Jovens amazonenses criam inovações contra queimadas e seca na região, impulsionando a preservação ambiental.

Jovens amazonenses criaram projetos que podem auxiliar no combate às queimadas e na previsão de seca na região, com o intuito de minimizar os impactos da crise climática local.

Dois adolescentes desenvolveram soluções inovadoras para lidar com as queimadas e prever a seca nos rios do Amazonas. As iniciativas apresentadas na mostra tecnológica em Manaus têm como objetivo reduzir os danos causados pela crise ambiental na região.

Neste ano, o Amazonas enfrentou uma situação crítica devido à seca dos rios e ao aumento das queimadas. O Rio Negro atingiu o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição. Além disso, dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram um aumento de 43,7% no número de queimadas na Amazônia nos 11 primeiros meses de 2024.

Davi Bonifácio Guimarães Sanches Ruiz, de 12 anos, é um dos criadores do “Resfrecadinho”, um sistema de extintores inteligentes instalados na floresta para combater incêndios. O projeto foi idealizado para detectar focos de calor, enviar alertas para autoridades e acionar alarmes nas árvores para conter o avanço das chamas.

O “RiverTrack”, desenvolvido por João Marcos Glória, utiliza Inteligência Artificial (I.A) para prever a estiagem nos rios do Amazonas. Além de calcular o nível da seca para o próximo ano, o sistema fornece informações sobre o mês em que a estiagem atingirá o ponto crítico, auxiliando na prevenção de danos.

A iniciativa desses jovens em criar soluções para os problemas ambientais do Amazonas reflete a importância da inovação e do engajamento da sociedade na busca por alternativas sustentáveis. Os projetos apresentados destacam a capacidade dos estudantes em utilizar a tecnologia para enfrentar desafios reais e contribuir para a preservação da região.

A atuação desses jovens em favor do meio ambiente mostra que a conscientização e a ação com foco na sustentabilidade são fundamentais para a proteção da Amazônia. Com iniciativas como o “Resfrecadinho” e o “RiverTrack”, é possível vislumbrar um futuro mais promissor para a região, onde a preservação ambiental e o desenvolvimento tecnológico caminham de mãos dadas.

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Canaranas invadem orla de Manaus durante período de seca: especialistas alertam para riscos ambientais e de segurança

Com a chegada do período de seca do Rio Negro, um fenômeno preocupante tem chamado a atenção dos moradores de Manaus. As “canaranas”, também conhecidas como “capim marreco”, têm invadido a orla da cidade, formando verdadeiros tapetes verdes que se estendem por quilômetros. O aumento do nível das águas não foi suficiente para eliminar a vegetação que se aproveitou do solo fértil para se proliferar.

Um especialista ouvido pelo de alertou para os impactos negativos das canaranas na região. Além de atrair insetos e reduzir a oxigenação do rio, o capim representa uma ameaça para a fauna aquática local. O risco para embarcações também é uma preocupação, já que a presença das canaranas pode dificultar a navegação no Rio Negro, colocando em perigo quem depende do transporte fluvial.

A presença das canaranas na orla de Manaus é tão marcante que vídeos divulgados nas redes sociais têm chamado a atenção tanto dos moradores quanto dos visitantes da cidade. O balneário da Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos da região, tem sido impactado pela invasão desse capim indesejado, prejudicando a paisagem e a qualidade de vida dos frequentadores.

O biólogo André Menezes alerta para os perigos das canaranas, que podem abrigar animais peçonhentos como cobras e jacarés. Além disso, a decomposição do capim torna a água imprópria para banho, contaminando o ambiente aquático e prejudicando a vida marinha. A remoção dessa vegetação se torna uma tarefa urgente para preservar o equilíbrio ambiental e garantir a segurança de todos.

A origem do capim marreco está diretamente ligada à oscilação das águas do Rio Negro. Durante a seca, o solo acumula nutrientes que favorecem o crescimento da vegetação. Com a chegada das chuvas e a subida do rio, o capim se solta da terra, formando extensos tapetes verdes que se espalham pela região. A falta de ação preventiva pode resultar em custos mais elevados para a remoção das canaranas, que se tornam ainda mais difíceis de serem retiradas após a inundação.

Diante do agravamento da situação, a Prefeitura de Manaus iniciou a remoção das canaranas na Praia da Ponta Negra. O secretário Sabá Reis ressaltou a importância da ação para preservar a navegabilidade do Rio Negro e garantir a segurança das embarcações que circulam pela região. A remoção do capim se mostra essencial para evitar danos ao ecossistema local e manter a qualidade de vida da população ribeirinha.

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