Arthur Lira se despede da presidência da Câmara com emoção

Fim da gestão de Lira tem até choro em plenário

Presidente da Câmara deixa o comando da Casa no próximo ano legislativo, quando os parlamentares devem escolher novo sucessor

A Câmara dos Deputados [https://www.metropoles.com/tag/camara-dos-deputados] finalizou, nesta quinta-feira (19/12), a votação do pacote de revisão de gastos públicos [https://www.metropoles.com/brasil/camara-desidrata-pacote-de-corte-de-gastos-veja-pontos-alterados], enviado pela equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) [https://www.metropoles.com/tag/lula].

Diante da comemoração dos parlamentares, em especial da base governista, pela aprovação dos projetos, os deputados realizaram uma série de homenagens ao presidente da Casa Legislativa, Arthur Lira (PP-AL) [https://www.metropoles.com/tag/arthur-lira].

Lira deixa o comando da Câmara dos Deputados em 2025, quando os deputados devem escolher o sucessor do líder alagoano. Entre os principais candidatos para o cargo estão o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB) [https://www.metropoles.com/tag/hugo-motta], e vice-líder do governo, Pastor Henrique Vieira (PSol-RJ).

Hugo Motta, principal nome para suceder Arthur Lira, também se despediu do presidente Lira e ressaltou o trabalho feito por ele.

“O seu trabalho, a sua firmeza, o seu objetivo sempre de construir consensos, de procurar ter o interesse do povo brasileiro sempre à frente de qualquer interesse momentâneo, partidário, de um lado ou do outro, procurou sempre honrar a confiança que nós parlamentares depositamos em vossa excelência por duas vezes”, enfatizou Hugo.

A deputada Marussa Boldrin (MDB-GO) chegou, inclusive, a se emocionar no plenário da Câmara dos Deputados e agradeceu Lira pelo apoio dado ao agronegócio durante todo o tempo em que ele esteve à frente da Casa.

“Presidente Arthur, fala aqui como cidadã brasileira, como cidadã goiana, e me emociono. Eu nem estava aqui, mas fiz questão de voltar por toda a entrega, por toda, às vezes, até a armadura que o senhor tem que pôr para estar nessa cadeira”, disse a deputada.

“E a gente entende tudo isso. E eu quero aqui, em nome desse time que está aí com você, em nome do Lucas, e todos esses que fizeram parte contigo, e todas essas pessoas, e eu como mãe, como mulher, sei o quanto que o senhor deve ter abdicado da sua família para estar aqui representando o povo brasileiro, representando todo o agro que eu represento, que o senhor nunca se absteve em nenhum momento de estar junto com a gente”, completou Marussa, emocionada.

Lira agradeceu ao posicionamento de todos os deputados e destacou que terá outras oportunidades até o fim de sua presidência na Casa, prevista para encerrar em 3 de fevereiro, para conversar com os colegas da Câmara.

Arthur Lira teve um mandato marcado com embates com o governo federal e também com o Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Câmara não escondeu o descontentamento por diferentes medidas adotadas pelo Palácio do Planalto e chegou a enfrentar a Suprema Corte ao avançar com pautas para limitar os poderes dos ministros, diante da suspensão das emendas parlamentares.

As emendas, vale destacar, foram uma das principais defesas da gestão de Lira.

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Morte brutal de professora no DF: 10 anos de impunidade – Suspeito pronunciado em 2023

Crânio rachado e corpo nu: 10 anos da morte brutal de professora no DF

Heber dos Santos Freitas Ribas, suspeito de matar Janaína Câmara em 2014, foi
pronunciado pelo crime apenas este ano

Após 10 anos do crime, o processo que trata da morte da professora Janaína Alves
Fernandes Tavares da Câmara avançou na Justiça. O suspeito de matar Janaína em dezembro 2014, Heber dos Santos Freitas Ribas, ex-companheiro dela, foi pronunciado em abril deste ano. A juíza da 1ª Vara Criminal do Novo Gama entendeu que ele deve ser julgado por um Tribunal do Júri. Porém, apesar da determinação, Heber segue em liberdade recorrendo a outras instâncias para ser absolvido da acusação.

Em setembro do ano passado, o DE mostrou que o processo do caso de Janaína estava travado na Justiça goiana.

O caso foi recebido pela Justiça em 2021. Apenas em julho de 2023 foi agendada uma Audiência de Instrução e Julgamento agosto do mesmo ano. A audiência chegou a ser realizada, mas sem a pronúncia.

Apenas em 10 de abril deste ano, a Justiça declarou Heber réu e o destinou ao júri popular. Entretanto, a defesa do acusado recorreu da decisão. O recurso chegou à 3ª Câmara Criminal, sob responsabilidade da desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Em julho, ela negou o pedido. A defesa, então, recorreu novamente, levando o caso para a Assessoria para Assunto de Recursos Constitucionais, sob responsabilidade do desembargador Amaral Wilson de Oliveira. Apenas em 28 de novembro, o desembargador proferiu decisão, também negando o recurso especial. Agora, Heber deve aguardar a intimação da decisão do desembargador.

SOBRE O CRIME

Segundo a denúncia do Ministério Público goiano (MPGO), a vítima teve a cabeça esfacelada a golpes de porrete e o corpo seminu jogado em um matagal às margens da Rodovia DF-290, entre Santa Maria e o Novo Gama (GO), município no Entorno do DF.

Janaína foi encontrada sem vida em área de mato. Ela era professora.

Quando policiais militares encontraram Janaína, ela tinha o rosto desfigurado e o crânio rachado, com vazamento de massa encefálica. A vítima se encontrava seminua, com o sutiã levantado e os seios à mostra. Também teve a calça arrancada e a calcinha rasgada. Havia um preservativo perto do corpo e vestígios de fezes nas coxas. Nas peças do processo, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil apresentaram seus laudos, mas não conseguiram cravar com exatidão se a vítima havia sido estuprada antes ou após a morte.

Nos dias que se seguiram após a localização do corpo, a Polícia Civil do DF não demorou a juntar as peças que apontou a autoria do crime. Janaína viveu com Heber pouco mais de dois anos, entre 2012 e 2014, e havia se separado dois meses antes do crime. As apurações apontaram que a vítima começou a sofrer agressões constantes de Heber e decidiu se separar. Heber responde ao homicídio triplamente qualificado em liberdade.

A professora municipal de Goiás lecionava para alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Jardim Paiva, no Novo Gama, no Entorno do DF, e faltou ao trabalho no dia que antecedeu ao crime. No dia seguinte, no entanto, às 15h40, policiais encontraram o corpo da jovem no matagal. Janaína deixou três filhos: um menino com pouco mais de 1 anos, fruto do relacionamento com o homem que tirou sua vida, além de um garoto de 5 anos e uma menina, de 6. Atualmente, os órfãos estão com 11, 15 e 16 anos respectivamente.

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