Estudo indica cidades do Paraná que terão ‘explosão populacional’ até 2050 e municípios que vão perder moradores; veja listas
Segundo o Ipardes, mais de 100 das 399 cidades paranaenses terão taxas positivas de crescimento até 2050. Sarandi terá maior crescimento populacional, e Paranaguá terá maior perda.
Sarandi terá explosão populacional; Curitiba e Londrina vão perder moradores até 2050
Um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) indicou as cidades do Paraná que terão uma ‘explosão populacional’ até 2050 e quais municípios vão perder moradores neste mesmo período. Veja listas a seguir.
A projeção apontou que, de 2025 a 2035, 153 municípios apresentarão taxas positivas de crescimento. Entre 2035 e 2050, o número será de 102 cidades.
Os dados mostram que Sarandi, no norte do estado, apresentará o maior aumento populacional em 25 anos. Confira abaixo as cidades paranaenses que terão maiores taxas de crescimento até 2050:
– Sarandi: 61%
– Fazenda Rio Grande: 58%
– Pato Branco: 33%
– Araucária: 28%
– Toledo: 28%
Pato Branco é a única das cinco cidades que vai registrar menos de 200 mil habitantes em 2050. As outras quatro estão previstas para ultrapassar esse número, assim como mais oito municípios: Curitiba (1.731.667); Londrina (576.929); Maringá (474.517); Cascavel (445.662); São José dos Pinhais (429.194); Ponta Grossa (401.808); Foz do Iguaçu (294.336) e Colombo (228.445).
Em contrapartida, o estudo apresentou que até 2050 o número de municípios com menos de 10 mil habitantes no Paraná sairá de 205 para 223. Paranaguá, no litoral, será a cidade com maior perda. Confira abaixo a lista de cidades do Paraná com projeção de maiores perdas:
– Paranaguá: 12%
– Pinhais: 6,5%
– Curitiba: 5,3%
– Apucarana: 5,3%
– Colombo: 5,1%
– Londrina: 0,4%
O estudo do Ipardes avaliou os dados dos Censos Demográficos de 2000, 2010 e 2022 e calculou os saldos populacionais de cada período. O sociólogo do Departamento de Estudos Populacionais e Sociais do Ipardes, Leonildo Souza, explicou que os ganhos ou perdas de população analisam dois movimentos: saldo vegetativo e migratório.
O vegetativo é formado por nascimentos e óbitos, enquanto o migratório considera imigrações e emigrações. O saldo total é a soma dos dois cenários, conforme Souza. Alguns pontos são destacados por ele para determinar a intensidade do crescimento ou da redução populacional. São eles:
– Taxa de fecundidade;
– Taxa de mortalidade;
– Idade da população;
– Migrações de curta distância;
– Escolaridade das mulheres.
Segundo ele, “os nascimentos estão em queda em praticamente todo o estado”, devido à baixa fecundidade, muitas vezes, influenciada pela maior escolaridade feminina. A expectativa de vida está aumentando, o que também eleva a taxa bruta de mortalidade, de acordo com Souza.
“A estrutura etária do município também influencia. Municípios com população mais idosa tem menos nascimentos”, disse o sociólogo. Ele afirmou ainda que existe um movimento de “migração de curta distância”, que ocorre das pequenas cidades para as médias mais próximas.
No entanto, a projeção mostra que o movimento contrário tem acontecido com frequência e deixado municípios metropolitanos das grandes cidades do estado com alta possibilidade de crescimento. É o caso de São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Sarandi e Araucária. “As cidades médias próximas às cidades grandes tendem a ter o custo de moradia menor. O que acaba favorecendo esse movimento. O que ocorre é uma intensificação da integração das cidades, da metropolização”, concluiu.
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