Grupo neonazista tramava vingança, mas polícia conclui: homem negro agiu em legítima defesa

Um grupo neonazista foi descoberto pela Polícia Civil tramando uma vingança contra um homem negro que reagiu a um ataque e matou dois indivíduos em Porto Alegre, de acordo com as mensagens obtidas durante a investigação. A briga aconteceu no bairro Cidade Baixa e resultou na trágica morte dos agressores. O delegado responsável pelo caso concluiu que o homem agiu em legítima defesa, o que o isentou de qualquer indiciamento pelas mortes.

De acordo com os relatos da investigação, Aristides Mathias Flach Braga e Lucas Vinicius Zatti atacaram o homem armados com um porrete com pregos fixados, enquanto a vítima revidou utilizando um canivete como forma de defesa. Mesmo sendo preso no dia do incidente, o homem negro foi posteriormente libertado. A polícia descobriu que a dupla havia anteriormente ameaçado a vítima através das redes sociais e tinha vínculos com um grupo neonazista.

O delegado Eric Dutra, responsável pelo caso, foi enfático ao afirmar que o homem agiu em legítima defesa, fato que o livrou de maiores consequências legais. O grupo neonazista ao qual Aristides e Lucas pertenciam foi alvo de uma operação policial que resultou na apreensão de materiais com apologia ao nazismo, incluindo conteúdos que incitavam o preconceito e o ódio contra negros e judeus.

Dois indivíduos foram presos em relação ao caso, sendo um deles identificado como o proprietário dos materiais encontrados durante as buscas e o outro como autor das ameaças proferidas contra o homem negro. Segundo a polícia, a célula do grupo neonazista contava com pelo menos 30 integrantes, e a operação visava desmantelar suas ações de intolerância e violência. Imagens de câmeras de segurança registraram os momentos da briga que culminou nas mortes em Porto Alegre.

O desfecho trágico desse episódio evidencia a importância do combate ao ódio e ao preconceito, bem como o papel das autoridades em coibir a atuação de grupos extremistas que pregam a violência contra minorias. O caso serve como alerta para a necessidade de manter uma vigilância constante contra discursos e ações discriminatórias, visando promover uma sociedade mais justa e igualitária para todos os cidadãos.

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Agressão policial no RS: PM agride motociclista em abordagem choca população de Lajeado no Vale do Taquari – investigações em andamento.

No estado do Rio Grande do Sul, um caso de agressão policial chocou a população. Um policial militar foi flagrado agredindo com chutes e socos um motociclista durante uma abordagem em Lajeado, no Vale do Taquari. As imagens registradas no vídeo mostram o momento em que o PM desfere chutes na cabeça e nas costelas do homem, que estava ajoelhado e desarmado. Outro policial estava presente durante a ação, apenas observando. A Brigada Militar (BM) informou que abriu um procedimento interno para investigar o caso.

A abordagem policial teria sido motivada por denúncias de que um grupo de motociclistas estaria transitando em alta velocidade e causando perturbação na região. Em nota oficial, a BM descreveu a ação como um “possível excesso durante uma abordagem policial” e garantiu que todos os procedimentos internos necessários para esclarecer os fatos estão em andamento. Um oficial responsável pela investigação já foi nomeado e deve começar a ouvir os envolvidos nos próximos dias.

A vítima das agressões preferiu não se identificar, mas relatou que após o ocorrido os policiais recolheram sua motocicleta com um guincho e o liberaram. Posteriormente, ele foi atendido em um hospital da cidade e encaminhado a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) com lesões na cabeça e nas costelas. Apesar dos ferimentos, o motociclista recebeu alta no mesmo dia. Até o momento, não há ocorrência registrada sobre possível perturbação de sossego envolvendo o homem agredido.

É importante ressaltar que a competência para investigar possíveis crimes cometidos por policiais militares é da própria corporação. Neste caso, a delegada Shana Luft Hartz, titular da 19ª Delegacia Regional da Polícia Civil, encaminhou a ocorrência à Brigada Militar por se tratar de violência policial. A sociedade aguarda por transparência, legalidade e segurança por parte das autoridades para esclarecer os acontecimentos e garantir a justiça.

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