A sonda da Nasa, Parker Solar Probe, está realizando uma audaciosa missão de aproximação do Sol. Os cientistas por trás deste projeto têm como objetivo chegar a uma distância sete vezes mais próxima do Sol do que qualquer outra aeronave já conseguiu alcançar. Lançada em 2018, a sonda se prepara para atingir nesta terça-feira o ponto mais próximo do Sol possível em comparação a qualquer objeto já fabricado pela humanidade. Em 2021, a Parker Solar Probe cruzou a coroa do astro e agora se prepara para uma aproximação ainda mais desafiadora.
A próxima meta da sonda é se aproximar a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol. Esta distância é significativamente menor do que a atual distância da Terra em relação ao Sol, que é de cerca de 150 milhões de quilômetros. A expectativa é que essa aproximação aconteça por volta das 8h53 no horário de Brasília, mas a confirmação do sucesso da missão só será possível na sexta-feira, quando o contato com a sonda for restabelecido pela Nasa.
Nick Pinkine, gerente de operações de missões do Laboratório de Física Aplicada da Nasa, afirmou que a Parker Solar Probe está adentrando um território totalmente desconhecido para a humanidade. Os primeiros dados coletados pela sonda são esperados para o fim de janeiro, quando a antena principal estiver apontada em direção à Terra. Esse processo de análise dos dados pode levar anos, de acordo com o astrofísico Volker Bothmer, da Universidade de Göttingen, na Alemanha.
A sonda Parker Solar Probe tem a capacidade de resistir a temperaturas extremas de até 1.371ºC, o que ajudará os cientistas da Nasa a obter informações valiosas sobre o Sol. Ela será capaz de orbitar o astro a uma distância de 6,1 milhões de quilômetros de sua superfície até, pelo menos, setembro de 2025. Os pesquisadores esperam descobrir os motivos pelos quais a coroa solar pode chegar a temperaturas muito superiores às da própria superfície solar, além de compreender melhor o que provoca o vento solar.
No passado, as sondas “Helios 1” e “Helios 2”, missões teuto-americanas dos anos 1970, já exploraram uma área próxima ao Sol a uma distância de 45 milhões de quilômetros. Entretanto, a Parker Solar Probe se destaca por sua capacidade única e avançada. O estudo do Sol é fundamental para compreender melhor os fenômenos solares e como eles podem afetar a vida na Terra, especialmente em casos de tempestades solares extremas que podem prejudicar os sistemas de comunicação e eletricidade.
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