Futuro líder do PT relaciona alta histórica do dólar à eleição de Trump: entrevista exclusiva

Dólar histórico: “Eleição de Trump interferiu”, diz futuro líder do PT

Futuro líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias relaciona a alta histórica do dólar a especulações do mercado e à eleição de Trump nos EUA

Futuro líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias relaciona o recorde histórico do dólar a fatores externos, como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a especulações do mercado financeiro. Em entrevista à coluna, ele negou que falte autocrítica ao Partido dos Trabalhadores, que culpou Bolsonaro pela alta da moeda em anos anteriores e, agora, exime Lula.

“Acho que o mercado erra. Nos quatro anos do governo Bolsonaro houve um rombo de R$ 790 bilhões acima das regras fiscais. Não é nem um erro do mercado. É uma preferência política. Eu não vi o mercado agitado desse jeito e apostando contra o governo [na gestão de Bolsonaro]. Agora, tudo que a gente faz DEssa parte de responsabilidade fiscal é uma chiadeira”, reclamou.

O parlamentar continuou : “Uma parte da alta do dólar foi por causa da eleição de Donald Trump, no mundo inteiro. Pois Trump fala de medidas protecionistas. Outra é que estão acontecendo fatos atípicos, com muitos dólares indo para fora, pois as filiais brasileiras transferem remessas a título de dividendos para o exterior no fim de ano. A terceira é uma especulação do mercado, que tem má vontade com o governo Lula”.

Questionado sobre a promessa da “picanha” feita por Lula e a elevada inflação dos alimentos, Lindbergh Farias afirmou que o problema se iniciou nos últimos quatro meses e é tratado como prioridade pelo Planalto: “O dólar subiu. O setor agro é um setor exportador. Quando sobe o setor internacional, sobe aqui também. Nós tivemos uma seca severa. O presidente Lula está criando estoques reguladores que existiam no passado. A Conab cria estoques de arroz, feijão, e na hora que o preço sobe, joga no mercado.”

“Lula tem um compromisso gigantesco com esse povo mais pobre. Lula só vai dormir tranquilo quando colocar essa inflação de alimentos e carne no devido lugar”, prosseguiu Lindbergh, que assumirá o comando do partido na Câmara em 2025.

Em janeiro do ano que vem, Gabriel Galípolo assumirá o comando do BC por indicação de Lula. A esperança do PT é que a mudança leve a uma diminuição da taxa Selic.

“O problema DEssa inflação não se resolve com aumento DE juros, porque ela aconteceu muito em cima DE alimentos, DE carne. Por duas causas: câmbio DE dólar, como nós exportamos muito, quando o preço internacional sobe, reflete aqui; e também seca, um problema concreto. Ou seja, não é aumentando os juros que a gente resolve o problema da seca. Eu tenho muita esperança no Galípolo”, disse Lindbergh.

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Round 6: Segunda temporada amplia conflitos e humaniza os vilões em jogos sádicos

Round 6: segunda temporada amplia conflitos e humaniza os vilões

Com diversos recordes batidos, Round 6 volta para a segunda temporada com o
humor ácido e com os jogos sádicos da primeira

A espera acabou! A segunda temporada de Round 6 chegou ao catálogo da Netflix. Dirigida e escrita por Hwang Dong-hyuk, a produção chega credenciada pelos números como um dos grandes lançamentos do streaming para o ano.

Na nova leva de episódios, o protagonista Gi-Hun, ou jogador 456, (Lee Jung-jae) desiste de viajar aos Estados Unidos e volta à Seul, na Coréia do Sul, para descobrir quem está por trás dos jogos e acabar com o sádico esquema dos ricos. Entretanto, algo sai errado e ele se vê tendo que encarar as disputas novamente.

Lee Jung-jae volta à trama, mas agora com um comportamento bastante diferente. Se na primeira temporada ele estava assustado e com medo por conta dos jogos, agora ele volta mais confiante para as disputas. Lee foi forçado a alterar a personalidade de Gi-Hun, que surge como “herói”, e alterna entre os lados fortes e frágeis do protagonista.

Como muitos personagens morreram, o diretor Hwang Dong-hyuk optou por explorar personagens que ficaram vivos, como Gong Yoo, o recrutador; o policial Jun-ho, que leva um tiro nos capítulos finais; e o líder (front man), “responsável pelos jogos”.

Apesar aparecerem pouco na primeira temporada, o trio assume protagonismo e surgem em momentos-chave para a produção. O Líder, por exemplo, é responsável por manipular o jogo e dá aquele ar de “indignação”. Tom Choi, responsável pela interpretação, passa um ar muito confiante, assustador e que, em certos momentos, acalma com a voz mansa.

Além das já conhecidas figuras, muitas outras surgem, e é evidente que o diretor e roteirista optou por colocar pessoas mais jovens e com personalidades bastante diferentes. E é interessante ver cada uma performando “em seu mundo” e como colaboram para o todo. Tem o rapper “famoso”, a menina popular, o queridinho da mamãe, os maus-caracteres, entre outros e traz um ar de comédia em muitos momentos.

JOGOS SÁDICOS E CONFLITOS

As mortes e a plasticidade, que são a alma de Round 6, entretanto, continuam presentes e até seguem um roteiro semelhante à primeira temporada. O primeiro jogo, por exemplo, conta com a mesma sequência: o Batatinha Frita 1, 2, 3 começa, a primeira pessoa morre e o caos toma conta, com diversos tiros sendo disparados.

É here que Lee Jung-jae passa de um simples jogador à herói da produção e é visto com outros olhos pelos demais participantes. Ele se junta a novos personagens para ganhar os jogos e conta, assim como na temporada 1, com um conhecido.

Se você é fã da série, vai lembrar que na primeira temporada há uma votação que encerra com o jogo, mas volta posteriormente por conta da vontade dos participantes. Agora, essa votação acontece após as dinâmicas, como algo obrigatório, e eleva, ainda mais, os conflitos.

Essa é uma proposta muito clara do diretor de fazer um paralelo à nossa sociedade. Como a polarização política acontece no mundo todo, e no Brasil não foi diferente, Hwang buscou o alcance de Round 6 para fazer uma crítica social.

De acordo com ele, os discursos de ódio estão cada vez mais acalorados e são motivados por diversos assuntos, como por questões religiosas, ideológicas, históricas, raciais ou de gênero, entre muitas outras. Por conta da votação, os participantes são divididos em duas equipes, X e O, e isso gera muita confusão no lobby.

Uma grande diferença desta temporada é que a série buscou humanizar os atiradores e aqueles que estão do lado do sádico evento. A nova leva de episódios mostra o rosto dos assassinos e como os conflitos morais alcançam, também, as pessoas que participam da organização. Uma sniper, inclusive, é bastante mostrada e atua como uma coadjuvante na produção.

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