Justiça derruba liminar e permite destinação de 30% da Taxa Ambiental em Ubatuba, SP

Justiça derruba liminar que suspendia lei que altera destinação de 30% do valor arrecadado com Taxa Ambiental para outras áreas em Ubatuba, SP

Liminar havia sido concedida na semana passada, um dia após aprovação do projeto. Nesta sexta (27), porém, desembargador derrubou a decisão.

A Justiça derrubou a liminar que suspendia a lei que altera a destinação da verba arrecadada com a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo.

Com a decisão, a Prefeitura de Ubatuba volta a poder utilizar parte do valor em áreas além do Meio Ambiente.

O projeto de lei que autoriza a destinação de 30% do valor arrecadado com a TPA foi aprovado na Câmara Municipal na semana passada. A proposta estabelece que o valor pode ser usado em outras áreas sem necessidade de aprovação do Conselho de Meio Ambiente.

Um dia após a aprovação do projeto, uma decisão liminar determinou a suspensão da lei. Na ocasião, o juiz entendeu que não havia justificativa para a votação de urgência, alegando que o projeto poderia ser discutido depois do recesso parlamentar.

O magistrado também considerou ser imprescindível o debate amplo, além da realização de estudos de impactos financeiros e orçamentários e a participação da sociedade na discussão.

Na decisão desta sexta-feira (27), o desembargador Renato Delbianco atendeu a um recurso da Prefeitura de Ubatuba. Na decisão, ele cita que “a suspensão se deu em função de o projeto de lei não ter sido analisado previamente pela Comissão de Justiça e Redação da Câmara”, mas continua dizendo que “tal análise efetivamente ocorreu”, citando documentos apresentados pela Prefeitura.

Em comunicado, a Prefeitura de Ubatuba afirmou que a decisão do Tribunal de Justiça “está plenamente em conformidade com a Emenda Constitucional” que estabelece a desvinculação de 30% das receitas municipais oriundas de impostos, taxas e multas.

“Essa medida tem como objetivo conferir maior flexibilidade na gestão dos recursos municipais, atendendo às necessidades prioritárias da população”, acrescentou.

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Duarte Nogueira analisa saída do PSDB e mira governo de SP ou Senado: “Tenho que estar no ponto do ônibus”

Após Prefeitura de Ribeirão Preto, Nogueira analisa saída do PSDB e mira governo
de SP ou Senado

Há quase 25 anos na legenda, tucano confirma ter recebido propostas de outras
siglas como o União Brasil. ‘Tenho que estar no ponto do ônibus se eventualmente
o ônibus passar’, diz.

Filiado ao PSDB há quase 25 anos, o prefeito de Ribeirão Preto (SP),
Duarte Nogueira, avalia, após deixar o Executivo local, se permanece ou não na sigla a
partir do ano que vem e acena com a possibilidade de tentar disputar um cargo em
eleições majoritárias.

É no Partido da Social Democracia Brasileira que Nogueira acumula a maioria dos
cargos que ocupou, como deputado estadual e federal e secretário estadual em
áreas como transportes, além de prefeito de Ribeirão Preto por dois mandatos.

Mas, com o término da gestão na cidade do interior paulista, aos 60 anos o
tucano confirma ter sido sondado por seis legendas, entre elas o União Brasil, e
expõe uma inclinação para entrar para a disputa ao governo de São Paulo ou para
o Senado, um cálculo político que depende de uma série de circunstâncias de
âmbito estadual e nacional e de alianças.

“Se o presidente da República disputa a reeleição ou não, se o governador atual
disputa a reeleição ou não, mas, de maneira bem sintética e objetiva, se eu
pretendo ser candidato a governador, fazendo uma metáfora com um ponto de
ônibus, eu tenho que estar no ponto do ônibus se eventualmente o ônibus passar,
se eu estiver lá no ponto e o ônibus não passar, paciência, tudo bem. Mas se ele
passar, aí eu posso entrar”, afirmou.

EM BUSCA DO CENTRO

O que vai pautar esse caminho, seja ele dentro ou fora do PSDB, é evitar a
polarização, em busca de um discurso de “centro”, menos ideológico e mais
pragmático, na definição de Nogueira.

Dentro desse contexto, ele avalia que a atual legenda dele teve nomes
importantes como Mário Covas, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, mas
perdeu relevância ao longo do tempo por não ter conseguido estimular novas
lideranças. No Senado, por exemplo, o PSDB, que antes tinha uma das maiores
bancadas, atualmente tem apenas um representante.

“Quando você perde o protagonismo, quando você deixa de ter lideranças que estão
à frente dos projetos, meio que convocando as pessoas pra caminhar junto com
esses ideais, você tem uma derrocada do PSDB, então ficamos sem lideranças, nós
tivemos grandes líderes, mas não reformamos a prateleira com novos lideres.”

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