Feira DE Preta: II Festival de Literatura Preta em São Luís celebrando a cultura afro-brasileira.

A Feira DE Preta celebra a cultura afro-brasileira e promove o II Festival de Literatura Preta em São Luís, evento que visa celebrar o afroempreendedorismo, a cultura afro-brasileira e o fortalecimento econômico sustentável das comunidades negras maranhenses. A 4ª edição da Feira DE Preta terá início em 19 de dezembro e se estenderá até o dia 21, no Ceprama. Reconhecida como parte do calendário oficial do estado desde 2018, a Feira DE Preta integra as ações do Novembro Negro e do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

Este ano, a feira contará com a participação de 300 artesãs que, por meio de seus produtos, exaltam a identidade ancestral e a riqueza cultural do Maranhão. Além de fomentar negócios, o evento se consolida como um espaço de discussões sobre identidade, sustentabilidade e valorização das tradições afrodescendentes. Como parte da programação, será realizado o II Festival de Literatura Preta, destacando autoras maranhenses que enaltecem a cultura local e abordam questões de identidade e pertencimento.

Entre os nomes confirmados para o festival estão importantes escritoras que carregam a essência da cultura local em suas produções. Jozemary Frazão, renomada escritora, professora e palestrante, é membro fundadora da Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes e possui reconhecimento nacional e internacional em diversas academias de letras. Milanya Caminha Silva, autora e professora de Educação Infantil, estreia na literatura com uma obra inspirada na cultura vibrante de São Luís, exaltando as tradições da infância maranhense.

Maria José Lima, pedagoga e cordelista, utiliza o cordel como forma de preservar e divulgar o imaginário popular do Maranhão. Maura Luza Frazão, mestranda em Educação e ativista cultural, é uma escritora prolífica com prêmios e participações em mais de 200 antologias nacionais e internacionais. Rute Ferreira, autora do romance “Bordado em Ponto Corrente” e de quatro livros de contos, também participa do festival, valorizando a cultura afrodescendente e fortalecendo as comunidades negras do Maranhão.

A Feira DE Preta reafirma seu compromisso com a valorização da cultura afrodescendente, promovendo arte, literatura e debates que fortalecem as comunidades negras do Maranhão. Ao conectar empreendedorismo, ancestralidade e expressão artística, o evento destaca-se como uma plataforma de visibilidade para a cultura afro-brasileira e um marco no calendário cultural do estado. Com a realização do II Festival de Literatura Preta, a feira oferece uma oportunidade única para diálogos literários e o destaque de autoras que enaltecem a cultura local.

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Justiça concede guarda permanente a mulher trans de criança autista no Maranhão

Uma mulher trans recebeu da Justiça do Maranhão a concessão da guarda e responsabilidade permanentes de uma criança com Transtorno do Espectro Autista. O processo de transferência de guarda foi iniciado em 2022 pela mulher, que é madrinha do menino. A mulher, que é modelo, foi a primeira mulher transgênero a receber esse direito na Justiça. De acordo com a decisão, divulgada nessa quinta-feira (19), ela cuida do menino desde que ele tinha 1 ano e 11 meses de idade. A mãe biológica da criança que mora no Rio de Janeiro, afirmou não ter condições financeiras de cuidar do menino, além do pai nunca ter registrado e nem demonstrado interesse em assumir a paternidade.

Nas audiências, a agora tutora da criança, garantiu que possui condições financeiras, psicológicas e de saúde de assumir a responsabilidade, não havendo impedimento legal que a impossibilite de exercer a guarda, o que já faz de fato. Segundo a juíza Maricélia Gonçalves, titular da 4ª Vara de Família, ficou clara a concordância das partes envolvidas com a guarda unilateral, por parte da madrinha da criança. O Ministério Público (MP) informou no processo que o menino já mora com a mulher autora do pedido, havendo entre eles afeto e cuidado por parte da guardiã e propôs a aprovação judicial da guarda.

Na análise do caso, a juíza decidiu favoravelmente ao pedido de guarda pela madrinha da criança. Segundo DE Justiça, a decisão esclarece que o Código Civil estabelece a competência dos pais para exercer o poder familiar, mas, em casos especiais e excepcionais, como esse, o poder de guarda pode ser transferido do pai ou da mãe para outra pessoa. A mulher, que é modelo, foi a primeira mulher transgênero a receber esse direito na Justiça. De acordo com DE decisão, divulgada DEssa quinta-feira (19), a mulher cuida do menino desde que ele tinha 1 ano e 11 meses de idade.

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