MPF solicita suspensão imediata de permissões de pesquisa na APA do Tapajós

O Ministério Público Federal (MPF) está solicitando a suspensão imediata de todas as permissões para pesquisa e lavra de recursos naturais na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, localizada no sudoeste do Pará. A ação é direcionada à Agência Nacional de Mineração (ANM) e visa as permissões que não foram devidamente autorizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Essa medida visa proteger o ecossistema da região e garantir que a exploração dos recursos naturais seja feita de forma sustentável e legal.

Além da suspensão das permissões, o MPF também está solicitando a condenação da ANM e o pagamento de uma indenização no valor de R$ 100 milhões por danos morais, que será revertida para um fundo de proteção ambiental. A ação ainda prevê que a ANM seja proibida de emitir novas permissões sem a autorização prévia do ICMBio, sob pena de multa no valor de R$ 10 milhões em caso de descumprimento. O Canal DE solicitou um posicionamento à ANM, aguardando retorno.

Por outro lado, o MPF também está requerendo que o ICMBio fiscalize, em um prazo de 180 dias, todas as permissões de pesquisa e lavra na APA do Tapajós, suspendendo aquelas que não estiverem em conformidade com as normas ambientais estabelecidas. Essa medida visa garantir que todas as atividades de mineração na região estejam de acordo com a legislação vigente e não causem danos ao meio ambiente.

A justificativa para essa ação do Ministério Público é que a ANM tem concedido permissões de exploração sem a autorização expressa do ICMBio, órgão responsável pela gestão da APA do Tapajós. Segundo o MPF, a Agência tem conhecimento dos requisitos legais para a concessão das autorizações, mas não tem tomado as medidas necessárias para suspender ou anular os atos ilegais. A falta de comunicação efetiva entre a ANM e o ICMBio dificulta a fiscalização das atividades de mineração na região.

Recentemente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu 331 permissões de lavra garimpeira na APA da Terra Indígena Munduruku, no Tapajós, devido a graves irregularidades administrativas e ambientais identificadas pela equipe do órgão. Essas ações demonstram a importância da fiscalização e do cumprimento das leis ambientais para proteger a biodiversidade e os ecossistemas da região.

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Cancelamento da festa de réveillon em Salvaterra devido à precariedade nos serviços públicos: Justiça determina suspensão.

Justiça cancela festa de réveillon por precariedade nos serviços públicos em Salvaterra, no Marajó

Decisão da Justiça destacou que a festa não poderia ser realizada com dinheiro público em meio a um cenário de precariedade na cidade, como falta de merenda escolar e outras inadimplências. A festa de réveillon em Salvaterra, no Marajó, no Pará, será suspensa por determinação judicial, devido atrasos de repasses de merenda escolar, pagamentos de servidores e falta de transparência nas contratações para a festa.

Na última quinta-feira (19), a promotoria de Justiça da cidade atendeu ao pedido feito pelo Ministério Público do Pará (MPPA), que pediu a suspensão da realização dos shows, argumentando a falta de transparência exigida para esse tipo de contratação. Na decisão, a promotoria também destacou que a cidade enfrenta uma precariedade nos serviços básicos, como saúde, educação e infraestrutura e realizar um evento de tal porte fere os princípios de legalidade, eficiência e moralidade. O DE solicitou um posicionamento à Prefeitura de Salvaterra e aguarda retorno.

Além disso, foram identificados atrasos nos pagamentos de salários dos servidores e na regularização de merenda escolar e transporte público. A Justiça determinou que o município cancele todas as contratações e pagamentos vinculados ao réveillon, incluindo gastos com montagem de palco, iluminação, som, hospedagem e transporte de artistas. A gestão municipal também deverá divulgar, no prazo de 24 horas, o cancelamento do evento em suas redes sociais e site oficial.

O descumprimento irá gerar multa diária de R$ 2 mil, limitada a R$ 50 mil, e poderá levar à responsabilização por improbidade administrativa e crime de desobediência, com autorização do uso de força policial para assegurar o cumprimento da decisão. Confira outras notícias do estado no DE Pará.

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