Exército cancela contratos suspeitos de fraude no valor de R$ 236 milhões

O Exército cancelou e suspendeu contratos suspeitos de fraude no valor total de R$ 236 milhões. Após a repercussão das reportagens do Metrópoles, a instituição tomou a decisão de encerrar os contratos com empresas que estavam envolvidas em licitações milionárias para a aquisição de materiais militares como barracas, capacetes, cantis e coldres.

As empresas envolvidas nessas transações suspeitas foram identificadas pelo Metrópoles, que revelou há um ano a relação entre as empresas e a participação em licitações milionárias. O cancelamento dos contratos ocorreu depois de uma apuração que identificou possíveis irregularidades. Três contratos, já suspensos desde fevereiro de 2023, foram rescindidos somando um total de R$ 3 milhões.

As empresas envolvidas nessas práticas fraudulentas são a Camaqua Comércio de Confecções e Serviços e a Duas Rainhas Comércio de Artigos Militares, que juntas obtiveram o montante de R$ 18,2 milhões em licitações. Foi constatado que as empresas possuíam sócios e ex-sócios em comum, competindo entre si e fornecendo atestados de capacidade uns para os outros.

O empresário Artur Washeck teve seu nome ligado às empresas investigadas, mesmo não sendo formalmente sócio delas. O Exército aplicou penas de inabilitação para novas concorrências às empresas envolvidas e os contratos estão sendo investigados em cinco inquéritos do Ministério Público Militar. No entanto, elas participaram de 157 licitações da instituição, em algumas competindo entre si.

O Tribunal de Contas da União (TCU) também teve participação nesse caso, ao banir a empresa M R Confecções de uma licitação de R$ 218 milhões. A suspeita da idoneidade do atestado de capacidade técnica emitido pela empresa foi o motivo da suspensão. Mesmo com o recurso da empresa ao TCU, a decisão foi mantida, evidenciando possíveis irregularidades no processo.

O ministro Vital do Rêgo, relator do caso, concordou com os indícios apontados e destacou que o atestado fornecido pelas empresas do mesmo grupo não pode ser aceito. A investigação revelou a influência de Washeck nas empresas investigadas, além das coincidências nos registros das empresas. O Exército reforçou seu compromisso em conduzir os processos licitatórios de acordo com a legislação vigente e manter a transparência em suas ações.

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Refluxo Gastroesofágico: Médico lista hábitos para aliviar os sintomas

Médico cita hábitos que ajudam a aliviar o refluxo gastroesofágico

O médico Lucas Nacif explica que o refluxo gastroesofágico é “uma condição crônica que pode impactar significativamente a qualidade de vida”. Pigarro e queimação na garganta, além de regurgitação, tosse seca, salivação excessiva e até azia são alguns dos sintomas do refluxo gastroesofágico. De acordo com o médico Lucas Nacif, de São Paulo, esse quadro é um dos problemas mais comuns tratados na gastroenterologia e afeta em torno de 25 milhões de brasileiros, conforme dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva.

Segundo o cirurgião gastrointestinal, o refluxo gastroesofágico é “uma condição crônica que pode impactar significativamente a qualidade de vida” do paciente, inclusive interferir nas atividades diárias desempenhadas. À coluna Claudia Meireles, Lucas lista hábitos que podem ajudar a aliviar a condição, resultante do mau funcionamento da válvula esofágica, ou seja, a barreira que separa o esôfago do estômago.

O refluxo gastroesofágico interfere na qualidade de vida do paciente. “O problema ocorre devido a um mau funcionamento da válvula esofágica que permite o retorno de alimentos, líquidos e ácidos gástricos ao esôfago, contrariando o fluxo natural da digestão. Esse processo irrita as paredes do esôfago, que não estão preparadas para lidar com o conteúdo ácido, causando sintomas desconfortáveis”, explica o médico.

Lucas Nacif detalha que entre os hábitos saudáveis capazes de aliviar o refluxo estão a perda de peso e evitar o consumo de alimentos gordurosos e ácidos. Outro conselho dado pelo especialista envolve elevar a cabeça com um travesseiro durante o sono. “Também é importante não se deitar após as refeições e reduzir o tabagismo”, recomenda o cirurgião do aparelho digestivo.

“Nos casos em que os sintomas não diminuem, o ideal é procurar um médico gastroenterologista. Em algumas situações, pode ser necessário recorrer a tratamentos mais avançados, como a cirurgia de fundoplicatura, que reforça o esfíncter esofágico inferior e previne o refluxo”, esclarece. O especialista prossegue que alimentos como café, frituras, pimenta, leite, chocolate e bebidas alcoólicas e gaseificadas desencadeiam o refluxo. Uma das dicas do médico é elevar a cabeça com um travesseiro durante o sono.

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