Influenciadora do ‘Casal Maloka’ obtêm medida protetiva após ser perseguida

Influenciadora do ‘Casal Maloka’ tem medida protetiva contra o ex e afirma ser
perseguida

Gabrielly Miguel viralizou na internet mostrando a rotina como pessoa em
situação de rua, em Santos (SP), junto ao ex-companheiro Douglas Martins.
Procurado, ele não se posicionou até o momento. Eles anunciaram término do
relacionamento em maio deste ano.

A Justiça concedeu uma medida protetiva à influenciadora e cabeleireira trans
Gabrielly Miguel, que viralizou na internet com o perfil ‘Casa Maloka’
contra o ex-companheiro Douglas Martins. Conforme consta na decisão obtida pelo
DE, a proteção foi fornecida a ela após ‘suposta situação de violência
doméstica’.

O caso está sob segredo de Justiça, mas a equipe de reportagem teve acesso ao
conteúdo, onde consta que Douglas deve manter uma distância mínima de 100 metros
de Gabrielly e dos familiares dela, além de não ter contato com eles por nenhum
meio de comunicação.

Dentro de um prazo de 180 dias, Douglas também não pode frequentar os mesmos
locais que Gabrielly, incluindo a casa dela e o local de trabalho. Dentre as
medidas protetivas há, ainda, a proibição de publicar conteúdos ofensivos contra
a vítima nas redes sociais.

Nesta última determinação, inclusive, ele não pode expor a vida dela e
incentivar os seguidores a perseguirem, difamarem ou prejudicá-la nas redes
sociais visando a atividade econômica que Gabrielly exerce como digital
influencer.

De acordo com a justiça, as medidas impostas, em 23 de agosto, devem ser
obedecidas sob pena de decreto de prisão preventiva de Douglas. No entanto,
Gabrielly e a advogada que a representa, Sarah Carolina de Paula, alegam que as
proteções estão sendo descumpridas.

A DE procurou Douglas para se posicionar sobre o caso, mas não obteve retorno
até a última atualização desta reportagem.

PERSEGUIÇÃO E AMEAÇAS

Gabrielly contou ao DE que, após a separação e divisão de bens, Douglas passou a
difamá-la na internet. Segundo a influencer, o ex-companheiro fica dizendo que
ela usa drogas e que está usando dinheiro dos seguidores para viajar – o que
estaria atrapalhando o trabalho dela.

“Eu nunca pedi dinheiro para seguidor, para fazer vaquinha para nada, faço
minhas publicidades […]. Ele quebrou a medida protetiva fazendo storys me
difamando, falando de mim nos storys, me ameaçando. Mandou áudios para o
Vinícius [atual companheiro], o ameaçando”, disse ela.

A influencer contou que se sente ameaçada com a situação, que mora de aluguel e
que a multa para se mudar é muito alta. “Tenho medo da minha casa sendo
invadida, [foram] vários áudios de ameaça”.

Ela contou, ainda, que os seguidores estão mandando mensagem a ameaçando por
“uma coisa que não estou fazendo, que não fiz”, além de pararem de segui-la.

‘EX-MORADORES DE RUA’

O ex-casal viveu pelas ruas de Santos, no litoral de São Paulo,
por aproximadamente sete anos, mas tudo mudou no começo de 2024. Com um celular
emprestado de um amigo, criaram um perfil no Instagram contando como é a rotina
de quem ‘mora’ em uma barraca. Em maio, no entanto, anunciaram o término do
casal, mas disseram que manteriam a parceria profissional.

Gabrielly nasceu em São José dos Campos (SP) e, Douglas, em São Lourenço (MG).
Eles moraram nas ruas por aproximadamente sete anos.

Segundo Gabrielly, a ideia de publicar detalhes sobre a vida nas ruas surgiu
após a indicação de um casal de amigos, que também cresceu nas redes sociais
mostrando a própria realidade. “Foi a Kimberly e o Alexandre, do perfil
‘megaloka2.0’, que nos incentivaram de verdade, pois eu não queria gravar”.

Eles começaram a mudança de vida a partir da ajuda de um amigo, que cedeu uma
bicicleta para que Douglas trabalhasse como entregador e também emprestou o
celular a eles. “Ele é entregador e pegou amizade conosco porque esperava [o
aviso dos] pedidos perto da gente. Comprou um celular novo, e o antigo nos
emprestou”, afirmou Gabrielly.

As primeiras postagens foram feitas, segundo eles, por meio deste aparelho
emprestado. O sucesso foi imediato, sendo que o perfil ‘casalmaloka013’ foi
criado no Instagram em janeiro deste ano.

O primeiro conteúdo que viralizou é de um vídeo em que Douglas chega em ‘casa’,
uma barraca montada na calçada, após um dia de trabalho.

VÍDEOS: DE EM 1 MINUTO SANTOS

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Desvendando desaparecimento de jovem em SP: Polícia Civil investiga sumiço de Lívia Barbosa dos Santos Marques, 18 anos

Veja o que se sabe sobre caso de jovem que desapareceu há mais de um mês no
interior de SP

Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do sumiço de
Lívia Barbosa dos Santos Marques, de 18 anos, em Jardinópolis. Família diz que
ela havia terminado relacionamento com homem agressivo.

1 de 5 Lívia Barbosa dos Santos Marques, de 18 anos, desapareceu há um mês e
meio em Jardinópolis, SP — Foto: Arquivo Pessoal

Lívia Barbosa dos Santos Marques, de 18 anos, desapareceu há um mês e meio em
Jardinópolis, SP — Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do
desaparecimento da balconista Lívia Barbosa dos Santos Marques, de 18 anos, em
Jardinópolis (SP).
. Ela saiu de casa na manhã do dia 9 de novembro para ir ao trabalho em Ribeirão
Preto (SP), cidade a 22 quilômetros de distância, e nunca mais foi vista.

Desde então, a família da jovem, que é de Regeneração
, cidade no interior do Piauí
a 145 quilômetros da capital Teresina, convive com a falta de notícias. Poucas
pistas foram encontradas pela polícia até o momento, de acordo com familiares.

> “Não ter uma resposta me machuca muito. Me quebra mais ainda ver a situação da
> minha tia mais meu padrinho. Eu já não tenho mais palavra de conforto. Eu não
> volto sem a Lívia. Eu não volto sem uma certeza, eu não volto de forma
> alguma”, afirma Luann Marques, primo dela.

Luann se mudou para Jardinópolis
para acompanhar de perto a investigação e manter os pais de Lívia atualizados.

Nesta matéria, o DE mostra o
que se sabe até o momento sobre o caso.

1. QUEM É A JOVEM DESAPARECIDA?
2. COMO LÍVIA DESAPARECEU?
3. POR QUE LÍVIA FOI MORAR SOZINHA?

Lívia se mudou de Regeneração para Jardinópolis com outros parentes em janeiro
deste ano. De família humilde, ela estava em busca de melhores condições de vida
e conseguiu um emprego em uma loja de chocolates em um shopping na zona Sul de
Ribeirão Preto.

Ela morava com a tia Maria Deusimar Ribeiro Barbosa e, como muitas pessoas em
Jardinópolis, passou a viajar todos os dias para trabalhar na cidade vizinha.

Luann define a prima como uma pessoa muito responsável para a idade dela.
Segundo a tia, Lívia é respeitosa e trabalha muito para poder mandar dinheiro
para os pais que ficaram no Piauí. Ainda segundo a tia, ela é muito apegada aos
dois e não desapareceria por conta própria deixando-os sem notícias.

2. COMO LÍVIA DESAPARECEU?

No dia 9 de novembro, um sábado, a mãe da jovem entrou em contato com a irmã em
Jardinópolis porque estava preocupada com a falta de notícias de Lívia. A
balconista tinha enviado a última mensagem na noite de 8 de novembro e parou de
atender a família.

Maria Deusimar entrou em contato com colegas de trabalho de Lívia e descobriu
que ela não havia aparecido no fim de semana na loja. Eles também disseram que
tentaram contato com a balconista, mas que não conseguiram falar com ela.

No domingo, dia 10, a tia esteve na casa onde Lívia estava morando sozinha há
três semanas, mas encontrou tudo trancado. Ela procurou a Polícia Civil para
registrar um boletim de ocorrência e voltou ao imóvel com um investigador.

Os dois acionaram um chaveiro, entraram na casa, mas Lívia não foi achada.
Segundo Maria Deusimar, tudo parecia estar em ordem, sem sinais de invasão.

3. POR QUE LÍVIA FOI MORAR SOZINHA?

Três semanas antes de desaparecer, Lívia se desentendeu com a tia por causa do
relacionamento amoroso que tinha começado com um homem, que também é de
Regeneração, mas mora em Ribeirão Preto.

Segundo o primo, o homem é conhecido da família, mas não era bem-vindo por causa
do comportamento agressivo. Luann conta que ele estava trabalhando como
motorista de aplicativo e que Lívia o encontrou por acaso, ao solicitar uma
corrida.

Os dois começaram a sair, e o homem passou a buscá-la de moto no trabalho e a
levá-la até a casa da tia, onde também começou a dormir.

Preocupada, a tia compartilhou as atitudes de Lívia com a mãe dela, que proibiu
a filha de viajar de moto com o namorado. Foi aí que a jovem decidiu alugar uma
kitnet e passou a morar sozinha.

4. LÍVIA TINHA MOTIVOS PARA FUGIR?

À polícia, a tia, o primo e uma amiga afirmaram que Lívia não tinha motivos para
abandonar a família.

A amiga que prestou depoimento disse que a jovem era muito próxima dos pais e
que não acredita que ela tenha desaparecido por vontade própria, pois sabe como
a mãe e o pai ficariam preocupados com a situação.

Ainda segundo Luann, Lívia é uma jovem responsável, sem histórico de problemas,
como depressão, relacionamento com colegas ou amigos, drogas ou dívidas.

5. QUAIS AS SUSPEITAS DA FAMÍLIA?

O primo não descarta a possibilidade de Lívia ter sido vítima de um crime. Isso
porque, segundo Luann, no fim de outubro, depois de várias conversas com a mãe,
a jovem decidiu terminar o relacionamento com o namorado. No entanto, o homem
insistia em reatar.

A amiga de Lívia disse à polícia que a jovem já estava interessada em outro
rapaz e que inclusive tinha se encontrado com o novo pretendente, mas que
recebia mensagens do ex querendo voltar.

Para Luann, o ex-namorado é um suspeito. Segundo ele, ao tomar conhecimento do
desaparecimento da prima, a família tentou contato com o homem, sem sucesso.

> “Em questão de horas que a Lívia tinha desaparecido, a primeira coisa que a
> gente fez foi ir à procura desse rapaz, e ele não atendia o telefone, não
> chegava mensagem e quando chegava, não respondia, desligava o telefone da
> gente. Não bate, pra gente, não bate”, diz.

A amiga de Lívia contou à polícia que viu o então namorado ser agressivo com a
jovem por várias vezes. Ela mesma chegou a alertar a balconista de que o rapaz
não era boa pessoa, porque conhecia a fama dele em relacionamentos abusivos
anteriores.

6. QUAIS AÇÕES FORAM TOMADAS PELA POLÍCIA CIVIL?

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as buscas por
Lívia seguem em andamento pela equipe de investigação da 3ª Delegacia de
Homicídios da Deic de Ribeirão Preto.

“Já foram realizadas diligências na cidade de Jardinópolis com auxílio de
câmeras de segurança, assim como o cumprimento de mandado de busca e apreensão,
coleta de material genético de familiares e a representação de medidas
cautelares de inteligência.”

O caso é investigado por meio de inquérito policial e as buscas prosseguem
visando o esclarecimento dos fatos.

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