Papa Francisco inaugura Jubileu 2025 na Basílica de São Pedro

Papa celebra Natal e inaugura “Ano Santo” na Igreja Católica

Este momento especial da Igreja Católica, que ocorre a cada 25 anos, vai durar até 6 de janeiro de 2026. O papa Francisco inaugura neste 24 de dezembro o Jubileu 2025 no Vaticano, com o rito de abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro nesta noite (15h em Brasília). Este momento especial da Igreja Católica, que ocorre a cada 25 anos, vai durar até 6 de janeiro de 2026. Roma espera receber mais de 30 milhões de peregrinos durante o período.

A expectativa é que 30 mil pessoas participem da abertura do “Ano Santo” nesta terça-feira (24/12). Outro grande compromisso do sumo pontífice de 88 anos será a aguardada missa de Natal na Basílica de São Pedro, antes da tradicional bênção “Urbi e Orbi” (à cidade e ao mundo) nesta quarta-feira (24/12).

Acredita-se que Francisco deva fazer um balanço dos conflitos no mundo e renovar os apelos por um cessar-fogo no Oriente Médio, três dias depois das duras críticas contra os bombardeios na Faixa de Gaza, que irritaram Israel.

Após o ataque contra a feira de Natal na Alemanha, nessa última sexta-feira (20/12), a segurança está reforçada para os eventos no Vaticano. Segundo o Ministério italiano do Interior, cerca de 700 policiais foram mobilizados e mais de 800 câmeras de vigilância estão sendo instaladas em diversos pontos do centro de Roma.

O ANO DO PERDÃO

Na Igreja Católica, o Jubileu também é chamado “Ano Santo” e considerado o ano do perdão. Suas origens estão no Antigo Testamento, embora o primeiro ano santo oficial tenha sido proclamado pelo Papa Bonifácio VIII, que levou uma multidão de 200 mil peregrinos a Roma.

Segundo a tradição, os fiéis que visitarem as Basílicas Papais de Roma durante o Jubileu, podem obter a “indulgência plenária”, o perdão dos pecados e reconciliação. Mas é necessário realizar algumas práticas, como se confessar, visitar um lugar sagrado ou praticar caridade.

NOVIDADES DO PAPA FRANCISCO

O último Jubileu Ordinário ocorreu no ano 2000, durante o pontificado de João Paulo II. Vale lembrar que os papas podem convocar Jubileus extraordinários em períodos diferentes. Em 2015, o papa convocou um Jubileu com ênfase na misericórdia. Neste ano, o sumo pontífice escolheu a esperança como tema.

Além da Porta Santa na Basílica de São Pedro, Francisco vai reabrir as portas das outras três basílicas mais importantes de Roma – São João de Latrão, em 29 de dezembro, Santa Maria Maior, em 1° de janeiro, e São Paulo Fora dos Muros, em 5 de janeiro.

A novidade é que o sumo pontífice quis elevar à condição de Porta Santa uma entrada da capela da penitenciária de Rebibbia, no dia 26 de dezembro, “para oferecer aos presos um sinal de proximidade e dar esperança”.

Outro gesto inédito: Francisco propôs um dia do Jubileu dedicado aos católicos LGBTQIA+. O evento estava previsto para 6 de setembro, mas foi retirado do calendário oficial porque, segundo o Vaticano, “faltavam informações, como o número de participantes e o tipo do evento”.

A assessoria de imprensa do Jubileu comunicou que o evento voltará à programação logo que as informações necessárias forem apuradas. Segundo o comunicado, esses dados foram pedidos a todas as associações que querem participar das festividades.

PROGRAMAÇÃO DO JUBILEU

O Vaticano preparou uma intensa programação para o “Ano Santo”. Entre os eventos especiais, haverá um encontro internacional e ecumênico pela paz, com representantes de todas as religiões. Há dias específicos para receber peregrinos de diferentes categorias, como doentes, trabalhadores, empresários, crianças e avós, imigrantes e até influencers.

Dois grandes eventos são dedicados aos adolescentes e aos jovens. Durante o Jubileu dos adolescentes em abril será canonizado Carlo Acutis, italiano que morreu em 2006, aos 15 anos, com leucemia. Ele é popularmente conhecido como “padroeiro da internet”.

O outro italiano, Pier Giorgio Frassati, será santificado durante a tradicional Jornada Mundial da Juventude, que será o Jubileu dos Jovens, entre julho e agosto de 2025.

ROMA SE PREPARA

No último ano Roma, se transformou em um canteiro a céu aberto. O número de obras na capital não tem precedentes: 323 intervenções, das quais 205 são definidas como “essenciais e inadiáveis”, ou seja, devem estar prontas nos prazos do Jubileu. Nos últimos dias, o prefeito Roberto Gualtieri já inaugurou diversos monumentos restaurados e ruas reformadas.

Outros tipos de obras não relacionadas ao “Ano Santo” deverão ser concluídas a longo prazo, até uma década, como a construção da estação de metrô na Praça Veneza, bem no centro da cidade. Romanos e peregrinos terão que conviver com os canteiros por mais tempo.

Para as obras relacionadas ao Jubileu, a cidade recebeu um financiamento de aproximadamente € 4,3 bilhões (R$ 28 bilhões), provenientes do governo italiano e de outras ajudas da União Europeia. No entanto, espera-se um lucro de € 16,7 bilhões (cerca de R$ 107 bilhões) com os eventos.

Mas os romanos estão cansados. As obras deste ano transformaram a cidade em um pesadelo, com estradas e ruas bloqueadas, que tiveram consequência ao trânsito da capital italiana, que já é caótico.

Segundo estimativas oficiais do Vaticano e da prefeitura de Roma, o fluxo turístico para o Jubileu 2025 crescerá. Entre os 32 milhões de turistas e peregrinos esperados em Roma em 2025, 250 mil devem ser do Brasil.

O consulado do Brasil em Roma elaborou uma cartilha com informações úteis aos brasileiros no Jubileu. O material é distribuído em diversas dioceses do Brasil, agências de viagem, instituições governamentais, e pode também ser encontrado na internet.

FALTA DE HOSPEDAGEM

Além do trânsito e do transporte público, o risco de falta de hospedagem aparece entre os fatores críticos, dada a capacidade atual de Roma de 400 mil camas e a sua ocupação média anual de 66%, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Turísticas (ISNART). Outra questão importante será a segurança, não só ao risco de terrorismo, mas também de pequenos crimes, como os batedores de carteiras.

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Dívida Pública Federal atinge R$ 7,2 tri em novembro, indica Tesouro Nacional

Dívida pública federal avança 1,85% e vai a R$ 7,2 trilhões em novembro

Pelo segundo mês consecutivo, a dívida pública federal superou a casa de R$ 7
trilhões, segundo dados do Tesouro Nacional

A dívida pública federal (DPF) [https://www.de.com/tag/divida-publica]
cresceu 1,85% e fechou em R$ 7,204 trilhões em novembro, o que representa uma
elevação nominal (quando o valor não é ajustado pela inflação) em comparação a
outubro, quando estava em R$ 7,072 trilhões.

Com o resultado, a Dívida Pública Federal terminou novembro dentro dos limites
previstos no Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê uma variação de R$ 7
trilhões a R$ 7,4 trilhões em 2024.

Os dados estão no Relatório Mensal da Dívida (RMD) publicado nesta quinta-feira
(26/12), pelo Tesouro Nacional [https://www.gov.br/tesouronacional/pt-br],
secretaria do Ministério da Fazenda.

LEIA TAMBÉM

Economia [https://www.de.com/brasil/economia-br]

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL AVANÇA 1,8% E CHEGA A R$ 7 TRI EM OUTUBRO
[https://www.de.com/brasil/economia-br/divida-publica-federal-avanca-18-e-chega-a-r-7-tri-em-outubro]

Economia [https://www.de.com/brasil/economia-br]

DÍVIDA BRUTA DO BRASIL ATINGIRÁ PICO EM 2027, ESTIMA TESOURO
[https://www.de.com/brasil/economia-br/divida-bruta-do-brasil-atingira-pico-em-2027-estima-tesouro]

Economia [https://www.de.com/brasil/economia-br]

VENDAS LÍQUIDAS DO TESOURO DIRETO TÊM SEGUNDO MAIOR VALOR DA HISTÓRIA
[https://www.de.com/brasil/economia-br/vendas-liquidas-do-tesouro-direto-tem-segundo-maior-valor-da-historia]

A DPF é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o débito
[https://www.de.com/tag/debito] orçamentário do governo federal. As
principais formas de classificá-la são: quanto à forma utilizada para o
endividamento e quanto à moeda na qual ocorrem os fluxos de recebimento e
pagamento da dívida.

No relatório, ao tratar da conjuntura de mercado de dezembro, o Tesouro
salientou que a sinalização de redução
no ritmo de corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos
Estados Unidos)
[https://www.de.com/mundo/economia-int/fed-decide-cortar-juros-nos-eua-para-faixa-de-425-a-450-ao-ano]
e o cenário pós-eleitoral nos EUA impactaram os países emergentes, com abertura
dos prêmios de risco.

Além disso, em dezembro, a curva de juros locais ganhou nível em linha com o
movimento dos juros globais e sinalização da política monetária interna, que
indicou que a taxa básica de juros, a Selic, deverá chegar a 14,25% ao ano ainda
no primeiro trimestre de 2025
[https://www.de.com/negocios/copom-preve-mais-dois-ajustes-da-mesma-magnitude-com-selic-a-1425].

COLCHÃO DA DÍVIDA

A reserva de liquidez (colchão) da dívida pública — recursos presentes na Conta
Única do Tesouro Nacional (CTU), no Banco Central (BC)
[https://www.bcb.gov.br/], para pagar a DPF — apresentou crescimento em novembro
em relação a outubro. A alta, em termos nominais, foi de 4,09%, passando de R$
822,42 bilhões, em outubro, para R$ 856,10 bilhões, em novembro. Em relação ao
mesmo mês do ano anterior (R$ 908,86 bilhões), houve redução, em termos nominais, de 5,81%.

O colchão da dívida pública engloba as disponibilidades de caixa destinadas
exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos
da emissão de títulos.

O nível atual da reserva de liquidez garante o pagamento dos próximos 7,25 meses
de vencimentos.

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