“Você não está sozinha”, socióloga fala sobre a importância do apoio entre mulheres

E mesmo no século 21 o enfrentamento a esse tipo de agressão é difícil

A socióloga e presidente do Conselho de Juventude, Aava Santiago, esteve no estúdio D.E para falar sobre os casos de ofensas contra a mulher. Recentemente viralizou um vídeo, no qual torcedores brasileiros repetiam frases em alusão ao órgão sexual feminino para uma mulher russa. A repercussão do caso fez com que várias mulheres se manifestassem nas redes sociais em repúdio a ação cometida por esses homens.

E mesmo no século 21 o enfrentamento a esse tipo de agressão é difícil, pelo fato de estarmos inseridos em uma cultura que classifica o silêncio da mulher como consentimento. “Se você se sente sozinha, se você se sente isolada você não tem condições de buscar ajuda”, afirma.

As mulheres que passam por esse tipo de situação ficam marcadas pela vida toda, mas o confronto contra essa agressão deve ser feito porque encoraja outras mulheres que também viveram a mesma coisa, a falarem e denunciarem esses agressores. A socióloga explica, que é muito importante fazer com que elas entendam que não estão sozinhas, e por mais que o processo de denúncia seja longo e conflituoso é necessário enfrenta-lo.

Além de comentar sobre esse caso, Aava também explicou que o machismo é um sistema de crenças, comportamentos, valores e atitudes no qual coloca o homem em situação superior a mulher. Mesmo que a mulher sofra mais com esse sistema, ele também afeta a vida dos homens “esse sentimento de descarte, de eu preciso estar por cima, eu preciso dar as cartas. Eu não posso seguir sem estabelecer um jogo de afeto, sem estabelecer uma precarização das emoções, é obvio que esses caras por mais beneficiados que eles sejam eles também são muito precarizados”, explica.

Como presidente do Conselho de Juventude, Aava coordena o movimento “Você não está sozinha” que apoia e encoraja mulheres de todas as idades a conversarem entre si e compartilharem agressões que sofreram. “Qual que é a maneira dessas mulheres enfrentarem, é colocarem elas em contato umas com as outras. Então o desafio do “Você não está sozinha” é que as mulheres promovam essa rede de acolhimento entre si, nos seus próprios ciclos, ou seja, que a menina da escola saiba que se precisar de ajuda tem uma amiga”, conta.

 

 

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Minha Casa Minha Vida beneficia cidades com até 50 mil pessoas

O governo divulgou hoje, 22, as propostas selecionadas para a construção de moradias em áreas urbanas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), em cidades de até 50 mil habitantes. A lista com as propostas selecionadas foi publicada pelo Ministério das Cidades, no Diário Oficial da União.

Trata-se da primeira seleção do MCMV com recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social com este perfil (FNHIS sub-50). Serão 37.295 unidades habitacionais, em 1.164 cidades, de 26 estados.

A expectativa é que cerca de 150 mil pessoas sejam beneficiadas com “moradia digna para famílias de baixa renda, residentes nos pequenos municípios brasileiros”, informou o ministério. O investimento, segundo a pasta, será de R$ 4,85 bilhões.

“O foco são municípios com população inferior ou igual a 50 mil habitantes. As moradias atendem famílias com renda bruta mensal na Faixa Urbano 1 do MCMV, correspondente a até R$ 2.850, admitindo-se o atendimento de renda enquadrada na Faixa Urbano 2 (até R$ 4.700)”, detalhou o ministério.

Entre os critérios adotados para a seleção dos projetos está o de priorizar propostas que melhor atendam à demanda habitacional e observem “requisitos técnicos de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural, sustentabilidade, redução de vulnerabilidades e prevenção de riscos de desastres e à elevação dos padrões de habitabilidade, de segurança socioambiental e de qualidade de vida da população que será beneficiada”.

Com a divulgação das propostas selecionadas, estados e municípios terão de incluir, até 10 de dezembro, a proposta selecionada na plataforma Transferegov, programa nº 5600020240048, de forma a viabilizar a contratação pela Caixa Econômica Federal até o final do ano.

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