira (17).

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, (PL), chegou a afirmar, em entrevista à NSC TV nesta quinta-feira, que tentaria reverter, por meio judicial, o anúncio do início da semana sobre a federalização da estrutura.

“A gente não queria perder a autoridade portuária, que Itajaí perde. Então, dá uma crise, dá um desgaste político que não compensa para ninguém”, afirmou.

O Porto de Itajaí é o único no país com a gestão municipalizada, desde a década de 1990. O convênio de delegação da Autoridade Portuária ao município vence no dia 31 de dezembro.

Em nota, o Ministério dos Portos e Aeroportos havia informado que a decisão de assumir a gestão foi tomada após um amplo debate dentro do governo. Até o início de dezembro deste ano, segundo dados da autoridade portuária, o porto movimentou quase 11,5 mil toneladas e recebeu 1.005 navios.

O porto teve as atividades paralisadas em 2022, quando a intenção do governo federal, na época, era a privatização, segundo o atual governo federal. Em dezembro de 2023, já no governo Lula, um contrato provisório foi assinado, retomando as atividades.

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Tiroteio fatal em Porto Alegre: 2 mortos e 2 gravemente feridos

Duas pessoas perderam a vida e outras duas ficaram gravemente feridas durante um tiroteio que ocorreu no bairro Cristal, Zona Sul de Porto Alegre. O incidente aconteceu na noite de quarta-feira (25), quando tiros foram disparados de dentro de um carro que passava pela Rua Ursa Maior. As vítimas foram identificadas como Willian Valença, de 22 anos, e Liedson Lemos Padilha, de 21 anos. Além deles, um menino de 5 anos e um jovem de 20 anos também foram atingidos e estão em estado grave, recebendo cuidados médicos no Hospital de Pronto Socorro (HPS) da capital.

Segundo relatos de testemunhas à Brigada Militar (BM), o veículo passou pela rua por volta das 21h20 e os tiros foram disparados a partir dele. A Polícia Civil já está investigando o caso para tentar esclarecer as circunstâncias do tiroteio. Os dois feridos estão sob cuidados médicos intensivos no hospital em Porto Alegre, lutando pela recuperação.

O ocorrido gerou consternação na comunidade local e levantou preocupações sobre a violência armada na região. A cidade de Porto Alegre, assim como outras áreas do país, enfrenta desafios relacionados à segurança pública que impactam diretamente a vida dos cidadãos. A violência urbana é uma realidade presente em muitas cidades brasileiras, e casos como este ressaltam a urgência de medidas eficazes para lidar com essa questão.

A tragédia deixou um clima de tristeza e apreensão na capital gaúcha, com familiares e amigos das vítimas buscando respostas e consolo diante da terrível perda. Enquanto a investigação prossegue, é fundamental que a polícia e as autoridades competentes ajam com rapidez e eficácia para identificar os responsáveis pelo tiroteio e garantir a segurança da população. A comunidade local clama por justiça e por soluções que possam contribuir para a prevenção de novos episódios de violência nas ruas de Porto Alegre.

A comoção gerada por esse triste episódio reforça a importância de políticas públicas que promovam a segurança e o bem-estar da população. É fundamental que haja uma atuação integrada entre os diferentes órgãos e instituições para enfrentar o problema da violência armada e garantir um ambiente pacífico e seguro para todos. A sociedade civil também desempenha um papel crucial nesse cenário, ao se mobilizar e cobrar medidas efetivas das autoridades responsáveis. Juntos, é possível construir um futuro mais tranquilo e livre de violência para as gerações futuras em Porto Alegre.

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