Os trabalhos de busca por desaparecidos após a queda da ponte que liga os estados de Maranhão e Tocantins foram retomados nesta terça-feira (24). Equipes do Corpo de Bombeiros reiniciaram as operações para localizar os 15 desaparecidos após o desastre que vitimou duas pessoas, dentre elas, uma mulher identificada como Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos. As buscas estão sendo realizadas apenas com botes, já que duas carretas que caíram da ponte estavam carregadas com produtos tóxicos, o que dificulta o trabalho das equipes.
A contaminação com ácido sulfúrico encontrado nas cargas das carretas também tem sido um desafio para as buscas, uma vez que a suspeita é de que a água do Rio Tocantins esteja contaminada. Órgãos ambientais federais e mergulhadores da Marinha foram acionados para auxiliar nas operações de busca por vítimas no rio. Ao mesmo tempo, o Ministério Público Federal (MPF) iniciou a investigação dos danos ambientais causados pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, acompanhado dos governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderley Barbosa, sobrevoaram a região afetada e anunciaram um decreto emergencial para destinar mais de R$ 100 milhões às obras de reconstrução da ponte. Além disso, foi aberta uma sindicância para avaliar as causas e responsabilidades do desabamento, garantindo que o Ministério dos Transportes disponibilizará recursos técnicos para a reconstrução da estrutura.
Com 533 metros de extensão, a ponte tinha conexão vital entre as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226, integrando o corredor rodoviário Belém-Brasília. A tragédia ocorreu devido ao cedimento do vão central da ponte, que provocou a queda de oito veículos no rio Tocantins. As más condições da ponte já eram conhecidas, e um morador havia alertado sobre a situação precária em um vídeo divulgado antes do colapso.
A interdição total da ponte e a necessidade de rotas alternativas para motoristas foram medidas adotadas imediatamente após o desastre. O DNIT recomendou a utilização de estradas secundárias para desviar da área afetada. Enquanto a reconstrução da nova estrutura, prevista para 2025, está em planejamento, a prioridade é garantir a segurança das equipes de resgate e minimizar os impactos ambientais causados pela contaminação no rio Tocantins, após a tragédia que comoveu a região de Maranhão e Tocantins.