Homem é assassinado a tiros em Campo Belo: oitava vítima de homicídio no ano

Um homem foi assassinado a tiros em Campo Belo, tornando-se a oitava vítima de homicídio no município este ano. A vítima, identificada como Gabriel Henrique Silva, de 20 anos, foi encontrada com sete tiros na cabeça na Praça das Nações, no Bairro Jardim América, após moradores ouvirem disparos de arma de fogo. A Polícia Militar foi acionada por volta de 23h45 e continua em busca do suspeito.

O local do crime foi isolado e a perícia da Polícia Civil foi acionada para investigação. Durante as investigações, o carro da vítima foi encontrado próximo à praça, com as chaves sobre uma das rodas. No interior do veículo foram encontrados um celular, quatro buchas de maconha e a CNH de uma terceira pessoa, levantando mais questionamentos sobre o caso.

Os familiares de Gabriel autorizaram a polícia a verificar o celular da vítima, onde foi encontrada uma foto dele portando uma espingarda calibre 12. A arma da foto foi localizada na residência da vítima e apreendida. Além disso, a polícia visitou a casa do proprietário da CNH encontrada no carro da vítima, que negou qualquer envolvimento no crime e se prontificou a prestar esclarecimentos na delegacia.

O velório de Gabriel está programado para iniciar às 13h no Velório Municipal de Campo Belo e o enterro está marcado para as 16h30 desta sexta-feira. Enquanto isso, a Polícia Militar segue em busca do suspeito do homicídio. Até o momento, ninguém foi preso relacionado ao crime. Esse caso chocante e trágico tem abalado a comunidade de Campo Belo, que clama por justiça e segurança.

O Diário do Estado acompanha de perto os desdobramentos desse caso e qualquer atualização será compartilhada com os leitores. Fique por dentro das últimas notícias da região no portal do Diário do Estado, onde você encontra informações importantes e relevantes sobre Campo Belo e todo o Sul de Minas. Junte-se a nós nessa busca por informação e justiça.

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Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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