CRM-DF critica condições precárias no Hospital Regional de Planaltina: interdição ética mantida no pediatria e neonatologia.

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) criticou as condições precárias de atendimento no Hospital Regional de Planaltina (HRPL), mantendo a interdição ética nas unidades de neonatologia e pediatria. Após várias fiscalizações e denúncias, o CRM-DF constatou a falta de recursos humanos, infraestrutura precária e carência de profissionais, colocando em risco a qualidade do atendimento e a saúde dos pacientes. A interdição ética é uma medida prevista para garantir a segurança e adequação dos serviços médicos prestados.

Desde janeiro deste ano, o CRM-DF tem acompanhado de perto os problemas enfrentados pelo HRPL, incluindo a falta de pediatras, leitos de terapia intensiva e recursos diagnósticos complementares. Em uma reunião realizada em maio com a Frente em Defesa da Saúde no Distrito Federal, foram cobradas ações mais eficazes para solucionar as questões estruturais e a escassez de profissionais na unidade. No entanto, as condições do hospital não melhoraram significativamente, mesmo após as discussões e cobranças formais.

Após intensas fiscalizações, o CRM-DF decidiu pelo Indicativo de Interdição Ética das unidades de pediatria e neonatologia, dando um prazo para que a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) corrigisse os problemas. Mesmo com um plano de contingência enviado pela SES-DF, as fragilidades persistiram, levando o CRM-DF a exigir ações mais efetivas. Após sucessivas vistorias e planos de contingência insatisfatórios, o CRM-DF concedeu prazos adicionais para que as melhorias fossem implementadas.

Apesar dos esforços, as fragilidades no atendimento médico, principalmente relacionadas às escalas de médicos, ainda persistiam. Uma liminar judicial obtida pela SES-DF suspendeu a interdição ética determinada pelo CRM-DF, gerando contestação por parte do Conselho, que considera a medida necessária para assegurar a segurança dos pacientes e a qualidade do trabalho dos profissionais de saúde. O CRM-DF informou que recorrerá da liminar, mantendo sua vigilância sobre a situação e denunciando irregularidades às autoridades competentes.

O Metrópoles procurou a SES-DF para comentar sobre a manutenção da interdição ética no HRPL, porém, não obteve retorno até o momento. O CRM-DF reitera seu compromisso em defender a ética médica e garantir a qualidade dos serviços de saúde, continuando suas ações de fiscalização e denúncia de infrações éticas. O Conselho seguirá acompanhando a situação de perto e tomando as medidas necessárias para proteger a saúde dos pacientes e garantir boas práticas médicas.

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Estudante de enfermagem encena surto psicótico e gera debates sobre ética e treinamento prático.

No último sábado (28/12), um vídeo de uma estudante de um curso de enfermagem em Maceió (AL) viralizou nas redes sociais. Nas imagens, a jovem encenou uma paciente em surto psicótico durante uma aula prática, mobilizando uma força-tarefa dos colegas para contê-la. A cena chamou a atenção pela intensidade e realismo da atuação da aluna.

Durante a encenação, a estudante estava deitada em uma maca e cercada por diversos profissionais de saúde, que tentavam controlar a situação. A dramatização contou com a participação ativa dos colegas de turma, que acompanhavam atentamente a simulação do surto psicótico. A cena demonstrativa faz parte do aprendizado prático do curso de enfermagem, visando preparar os estudantes para situações reais que possam enfrentar no futuro.

O vídeo viralizado gerou diversos comentários nas redes sociais, dividindo opiniões entre aqueles que elogiaram a atuação da estudante e os que questionaram a necessidade de encenar um surto psicótico de forma tão intensa. Alguns internautas destacaram a importância de simulações como essa para o treinamento adequado dos futuros profissionais de saúde, enquanto outros levantaram questões éticas e de respeito à saúde mental dos pacientes.

Parceiro do Metrópoles, o Gazetaweb publicou uma reportagem completa sobre o caso, revelando mais detalhes sobre a estudante de enfermagem e sua encenação durante a aula prática. A repercussão do vídeo nas redes sociais e a participação ativa dos colegas de turma chamaram a atenção de diversos veículos de comunicação, que destacaram a dedicação e o empenho dos estudantes na formação acadêmica.

A atuação da estudante de enfermagem durante a simulação do surto psicótico provocou debates sobre os limites éticos e profissionais das práticas de ensino na área da saúde. Enquanto alguns defendem a necessidade de vivenciar situações desafiadoras no ambiente acadêmico, outros questionam a forma como essas simulações são conduzidas. O vídeo viralizado serve como reflexão sobre a importância do treinamento prático e da preparação dos futuros profissionais de enfermagem para lidar com situações complexas.

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