Cirurgia inédita de redesignação sexual com técnica robótica é realizada em SC: paciente se recupera bem

SC realiza cirurgia inédita no Brasil de redesignação sexual com técnica robótica, diz clínica

Procedimento usado tecido abdominal no canal vaginal. Procedimento foi feito em cinco horas no Hospital Santa Isabel em Blumenau. Paciente se recupera bem.

Uma mulher trans de 31 anos foi submetida a uma cirurgia de redesignação sexual com tecnologia robótica em Santa Catarina. De acordo com a equipe da Transgender Center Brazil, responsável pelo procedimento, este foi o primeiro procedimento com a técnica no país.

A cirurgia foi feita no Hospital Santa Isabel em Blumenau, no Vale do Itajaí, em 10 de dezembro. Na segunda-feira (23), os responsáveis informaram que a paciente, natural de Belo Horizonte (MG) se recuperava bem.

A cirurgia levou mais de 5 horas e a paciente teve alta em três dias, sem dor e sem queixas pós-operatório. A mulher permaneceu em Blumenau para se recuperar e realizar uma avaliação médica.

Segundo o médico José Carlos Martins Junior, um dos responsáveis pelo procedimento, a paciente chegou na clínica com queixa de pouca pele na região genital para o forramento do canal vaginal na operação de redesignação.

Ao se juntar com o cirurgião abdominal Rinaldo Danesi, eles escolheram a técnica peritoneal via robótica, que só havia sido realizada fora do país.

“A cirurgia via robô traz muitas vantagens. Por se tratar de algo delicado, o robô dá mais precisão nos movimentos e a recuperação é muito mais rápida, por ser menos invasivo”, explicou Martins. O médico já fez mais de 2000 cirurgias de transição de gênero, tanto face, quanto genital.

Como funciona a cirurgia: A cirurgia consiste em retirar parte do peritônio, membrana que reveste a parede abdominal, que é bem fina e resistente, e implantá-la na cavidade vaginal.

O resultado final é um ganho de profundidade vaginal, conforme o cirurgião: “A estética permanece a mesma, porém, ela acaba se tornando uma vagina mais profunda”, afirma.

Enquanto a vagina de inversão peniana chega a 15 centímetros, a técnica peritoneal pode chegar de 20 a 22 centímetros, porque o forramento da vagina é mais extenso pelo peritônio. Por isso é usada para quem tem pouca pele, ou já teve complicações em outras cirurgias.

Com a tecnologia do robô, aperfeiçoada nos Estados Unidos, foi possível conciliar as duas ações essenciais da cirurgia: a parte estética e o procedimento abdominal.

“A gente conseguiu fazer a cirurgia quase em conjunto, a parte externa com a parte robótica. O peritônio se mostrou muito propício para esse tipo de cirurgia”, detalhou o cirurgião Rinaldo Danesi.

José Carlos Martins Junior reforça que convênios que já autorizavam o procedimento sem a nova tecnologia devem estender cobertura às cirurgias de redesignação sexual assistidas por robótica, assim como aconteceu com a paciente. Ela teve o procedimento autorizado pela empresa conveniada de saúde.

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“Balneabilidade no Paraná: 17 pontos impróprios para banho, alerta do IAT”

As praias do Paraná possuem 17 pontos impróprios para banho, de acordo com o boletim do IAT divulgado semanalmente desde o início da temporada de verão. O levantamento abrange tanto o litoral quanto as praias de água doce do estado.

O monitoramento realizado analisou as praias do litoral e de água doce das Costas Oeste e Norte do Paraná. Dos 17 pontos considerados impróprios, 15 estão localizados no litoral, enquanto os outros dois estão no interior do estado.

De acordo com o Instituto Água e Terra (IAT), as chuvas registradas em dezembro impactaram diretamente na qualidade da água do mar e das prainhas de água doce do Paraná. A chefe da Divisão de Monitoramento do IAT, Christine da Fonseca Xavier, destacou que as ligações clandestinas de esgoto são uma das principais causas desse cenário.

Na lista de praias impróprias para banho no litoral do Paraná, destacam-se os balneários de Paranaguá, Pontal do Paraná, Matinhos e Antonina. Além disso, outros pontos com bandeira vermelha concentram-se nas fozes dos rios que cortam a região, áreas que nunca são indicadas para banhos ou práticas esportivas.

Já em relação às prainhas de água doce do estado, foram apontados dois locais impróprios para banho: Prainha de São Miguel do Iguaçu e Prainha de Entre Rios do Oeste. O boletim do IAT ressalta que os locais próprios para banho são identificados com bandeiras azuis, enquanto os impróprios são sinalizados com bandeiras vermelhas.

Para se manter informado sobre a balneabilidade das praias paranaenses, a população pode acompanhar os boletins pelo aplicativo “Balneabilidade Paraná”, disponível para dispositivos Android. A conscientização e o acompanhamento constante dessas informações são essenciais para garantir a segurança e a saúde de quem frequenta as praias do estado.

No contexto atual, em que a qualidade da água se torna uma preocupação, é fundamental que órgãos competentes e a população atuem de forma conjunta na preservação e correta utilização dos recursos naturais. A divulgação dos índices de balneabilidade é uma ferramenta importante para orientar a população sobre os locais seguros para banho, contribuindo para a promoção de práticas sustentáveis e a preservação do meio ambiente.

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