Turista da Paraíba morre atropelada por ônibus no Rio de Janeiro: segurança no trânsito em questão

Uma turista da Paraíba perdeu a vida após ser atropelada por um ônibus em uma faixa de pedestres na cidade do Rio de Janeiro. Priscila Marques Monteiro, de 27 anos, foi vítima do acidente na Glória, localizada na Zona Sul do Rio.

O trágico ocorrido aconteceu na manhã do dia 7 de dezembro. Testemunhas relataram que Priscila estava atravessando a faixa de pedestres em frente à Praça Luiz Camões com uma bicicleta alugada quando o ônibus da linha 472 (Triagem-Leme) avançou o sinal. O impacto foi tão forte que o para-brisa do ônibus quebrou no momento da colisão.

Como resultado do acidente, Priscila sofreu fraturas nos pés e traumatismo craniano, sendo levada em estado grave para o Hospital Municipal Miguel Couto, no bairro do Leblon. Infelizmente, após nove dias internada, veio a óbito.

Segundo relatos da engenheira Camila Leoncio, amiga da vítima, o motorista do ônibus teria mentido ao afirmar que tentou frear antes da colisão. Até o momento, a empresa responsável pelo ônibus não se manifestou junto à família de Priscila. O motorista foi ouvido pela 9ª DP (Catete) e posteriormente liberado.

Camila denunciou que é recorrente a falta de respeito às leis de trânsito por parte de ônibus e carros na região. Priscila, que estava sozinha no Rio de Janeiro e tinha planos de encontrar amigos, era uma pessoa alegre e apaixonada pela vida, tendo a cidade como destino pela segunda vez.

Natural de Salvador, Priscila era formada em marketing e possuía um cão de estimação chamado Bertô. Familiares se deslocaram até o Rio para buscar o corpo da jovem, que será sepultado na Paraíba. O Rioônibus, sindicato que representa as empresas de ônibus, declarou estar em contato com o consórcio Intersul para investigar o ocorrido.

A Secretaria Municipal de Transportes se pronunciou, solicitando esclarecimentos ao consórcio e medidas preventivas para evitar situações semelhantes no futuro. A tragédia evidencia a importância da segurança no trânsito e do respeito mútuo entre condutores e pedestres para prevenir acidentes fatais como o que vitimou Priscila Marques Monteiro.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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