Mais de 260 mil eleitores de 11 municípios voltam às urnas neste domingo

Neste domingo (12), novas eleições estão sendo realizadas em seis municípios do Rio Grande do Sul, três de Minas Gerais, um do Amapá e outro do Mato Grosso. Juntos, o eleitorado que voltará às urnas soma 264,8 mil pessoas.

Nestes locais, os pleitos de outubro do ano passado foram anulados porque os candidatos com maior votação não conseguiram obter o registro de candidatura. Por força de apelações, eles conseguiram manter seus nomes nas urnas, mas posteriormente tiveram seus recursos negados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, mesmo vencendo, não puderam assumir o cargo de prefeito.

Após a reforma eleitoral de 2015, o Código Eleitoral passou a prever a ocorrência de novas eleições sempre que não for mais possível recorrer de “decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário”.

Gravataí, no Rio Grande do Sul, é a maior cidade que realiza novas eleições hoje. O município tem uma população de 273,7 mil pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O candidato vencedor, Daniel Bordignon (PDT), teve seu registro de candidatura indeferido por ter sido condenado por improbidade administrativa. Ele já havia sido prefeito da cidade entre 1997 e 2004, quando contratou 1.292 funcionários sem concurso público, de acordo com a condenação.

Dezenas de outros municípios ainda podem vir a ter novas eleições este ano. O TSE estipulou 12 possíveis datas para os pleitos. A próxima será em 2 de abril, quando 12 municípios de seis estados já se preparam para voltar às urnas, entre eles Foz do Iguaçu, no Paraná.

Confira abaixo quais são os 11 municípios, com seu eleitorado aproximado, que voltam às urnas neste domingo:

Rio Grande do Sul

Gravataí – 186,6 mil eleitores

Arvorezinha – 8,4 mil eleitores

Butiá – 16,9 mil eleitores

Salto do Jacuí – 9,2 mil eleitores

São Vendelino – 1,9 mil eleitores

São Vicente do Sul – 7,2 mil eleitores

Amapá

Calçoene – 7,4 mil eleitores

Mato Grosso

Conquista D´Oeste – 2,8 mil eleitores

Minas Gerais

Alvorada de Minas – 4,2 mil eleitores

Ervália – 16,4 mil eleitores

São Bento Abade – 3,8 mil eleitores

Fonte: Agência Brasil

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Médico acusado por 22 mulheres é investigado após morte em clínica de estética

O médico Josias Caetano dos Santos, responsável pelo procedimento de hidrolipo que levou à morte da jovem Paloma Lopes, de 31 anos, em uma clínica no Tatuapé, zona leste de São Paulo, já responde a pelo menos 22 processos judiciais por negligência médica. As denúncias incluem casos de pacientes que sofreram mutilações e cicatrizes severas após intervenções realizadas pelo cirurgião.

De acordo com o advogado José Beraldo, que representa as vítimas, as pacientes buscaram procedimentos estéticos para melhorar a autoestima, mas enfrentaram graves consequências. “Essas mulheres procuraram beleza e encontraram o horror”, afirmou Beraldo.

Os processos, abertos entre 2022 e 2023, tramitam em diversas comarcas de São Paulo e estão na fase de perícia médica, com análises conduzidas pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (IMESC).

Histórico de denúncias

Segundo a CNN, Josias realizava cirurgias plásticas, como lipoaspirações e implantes de silicone, tanto em hospitais da capital quanto em seu consultório particular no Tatuapé, local que não possui infraestrutura adequada para procedimentos complexos. Entre os relatos, há casos de pacientes que perderam o mamilo após cirurgias de prótese de silicone.

Em um caso de 2019, uma mulher submetida a uma mamoplastia redutora percebeu que a aréola de um dos seios estava necrosada poucos dias após a cirurgia. Os reparos realizados no consultório do médico não tiveram sucesso, resultando na perda do mamilo. A vítima acionou a Justiça pedindo uma indenização de R$ 70 mil pelos danos sofridos.

Josias também foi condenado em 2013 a pagar R$ 20 mil por danos morais a uma paciente que enfrentou complicações graves após um implante de silicone realizado em 2007. A mulher sofreu uma hemorragia que não foi tratada adequadamente e precisou procurar outro hospital para tratar anemia pós-operatória.

Morte na clínica Maná Day

Nesta terça-feira, 26, Paloma Lopes Alves faleceu após realizar uma hidrolipo nas costas e abdômen na clínica Maná Day. O procedimento, conduzido por Josias, resultou em uma parada cardiorrespiratória irreversível.

Segundo o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), diversas denúncias contra o médico já foram arquivadas. No entanto, o órgão afirmou que está investigando o caso envolvendo Paloma, com o processo tramitando sob sigilo.

A defesa do médico não se pronunciou até o momento. As autoridades continuam apurando o caso.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp