Prefeito Nunes inicia rescisão com empresas de ônibus ligadas ao PCC

Nunes inicia rescisão com empresas de ônibus acusadas de elo com PCC

Prefeito Ricardo Nunes assinou dois decretos que abrem processo de rescisão de contratos com as transportadoras de ônibus Transwolf e UpBus

São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) assinou na noite dessa sexta-feira (27/12) dois decretos que dão início à abertura de processos de caducidade dos contratos com as transportadoras de ônibus Transwolf e UpBus, acusadas de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Os despachos foram publicados no Diário Oficial da prefeitura de São Paulo.

Em nota enviada ao DE na última segunda-feira (23/12), o município afirmou que deu um prazo de 15 dias para as empresas se manifestarem, respeitando o direito à defesa, e que manterá “a continuidade do serviço de transporte público à população sem qualquer prejuízo, bem como os pagamentos a funcionários e fornecedores das duas companhias”.

Nos despachos dessa sexta, Nunes autorizou a instauração de procedimentos administrativos de declaração de caducidade da concessão em face das duas empresas, a serem conduzidos pela Secretaria Municipal de Transportes.

A Transwolf e a UpBus estão sob intervenção desde abril deste ano, quando foi deflagrada a Operação Fim da Linha, que investiga se há esquemas de lavagem de dinheiro do crime organizado no transporte público da capital. As duas empresas de ônibus transportam diariamente cerca de 700 mil passageiros e receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023.

A decisão pela extinção do contrato foi definida durante reunião no último dia 23, na Prefeitura. Ainda não há definição sobre um novo processo de licitação, já que as empresas ainda precisam se manifestar. Também em nota, a administração municipal afirmou que fiscalizações feitas nas empresas detectaram “inconformidades financeiras e operacionais”, além da necessidade de mudança em infraestrutura e manutenção veicular.

O presidente afastado da UpBus, Ubiratan Antonio da Cunha, foi preso por policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) no último dia 20 por descumprir medidas cautelares.

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Laudo confirma pesticida em comida que matou dois no Piauí: Investigação em andamento

Laudo revela presença de pesticida em comida que matou dois no Piauí

Nove pessoas da mesma família ficaram intoxicadas após a ingestão de uma refeição na última terça-feira (31/12)

Um laudo que faz parte da investigação da morte de um adolescente e um bebê, em Parnaíba, litoral do DE confirmou que havia um pesticida no arroz que as vítimas ingeriram na última terça-feira (31/12). O laudo foi obtido pelo programa Fantástico.

Os membros da família começaram a passar mal na última quarta-feira (1º/1). A primeira vítima foi o adolescente de 17 anos que morreu a caminho da unidade de saúde. Os familiares, ao todo nove, foram socorridos e levados ao Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda).

O laudo que faz parte da investigação revelou a presença de uma substância altamente tóxica presente em pesticidas e agrotóxicos.

> “Qualquer quantidade já faz mal, qualquer uma. Ela afeta a transmissão dos estímulos nervosos em todo o corpo. Dando crise convulsiva, falta de ar, dores cólicas abdominais, inclusive afeta o coração também”, afirmou ao Fantástico o perito-geral do Departamento de Polícia Científica do DE, Antônio Nunes Pereira.

Embora tenha sido internado e recebido atendimento médico, o bebê de 1 ano e 8 meses também não resistiu e foi a segunda vítima. A morte foi confirmada na quinta-feira (2/1) pela Polícia Civil. Os outros sete familiares também foram hospitalizados por causa da intoxicação.

“O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) lamenta profundamente o falecimento de I.D.S., de apenas 1 ano e 8 meses, que deu entrada sob os cuidados do hospital nesta quarta-feira (1º/1). Expressamos nossas mais sinceras condolências à família neste momento de imensa dor”, escreveu o hospital em um comunicado.

O envenenamento é investigado pela Polícia Civil. Até o momento não houve a divulgação de suspeitos do envenenamento. A participação de algum integrante da família não é descartada.

“Alguém colocou a substância no arroz no dia primeiro. A gente entende que houve uma intenção de colocar essa substância na comida deles e a gente vai partir pra uma investigação de homicídio, descartando morte natural ou acidental”, afirmou o delegado Abimael Silva.

TRISTEZA

Maria dos Aflitos, mãe do bebê que morreu afirmou não acreditar que alguém da família participou do crime. Ela disse sentir muito a falta dos familiares.

“Cedo estava todo mundo aqui no fundo para tomar café. Hoje acordei, não escutei brulho de ninguém, só silêncio. (…) Não é fácil perder uma família quase toda”, afirmou Maria.

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A Polícia Civil também informou que o adolescente morto era parente de dois meninos de 7 e 8 anos, que morreram envenenados em 2024. Eles haviam comido cajus com veneno. O bebê que morreu é irmão dos dois meninos que morreram.

VEJA A LISTA DAS VÍTIMAS

Segundo a Polícia Civil do Piauí, as vítimas são:

Adolescente de 17 anos;
As duas irmãs do adolescente;
O padrasto do adolescente;
Uma mulher e seu filho, que moravam na casa;
Três crianças, filhas das irmãs do adolescente.

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