Turistas encontram câmera escondida em quarto de resort em Porto de Galinhas: polícia investiga

Bombou no DE: Turistas encontram câmera escondida virada para cama em quarto de
resort em Porto de Galinhas

Câmera espiã estava instalada no que parecia ser uma tomada. Polícia Civil
investiga instalação do dispositivo em flat cuja diária custa cerca de R$ 750.

Histórias curiosas, personagens divertidos e casos virais. Neste mês de dezembro, o DE reconta reportagens que foram sucesso entre os nossos leitores ao longo de 2024. Hoje é dia de relembrar a história do casal de turistas que encontrou uma câmera escondida
[https://DE.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2022/04/05/pubicacao-de-mulher-com-foto-de-sorvetes-caros-viraliza-e-gera-discussao-sobre-classes-sociais.ghtml] em um quarto de resort em Porto de Galinhas.

Um casal hospedado em um resort em Porto de Galinhas encontrou, em janeiro deste ano, uma câmera escondida em frente à clama do flat alugado no OKA Beach Residence, que fica na praia de Muro Alto.

Os turistas pediram para não serem identificados, por medo de exposição. De acordo com Roque Henrique Campos, o advogado das vítimas, uma análise prévia da polícia na câmera mostrou que existiam vídeos de outros hóspedes, incluindo menores de idade.

Ainda segundo o advogado, a delegacia responsável não deu mais nenhum retorno sobre o processo. A ocorrência está sendo investigada como crime de “registro não autorizado de intimidade sexual” (Art. 216 – b do Código Penal), que trata sobre “produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes”, com pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.

Em nota ao DE, a delegacia informou:

“As investigações não foram finalizadas. O delegado responsável encontra-se de férias até a segunda quinzena de Janeiro.”

Abaixo, a reportagem originalmente publicada em janeiro de 2024.

COMO ACONTECEU A DESCOBERTA

O advogado das vítimas contou ao DE que tudo começou no final da tarde da terça-feira (16), quando a esposa ouviu um barulho próximo da televisão. Ela encontrou o que parecia ser um receptor de tomada, de onde vinha o barulho, mas não conseguia colocar nenhum carregador no local. Ao examinar com a lanterna do celular, percebeu que se tratava de uma câmera.

A esposa, então, chamou o marido, que pesquisou uma foto do aparelho na internet e descobriu que se tratava de um modelo de “câmera espiã”.

De acordo com o advogado, o casal comunicou a descoberta do equipamento imediatamente à gerência do resort, que pediu a um funcionário para ir ao flat fazer imagens do objeto. Câmeras escondidas foram colocadas em flat para registrar momentos íntimos de casal, diz Polícia.

Neste momento, uma das amigas que viajavam com eles consultou uma advogada, que orientou os turistas a registrarem um boletim de ocorrência. A denúncia foi formalizada na Delegacia da 43ª Circunscrição, em Porto de Galinhas, na noite do mesmo dia.

Enquanto isso, as amigas fizeram uma busca no apartamento em que estavam, mas não encontraram nenhum aparelho similar.

TURISTAS AVALIAM PROCESSAR RESORT E PLATAFORMA DE RESERVAS

Segundo Roque Henrique Campos, a administração do resort ofereceu aos turistas passarem a noite noutro quarto, mas eles optaram por continuar no mesmo flat, já que iam embora no dia seguinte, e tomaram a precaução de colocar um papel em frente à câmera.

O advogado disse que a polícia ligou para o casal, pedindo a presença deles para fazerem uma perícia no flat. Os viajantes explicaram que já estavam no Aeroporto Internacional do Recife e embarcaram de volta para São Paulo.

Campos disse ainda que a polícia não comunicou aos clientes sobre o conteúdo encontrado no aparelho. Mesmo assim, afirmou que medidas judiciais serão tomadas para evitar que eventuais imagens sejam vazadas ou vendidas ilegalmente.

“Vou entrar com liminar ainda esta semana para que qualquer conteúdo de imagens que possa existir seja tornado sigiloso, juntamente com o processo. É uma situação muito sensível e lamentável. Os dois estão muito abalados”, explicou o advogado.

Os viajantes avaliam processar a Carpe Diem, empresa que administra o resort, e a plataforma de reserva de acomodações Booking, por onde contrataram a hospedagem.

“A responsabilidade, nesse caso, cabe à administração, que deveria ter feito toda a análise do quarto – o check-in, antes de eles entrarem no flat; e à própria Booking, a plataforma responsável, que fez o registro e ofereceu uma segurança que não existe”, argumentou Roque Henrique Campos.

No site de hospedagem, uma diária no resort custa cerca de R$ 750.

O QUE DIZEM AS EMPRESAS

O DE tentou, mas não conseguiu contato com o OKA Beach Residence. Entretanto, nas redes sociais, a empresa disse que é um condomínio residencial e não um hotel, e que a instalação de câmera oculta em unidades privativas para locação “é um ato criminoso que repudiamos veementemente”.

“O OKA Beach Residence é um condomínio residencial e que não exerce atividade hoteleira. As locações que ocorrem neste condomínio residencial são realizadas diretamente entre inquilinos e proprietários destas unidades”, afirmou.

Por meio de nota, a Booking informou que o flat foi suspenso da plataforma para analisar o caso e se pôs à disposição das autoridades. A empresa informou que lamenta o ocorrido e que “esta não é uma experiência que queremos para nenhum dos nossos clientes e esperamos mais dos nossos parceiros de acomodação”.

Informou, ainda, que leva “muito a sério o processo de verificação dos anúncios de acomodações” e que faz uma série de análises para verificar as propriedades antes que elas sejam abertas na plataforma.

“Temos equipes dedicadas, que utilizam ferramentas personalizadas do mais alto padrão técnico para monitorar, detectar e bloquear atividades suspeitas 24 horas por dia. Em casos raros de problemas com propriedades específicas, investigamos imediatamente a situação e podemos remover acomodações da plataforma caso seja constatado o não cumprimento dos nossos termos e condições. Além disso, nossa equipe de atendimento ao cliente está sempre à disposição para oferecer suporte aos viajantes e pode ser contatada pela Central de Ajuda”.

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Operação da PF contra distribuição de cédulas falsas: mandados em PE e BA

Operação da Polícia Federal contra distribuição de cédulas falsas cumpre mandados em PE e BA

A Justiça Federal expediu dois mandados de busca e apreensão, um cumprido em Petrolina, no Sertão e outro na cidade baiana de Casa Nova.

Para combater a distribuição de cédulas falsas, nos estados da Bahia e Pernambuco, foi deflagrada nesta sexta-feira (10) a operação Máscara Nova pela Polícia Federal. A Justiça Federal expediu dois mandados de busca e apreensão, um cumprido em Petrolina, no Sertão, e outro na cidade baiana de Casa Nova, em endereços suspeitos de armazenar e distribuir notas falsas.

As investigações tiveram início a partir da prisão de um homem em flagrante, que foi surpreendido quando retirava uma encomenda nos Correios contendo cédulas falsas de R$ 100. A polícia esclarece que os envolvidos estão sujeitos a penas de reclusão de três a doze anos, além de multa. São considerados crimes graves a produção, aquisição, guarda e repasse de dinheiro falso.

Nesta operação, a Polícia Federal busca desarticular organizações criminosas responsáveis pela distribuição de cédulas falsas no mercado. A utilização de dinheiro falso acarreta prejuízos não apenas para o sistema financeiro, mas também para a sociedade como um todo, afetando a economia e a segurança do país.

É fundamental que a população esteja atenta e denuncie qualquer suspeita de circulação de notas falsas, colaborando com as autoridades no combate a esse tipo de crime. A operação Máscara Nova representa mais um passo importante no combate à falsificação de dinheiro e na preservação da ordem pública.

A Polícia Federal, em conjunto com as demais instituições responsáveis pela segurança pública, continuará atuando de forma rigorosa para coibir a prática de crimes relacionados à falsificação de moeda. A população pode auxiliar no trabalho das autoridades denunciando atividades suspeitas e contribuindo para a manutenção da segurança e da integridade do sistema financeiro nacional.

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