Mulher idosa recebe pensão militar de R$13,4 mil após confusão com policial: saiba mais

Mulher presa na porta de DE recebe R$ 13,4 mil de pensão militar

Maria Cristina de Araújo Rocha, de 77 anos, divide com a irmã a pensão de R$ 13,4 mil do pai, militar do Exército já falecido

São Paulo — Presa na porta da casa do presidente Luis Inácio Lula da Silva, na zona oeste de São Paulo, por ter feito xingamentos racistas contra um agente da Polícia Federal, Maria Cristina de Araújo Rocha, de 77 anos, divide com a irmã uma pensão de pagos pelo Exército Brasileiro.

O dinheiro é herança da carreira militar do pai, Virgílio da Silva Rocha, ex-tenente das Forças Armadas e que se aposentou com a patente de coronel, cujo soldo (salário) é de R$ 13.471,00 mensais. Após a morte do militar, o valor da pensão foi repassado para as duas filhas, que nunca se casaram e, com isso, permaneceram com o benefício.

COROA DE FLORES PARA LULA

Maria Cristina chamou a atenção da imprensa ao comparecer à frente da casa de Lula, no Alto de Pinheiros, com uma coroa de flores. Durante a visita, ela causou confusão ao insultar um policial federal, chamando-o de “macaco” e “gorila” — atitude que provocou a condução dela para a Superintendência da PF e a prisão por injúria racial.

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Apesar de confessar os xingamentos, Maria Cristina nega ter sido racista com o policial: “Eu não sou racista. Se eu fosse racista, você estaria ouvindo da minha boca agora que eu sou, eu ia assumir isso. Eu vou puxar meus amigos negros para falar que eu não sou”, disse ao DE.

Bolsonarista, a mulher mora em Perdizes, bairro de classe média também na zona oeste paulistana, e decidiu ir até a casa de Lula porque estava incomodada com a presença dele na região. “Eu pensei, o cara tá aqui, uma semana ao lado da minha cabeça. Não teve um caminhão, um trio elétrico. Estão deixando ele dormir. Ele deveria ser perturbado, deveria estar lá na casa dele, em São Bernardo do Campo, e não aqui”.

O presidente Lula estava em São Paulo para se recuperar de uma cirurgia de emergência feita para conter uma hemorragia cerebral.

Apesar disso, a mulher diz não se importar dele ser uma pessoa idosa e em recuperação de um tratamento médico: [Se encontrasse ele na rua] partia para a guerra, partia para a porrada. Sabe porrada física? Sopapo, rabo de arraia, empurrão. […] Ele é uma pessoa que me provoca os sentimentos mais escuros […]”, disse.

LIGAÇÕES PARA ALEXANDRE DE MORAES

Além da pensão do pai, Maria Cristina trabalhou como corretora de imóveis e recepcionista. Hoje, ela é aposentada e dedica parte do seu tempo envolvida em campanhas políticas ligadas ao bolsonarismo. Ela conta que já organizou abaixo-assinados, protestos e tem o hábito de fazer ligações para o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

A ida até a casa de Lula foi uma ação improvisada de Maria Cristina. Enquanto caminhava na Avenida Paulista, ela conta que teve o impulso de juntar lixos das bancas de revista com flores.

A mulher também pregou uma foto ofensiva de Moraes na janela de seu carro. “Eu falo que se eu encontrar com ele [Alexandre], eu tô ferrada, porque vou partir para cima. Eles já sabem meu CPF. Eu não tenho medo de porrada”, declarou a aposentada.

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Polícia Federal age rápido para afastar agente corrupto ligado a funkeiros do PCC

A Polícia Federal agiu rápido para afastar um agente preso por receber propinas de funkeiros ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O investigador Rodrigo Barros de Camargo, conhecido como “Rato”, foi flagrado recebendo valores que podiam chegar a até R$ 100 mil das estrelas da Love Funk, como os MCs Paiva, Brisola e GHdo 7. A prática ilegal envolvia a liberação de rifas nas redes sociais, servindo como meio de lavagem de dinheiro para a organização criminosa.

As investigações apontam que o policial era uma peça-chave na rede criminosa, atuando para evitar ou interromper investigações sobre as rifas ilegais realizadas pelos artistas da Love Funk. Essa estrutura organizada contava com divisão de tarefas, uso de empresas para movimentação de recursos e articulações entre empresários, artistas e agentes públicos. Os crimes envolvem corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.

A atuação de “Rato” ocorria no 6º Distrito Policial de Santo André, na Grande São Paulo. Conversas de WhatsApp entre os acusados revelam como o esquema funcionava, com pagamentos à polícia sendo negociados para proteger os envolvidos nas práticas ilegais. O empresário Vitor Hugo dos Santos e os artistas discutem os valores, com destaque para um diálogo entre MC Brisola e Victor Hugo sobre repasses de R$ 20 mil aos policiais.

A complexidade do esquema envolvia ocultação de patrimônio dos artistas e empresários, com a compra de bens de luxo, fazendas, adegas e barras de ouro. A PF conseguiu apreender joias e dinheiro em poder dos acusados, comprovando a prática criminosa. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os envolvidos por sonegação de impostos, revelando a extensão das atividades ilegais que visavam evitar a fiscalização e lavar dinheiro para o PCC.

A gravidade do caso levou à prisão do agente corrupto e à tomada de medidas para coibir futuras práticas semelhantes. A população deve estar atenta e denunciar atividades suspeitas que envolvam a corrupção de agentes públicos, garantindo assim a integridade e o correto funcionamento das instituições de segurança. A colaboração da sociedade é essencial para combater a impunidade e garantir que a lei seja cumprida.

É importante ressaltar a importância da transparência e da ética no trato com recursos públicos e no combate à corrupção em todas as esferas da sociedade. A Polícia Federal segue atenta a essas práticas ilegais, agindo de forma eficaz para investigar, identificar e punir os responsáveis. A operação que resultou no afastamento do agente corrupto demonstra a dedicação das autoridades em garantir a segurança e a tranquilidade da população, combatendo ativamente atividades criminosas que visam minar a ordem e a justiça.

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