Operação “Famiglia” é encerrada pela Polícia Civil, em Iporá

“O encerramento do Inquérito não significa o fim dos trabalhos policiais para reprimir o tráfico de drogas nesta região. Pelo contrário: é o início de novo planejamento para a identificação de outras pessoas que não foram presas dessa vez. Há uma prioridade: prender as seis pessoas que não foram localizadas na execução da Operação Famiglia, inclusive tendo um dos investigados fugido do cerco policial no dia do cumprimento da referida operação”

Uma investigação que durou mais de um ano e resultou em megaoperação policial para cumprimento de vários mandados de busca e apreensão, bem como para cumprimento de dezenas de mandados de prisão contra investigados que se dedicavam ao tráfico de drogas na cidade de Iporá e região se encerrou nesta segunda-feira (25). Realizada pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) da 7ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), com sede em Iporá, foi materializada em um Inquérito com 4.637 páginas e 15 volumes. O trabalho investigativo coletou indícios veementes de materialidade de condutas voltadas para o tráfico ilícito de entorpecente.

A investigação conseguiu demonstrar que havia membros de uma mesma família e grupos de pessoas que estavam ligados na comercialização da droga. No total, foram presas 27 pessoas nas cidades de Iporá, Aparecida de Goiânia, Rondonópolis-MT e Campo Grande-MS, sendo que seis investigados continuam foragidos. “O encerramento do Inquérito não significa o fim dos trabalhos policiais para reprimir o tráfico de drogas nesta região. Pelo contrário: é o início de novo planejamento para a identificação de outras pessoas que não foram presas dessa vez. Há uma prioridade: prender as seis pessoas que não foram localizadas na execução da Operação Famiglia, inclusive tendo um dos investigados fugido do cerco policial no dia do cumprimento da referida operação”, comenta o delegado Ramon Queiroz, coordenador do Genarc de Iporá. O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário em tempo hábil e agora inicia-se uma outra etapa da persecução penal.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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