A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) está reforçando as ações após o ataque a tiros direcionado aos indígenas do povo parakanã na Terra Indígena Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no sudoeste do Pará. No incidente que ocorreu na madrugada de quarta-feira (18), não houve relatos de feridos ou prisões de suspeitos. Ainda assim, a presença da Força Nacional foi intensificada para garantir a proteção das comunidades indígenas, a segurança local e manter o usufruto exclusivo do território pelos Parakanã.
Após o ataque, veículos foram avistados dentro da terra indígena, e cápsulas de balas foram encontradas no chão. Vídeos registrados pelos próprios indígenas evidenciaram marcas de tiros em residências de madeira e telas de proteção contra mosquitos. Diante desse cenário preocupante, o Ministério da Justiça anunciou que a Força Nacional continua realizando patrulhas contínuas no território, reforçando o efetivo presente na região para manter a segurança e proteção das comunidades.
Apesar da presença dos agentes durante a fase pós-desintrusão da Terra Indígena Apyterewa – que encerrou em fevereiro de 2024 com a desocupação dos invasores -, o ataque ao povo parakanã ressalta a importância do monitoramento constante e da fiscalização territorial para impedir o retorno de invasores e combater atividades ilegais. Nesse sentido, a etapa pós-desintrusão engloba patrulhamentos regulares, monitoramento remoto por sensoriamento e a intensificação da atuação integrada entre órgãos federais e estaduais.
As ações coordenadas envolvem o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Funai, a Abin, o Ibama, além das Polícias Federal e Rodoviária Federal. Com foco na prevenção, fiscalização e combate a atividades ilícitas, as estratégias visam assegurar a proteção das comunidades indígenas e a preservação do território. Imagens divulgadas pela Polícia Federal ilustram a operação na Terra Indígena Apyterewa, destacando a importância do trabalho conjunto para garantir a segurança e integridade das comunidades afetadas.