Recuperação após enchentes: Novo Recomeço inspira resistência em vila gaúcha

O novo recomeço de Mariante mostra a resistência de uma vila gaúcha de 250 anos que foi arrasada pelas enchentes de 2024. O distrito de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, enfrentou inundações históricas no passado, mas foi completamente devastado pelas chuvas que atingiram a região em maio de 2024. Em meio aos destroços, o Novo Recomeço se destaca como o único restaurante local, carregando em seu nome o sentimento de quem não desiste diante dos riscos de novas enchentes e segue empenhado em reconstruir e fortalecer a comunidade.

Um restaurante que foi inundado três vezes em menos de um ano reabriu suas portas com um novo nome, Novo Recomeço, na Vila Mariante, distrito de Venâncio Aires. As enchentes históricas de maio de 2024 deixaram ruas, casas e comércios danificados ou completamente destruídos pela água, exigindo esforços dos moradores para se reerguerem e recomeçarem suas vidas.

Taís, uma das moradoras que decidiu voltar a viver em Mariante, assumiu a propriedade do restaurante da família, antigo local de sua mãe e irmão. Ao reabrir o Novo Recomeço, ela encontrou na mudança do nome uma forma de inspirar a reconstrução da vila e de reforçar a resistência de uma comunidade de quase 5 mil pessoas que não desiste diante das adversidades.

Após as enchentes de 2024, Mariante sofreu com a destruição e o desafio de um novo recomeço. A precariedade das condições de vida e a escassez de recursos públicos geram desafios para a reconstrução da vila. Apoiada por doações da comunidade e enfrentando dificuldades para receber auxílio dos governos municipal, estadual e federal, Taís busca reconstruir não apenas seu restaurante, mas também a esperança de ver a vila voltar a ser um lugar cheio de vida e alegria.

As dificuldades enfrentadas por Taís e outros moradores de Mariante refletem a necessidade de apoio do poder público para promover a reconstrução e revitalização da vila. O abandono de serviços essenciais, como a escola e o posto de saúde, gera desafios adicionais para os moradores que buscam restabelecer suas rotinas e garantir melhores condições de vida para suas famílias.

Diante das demandas por infraestrutura e serviços básicos, a prefeitura de Venâncio Aires se compromete a realizar obras de recuperação e manutenção, garantindo atendimento em uma unidade móvel de saúde e buscando soluções para a reabertura da escola local. O apoio do governo estadual, com investimentos em rodovias e ações de desassoreamento do rio Taquari, indicam esforços em andamento para mitigar os impactos das enchentes e promover a recuperação da região.

O governo federal, por sua vez, destina recursos significativos para auxiliar no cuidado com as pessoas, apoio às empresas e medidas gerais de reconstrução em Venâncio Aires. A atuação conjunta dos governos em diferentes esferas evidencia a importância de ações integradas para superar os desafios enfrentados por Mariante e outras regiões afetadas por catástrofes naturais.

Diante da destruição causada pelas enchentes, a vila de Mariante busca no Novo Recomeço uma inspiração para reconstruir seus lares e comunidade. Com o apoio da população local e soluções do poder público, a esperança de dias melhores e de uma vila renovada continua a guiar os moradores em sua jornada de reconstrução e superação.

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Irmãos acusados de chacina que deixou 4 mortos em SC vão a júri popular

Irmãos acusados de matar pais e filha em chacina que deixou 4 mortos em SC vão a júri popular

O julgamento dos dois irmãos acusados de matar quatro pessoas no interior de Campo Erê, no Oeste de Santa Catarina, em 21 de janeiro de 2023, está marcado para a próxima segunda-feira (13). Os acusados vão a júri popular para responder por quatro homicídios e seis tentativas de homicídio. O caso, que ocorreu há quase dois anos, ainda está em segredo.

O alvo dos irmãos era uma cunhada, que felizmente conseguiu fugir. O crime aconteceu durante a noite na localidade conhecida como Linha 12 de Novembro, entre um bar e uma casa. As vítimas foram Emidia dos Santos, de 53 anos, Marinalva dos Santos, de 18 anos, Carlos Delfino, de 63 anos, e Ana Claudia Schultz, de 35 anos. Emídia e Carlos eram pais da mulher que conseguiu escapar, enquanto Marinalva era sua meia-irmã e Ana Claudia era madrinha de um dos filhos da mulher.

Além das quatro vítimas fatais, houve seis tentativas de homicídio contra pessoas de diferentes idades e gêneros. Os acusados, dois irmãos de 32 e 38 anos, tiveram seus nomes preservados. Segundo as investigações, o irmão mais novo foi o responsável pelos disparos.

O atirador, que residia em Saltinho, e o irmão mais velho, que morava em Maravilha, a cerca de 55 quilômetros de Campo Erê, tiveram envolvimento em uma sequência de eventos trágicos que culminaram na chacina. Tudo começou com o suicídio do irmão dos indiciados, que não aceitava o fim de seu relacionamento com a cunhada que sobreviveu ao ataque.

Para executar as vítimas, o atirador utilizou uma espingarda legalizada, registrada pela Polícia Federal. O irmão mais velho foi preso no mesmo dia do crime, enquanto o mais novo foi detido dois dias depois, pois fugiu após a chacina. O júri popular está programado para acontecer a partir das 8h no fórum do Campo Erê e a equipe do Poder Judiciário está preparada para uma possível prolongação do julgamento.

Dessa forma, a comunidade aguarda por justiça e pela punição dos responsáveis por esse ato de extrema violência que abalou a região de Santa Catarina. O desfecho desse caso trágico serve como alerta para a importância da resolução pacífica de conflitos e da valorização da vida, evitando assim novas tragédias como essa.

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