Justiça anula convocação e contratação em concursos públicos em Três Corações, MG: impactos na gestão municipal

Justiça anula convocação e contratação de candidatos aprovados em concursos públicos em Três Corações, MG

A decisão da Justiça de anular a convocação e contratação de candidatos aprovados em concursos públicos na cidade de Três Corações, no sul de Minas Gerais, entre os anos de 2019 e 2023, veio após o pedido de convocação de 175 aprovados no último dia 12. A liminar que determinou essa anulação destacou que a iniciativa infringe a Lei de Responsabilidade Fiscal e pode comprometer o orçamento do município.

O texto da decisão ressalta que não há urgência de contratação para preencher o número de vagas solicitadas. Além disso, o Ministério Público se posicionou favorável à reversão da medida, considerando-a passível de ser concedida no momento atual para evitar prejuízos ao erário público.

A prefeitura de Três Corações divulgou, por meio de nota, que a Procuradoria Geral do Município recebeu a decisão na tarde da última sexta-feira (20) e que a administração municipal irá analisá-la minuciosamente. A anulação da convocação e contratação dos aprovados em concursos públicos na cidade representa um desafio para a gestão pública local, que agora terá que rever seus planos de contratação para obedecer às determinações judiciais.

Essa decisão da Justiça em relação aos concursos públicos em Três Corações reforça a importância de seguir as normas legais e garantir a responsabilidade fiscal na gestão dos recursos públicos. A contratação de servidores deve ser feita de acordo com os critérios estabelecidos em lei, evitando possíveis prejuízos aos cofres municipais e garantindo a transparência nos processos de seleção.

Diante desse cenário, é fundamental que a administração municipal de Três Corações promova uma análise rigorosa de seus processos de contratação e siga as recomendações do Ministério Público para evitar novas irregularidades. A transparência e a legalidade nas ações do poder público são essenciais para o bom funcionamento da gestão municipal e o atendimento adequado às demandas da população.

A anulação da convocação e contratação dos aprovados em concursos públicos em Três Corações representa um alerta para as demais cidades da região do sul de Minas Gerais, destacando a importância do cumprimento das normas legais e da responsabilidade fiscal na gestão pública. A decisão da Justiça nesse caso específico serve como exemplo de que é preciso seguir as regras estabelecidas para garantir a lisura e a eficiência na administração dos recursos públicos.

Por fim, a notícia sobre a anulação da convocação e contratação dos aprovados em concursos públicos em Três Corações reforça a importância do controle e da fiscalização dos atos da administração pública, garantindo a legalidade e a transparência nas ações do poder municipal. O respeito às normas vigentes e a responsabilidade na gestão dos recursos são fundamentais para assegurar o bom funcionamento dos serviços públicos e o atendimento adequado às demandas da comunidade local.

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Idoso morre após receber 4 doses de quimioterapia de uma vez: Justiça investiga caso de erro médico no hospital MedSênior

Investigação aponta que idoso morreu após receber 4 doses de quimioterapia de uma vez: ‘Agora é contar com a Justiça’, diz família

Inquérito da Polícia Civil indiciou enfermeiro e médica responsáveis pelo tratamento. Investigação confirmou que idoso recebeu 8,78 mg do remédio, enquanto prescrição era de 2,29 mg.

Nilton Carlos Araújo, que morreu após denúncia de erro médico. — Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil concluiu a investigação e apontou que Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, morreu após receber quatro doses de quimioterapia de uma única vez durante tratamento no hospital MedSênior, em Belo Horizonte, em agosto deste ano.

O enfermeiro e a médica responsáveis pelo tratamento foram indiciados por homicídio por dolo eventual — quando não há intenção, mas se assume o risco de matar. A pena pode variar de 6 a 20 anos de prisão.

O Diário do Estado procurou a MedSênior, que afirmou que “confia no Poder Judiciário e está à disposição para colaborar com as autoridades”.

Segundo a investigação, em 19 de agosto, o enfermeiro aplicou quatro injeções, totalizando 8,78 mg do remédio. A prescrição médica, por sua vez, era de apenas 2,29 mg.

O profissional ignorou as etiquetas que estavam nas outras seringas, que tinham nomes de outros pacientes que recebiam o tratamento.

O enfermeiro comunicou a situação à enfermeira-chefe, mas não registrou o incidente no prontuário e ainda retirou a etiqueta de todas as injeções. A médica responsável também foi comunicada e não tomou nenhuma atitude.

> “O enfermeiro viu o erro dele e não fez nenhuma evolução no prontuário do meu pai. A enfermeira-chefe comunicou à médica, que não deu assistência alguma. Se tivessem feito alguma coisa, uma hemodiálise, por exemplo, ele estaria vivo”, lamentou Carolina Araújo, filha de Nilton, que acompanhou as investigações.

Caso foi registrado no Hospital da MedSênior, no Gutierrez, em Belo Horizonte. — Foto: Vagner Tolendato/TV Globo

Ainda de acordo com a investigação, a conduta da médica e do enfermeiro contribuiu para o agravamento do estado de saúde da vítima.

Nilton apresentou um mal-estar no dia em que recebeu a superdosagem e continuou com a saúde debilitada nos dias seguintes. Ele morreu quatro dias depois (relembre o caso abaixo).

De acordo com a família, o enfermeiro e a médica indiciados não trabalham mais na rede de hospitais MedSênior. Os dois estavam cientes dos protocolos de segurança previstos pela empresa, mas não os seguiram.

A investigação ouviu testemunhas, analisou prontuários médicos e laudos periciais e concluiu que os profissionais assumiram o risco de matar ao optar por não agir, mesmo tendo plenas condições de tentar evitar a morte do paciente.

Nilton Carlos Araújo e a filha, Carolina Araújo. — Foto: Arquivo Pessoal

A família de Nilton conta que as celebrações de final de ano foram difíceis com a ausência dele.

> “Os dias 24 e 25 foram horríveis para todo mundo, já que ele sempre fez questão da família. Sempre ficamos lembrando como seria se ele estivesse aqui. Lembramos dele em cada segundo, cada detalhes. Agora, é contar com a Justiça”, completou Carolina Araújo.

O resultado das investigações será submetido ao Ministério Público, que vai analisar e decidir se apresentará uma denúncia na Justiça contra o enfermeiro e a médica. Se a denúncia for apresentada, a Justiça dará início a um processo judicial contra eles.

O idoso fazia tratamento contra mieloma múltiplo todas as segundas-feiras no hospital da MedSênior no bairro Gutierrez, Região Oeste de BH, desde março de 2024.

No dia 19 de agosto, um enfermeiro diferente do habitual ficou encarregado de administrar a quimioterapia e aplicou quatro injeções, em vez de uma, conforme previsto no prontuário médico.

Nilton já começou a passar mal na tarde daquele dia. Retornou ao hospital, recebeu atendimento e voltou para casa. Entretanto, continuou com a saúde debilitada com o passar dos dias.

No dia 21, a situação dele piorou, e ele voltou ao hospital, de cadeira de rodas, e precisou ser internado.

O idoso ficou em coma induzido ainda na própria unidade da MedSênior, com estado de saúde instável e alterações nos batimentos cardíacos e na saturação de oxigênio.

No dia 22, ele foi transferido para um hospital maior, no bairro Serra, Região Centro-Sul da capital, e faleceu em seguida.

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