Gripe Aviária: Como acontece a transmissão para seres humanos?

Com o aumento das infecções por gripe aviária em gado leiteiro e galinhas, os casos em humanos também têm crescido. Na quarta-feira, 18, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmaram o primeiro caso grave da doença em humanos.

Embora as infecções por gripe aviária em pessoas sejam raras, 61 casos já foram confirmados nos EUA neste ano, sendo que apenas três não envolvem trabalhadores de granjas avícolas ou leiteiras. O vírus da gripe aviária, como o H5N1, afeta principalmente aves, invadindo suas células por meio de açúcares presentes na superfície das células. Esse vírus tem se adaptado, infectando mamíferos, incluindo gado leiteiro.

De acordo com estudos, uma mudança genética no H5N1 poderia permitir que ele se ligasse aos ácidos siálicos encontrados no nariz e pulmões dos seres humanos, mas não é possível prever quando ou se isso acontecerá.

Transmissão para Humanos

Até agora, a transmissão do H5N1 para humanos ocorreu principalmente através do contato com aves infectadas. A maioria dos casos tem sido leve, mas o recente caso grave nos EUA, de uma pessoa na Louisiana, chamou atenção. O CDC revelou que o paciente teve contato com aves doentes e mortas em sua propriedade e continua hospitalizado em estado crítico. Não há registros de transmissão do H5N1 entre humanos no país.

A exposição ao vírus é mais comum em trabalhadores rurais e pessoas que mantêm criações em quintais. A gripe aviária é transmitida principalmente por meio da saliva, muco e fezes de aves, e o vírus pode se tornar aerotransportado quando o ambiente das granjas é agitado. A transmissão também pode ocorrer em salas de ordenha, com o risco de contaminação pelo leite cru não pasteurizado.

Riscos do Leite Cru

Embora não haja registros de infecção humana por meio do consumo de leite cru, patógenos como E. coli e salmonela podem ser encontrados nesse produto. A pasteurização elimina esses germes, mas a refrigeração não. Em um estudo da Universidade de Stanford, o vírus da gripe aviária foi encontrado capaz de infectar células por até cinco dias após a refrigeração do leite cru.

Prevenção e Cuidados

O CDC recomenda evitar o contato com aves ou outros animais doentes ou mortos e tocar superfícies contaminadas. Para quem trabalha com animais doentes, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fundamental. Isso inclui óculos de proteção, luvas descartáveis, máscara facial N95, macacão e botas de borracha. Além disso, especialistas orientam a evitar o consumo de leite cru, preferindo produtos pasteurizados, e a garantir que ovos e aves sejam bem cozidos.

Essas medidas são essenciais para proteger a saúde humana e prevenir o aumento de infecções, especialmente à medida que o vírus continua a se adaptar e a afetar novos hospedeiros.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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