Luigi Mangione, o homem de 26 anos acusado de matar o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Manhattan, foi indiciado por homicídio nesta terça-feira, 17. Mangione foi acusado de homicídio em primeiro e segundo grau, além de posse criminosa de arma, após cinco dias de buscas da polícia. O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, afirmou: “Este tipo de violência armada premeditada e direcionada não pode e não será tolerada.”
Thompson, de 50 anos, era o diretor executivo da grande unidade de seguros da empresa e foi morto a tiros em 4 de dezembro, antes de uma reunião com investidores em frente a um hotel de luxo em Manhattan. Mangione, que nasceu em Maryland e provém de uma família abastada, foi detido em um McDonald’s na Pensilvânia após ser reconhecido por um cliente e um funcionário.
Ele estava na posse de uma “arma fantasma” produzida por uma impressora 3D, um silenciador e um carregador com seis munições. Além disso, Mangione tinha várias identidades falsas e um manifesto denunciando a indústria da saúde. Na quinta-feira, 19, Mangione aceitou a extradição para Nova York durante uma audiência em um tribunal da Pensilvânia.
Ele será transportado para Nova York em um helicóptero para responder às acusações de homicídio. Se condenado por homicídio de segundo grau, Mangione pode pegar uma pena de 15 anos até prisão perpétua, enquanto uma acusação de homicídio de primeiro grau pode levar a uma pena de 20 anos até prisão perpétua.
Além das acusações estaduais, Mangione também enfrentará acusações federais que podem resultar na pena de morte, medida proibida em Nova York há décadas, mas possível em casos federais. A advogada de Mangione, Karen Friedman Agnifilo, afirmou que estão prontos para lutar contra essas acusações em qualquer tribunal em que sejam apresentadas.
Mangione sofria de dores crônicas nas costas, segundo amigos e postagens nas redes sociais, embora não esteja claro se sua saúde pessoal motivou o ataque. Ele estudou ciência da computação na Penn State University e mostrava apreço pelo manifesto de Ted Kaczynski, o “Unabomber”, nas suas redes sociais.