Secretário da prefeitura de Goiânia é investigado em CEI das Obras Paradas

O parque recebeu quase R$ 2 milhões do shopping Passeio das Águas

O presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as obras públicas paradas em Goiânia, Alysson Lima (PRB), denunciou nesta segunda-feira (25) que o presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Alexandre Magalhães, é dono de uma empresa que venceu licitação para construção do parque Brisas da Mata, obra atualmente paralisada. Segundo Alysson, a empresa não poderia tocar o projeto depois que Alexandre assumiu cargo na prefeitura, em janeiro do ano passado. O vereador afirma que “isso configura tráfico de influência, é ilegal”. Alexandre Magalhães deve ser convocado para depor na próxima segunda-feira (2).

Ainda na reunião, a comissão ouviu o ex-presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Mizair Lemes, sobre a construção do parque do Jardim Nova Esperança. O parque recebeu quase R$ 2 milhões do shopping Passeio das Águas, como contrapartida ambiental, mas apenas R$ 409 mil foram empregados na desapropriação de áreas no local. Mizair afirmou que nem todas as áreas foram pagas pela Prefeitura de Goiânia, já que alguns proprietários doaram lotes que eram de proteção ambiental.

Segundo o ex-presidente da Amma, durante sua gestão, foram implantados os dois lagos que farão parte do parque, mas as obras foram paralisadas depois que Paulo Garcia assumiu a prefeitura. Desde então, não ele não teria mais informações sobre o destino dos recursos.

O relator da CEI, Delegado Eduardo Prado (PV), sugeriu a convocação do secretário municipal de Infraestrutura, Dolzonan Mattos, para depoimento também nos próximos dias. O presidente Alysson Lima adiantou que pedirá prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 90 dias. Para ele o principal objetivo vem sendo atingido, que é a retomada das obras paradas na capital. Destacando que nesta segunda-feira (25) o prefeito assinou convênio com o Estado para reiniciar a construção da Leste-Oeste e três CMEIs.

(com informações Câmara Municipal)

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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