Tragédia em Taubaté: Vítimas de deslizamento são veladas após tragédia no interior de SP

Vítimas de deslizamento de terra são veladas em Taubaté, no interior de São Paulo. Três pessoas perderam a vida na noite da última sexta-feira (27); um homem sobreviveu ao deslizamento, e as crianças que estavam na chácara saíram ilesas.

As três pessoas que faleceram em um deslizamento de terra na última sexta-feira (27), em Taubaté, no interior de São Paulo, foram veladas na tarde deste sábado (28). O casal Carla Sírio, de 38 anos, e Giovane Matsuda, de 34, foram velados no Velório e Crematório São Benedito, em Taubaté. A terceira vítima, Maurício Tavares, de 41 anos, foi velada na Sagrada Família, no mesmo município.

O enterro das vítimas ocorre neste sábado, no cemitério municipal de Taubaté. O casal será enterrado às 16h, enquanto o enterro de Maurício está marcado para as 17h. O velório das vítimas foi acompanhado por familiares e amigos.

Seis pessoas estavam na chácara no momento do deslizamento. As quatro pessoas atingidas pela terra estavam na área externa, enquanto duas crianças estavam dentro da casa e não ficaram feridas porque a casa não sofreu com o deslizamento. Entre os adultos na área externa, três morreram e um sobreviveu. O sobrevivente teve fratura na perna direita. As vítimas foram identificadas como Carla Sírio Leite, de 38 anos, Giovane Hideo Gabriel Matsuda, de 34 anos, e Maurício Tavares, de 41 anos.

Segundo o boletim de ocorrência, Giovane e Carla eram casados e tinham uma filha juntos, de cinco anos. O casal tinha outra criança, de 12 anos, que era filha apenas da mulher. As duas meninas estavam na casa e não foram atingidas pelo deslizamento. Maurício era amigo do casal. O sobrevivente do deslizamento é Gustavo Santos Scacabarozzi, de 49 anos, que foi resgatado consciente e levado para o Hospital Regional de Taubaté. Ele teve uma fratura na perna direita e recebeu alta do hospital.

A tragédia do deslizamento de terra em Taubaté deixou três pessoas soterradas e uma ferida. O último corpo foi encontrado após mais de sete horas de trabalhos. O deslizamento ocorreu por volta das 17h30 no bairro Barreiro, na zona rural da cidade, enquanto chovia. A operação de buscas envolveu uma força-tarefa e mobilizou dezenas de agentes de segurança e voluntários.

Os corpos das vítimas foram retirados do local pelas forças de segurança e encaminhados para o Instituto Médico Legal. Após o encerramento das buscas, o local ficou sob os cuidados da polícia e da Defesa Civil para análises de risco de novos deslizamentos. O deslizamento atingiu um imóvel na Travessa da Liberdade, deixando quatro adultos soterrados. As operações de resgate envolveram diversas forças de segurança e voluntários.

A comunidade local prestou apoio às equipes de resgate, e a força-tarefa mobilizou viaturas do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, SAMU e voluntários. O trabalho de resgate das vítimas foi intenso e durou horas até encontrar todas as pessoas atingidas pelo deslizamento. A cidade de Taubaté enfrenta um momento de luto e solidariedade frente a essa tragédia.

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Pesquisa transforma milho em superalimento resistente ao calor

Cientistas alteram a genética do milho e deixam ele mais resistente a secas e altas temperaturas

O DE foi até Campinas (SP) conhecer a pesquisa. Na fase de testes, alimento tem a cor roxa, que destaca se a mudança do DNA aconteceu ou não.

Prato do Futuro: pesquisa cria milho mais resistente ao calor

Já pensou que uma bactéria poderia salvar a sua pipoquinha? Uma pesquisa tem usado a chamada agrobacterium para editar o DNA do milho e tornar ele mais resistente às altas temperaturas e às secas causadas pelas mudanças climáticas.

O estudo de edição gênica é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, neste episódio da série Prato do Futuro, o DE foi até a unidade em Campinas (SP) para entender como ele funciona. Confira no vídeo acima.

A pesquisa promete fazer o milho tolerar até 2°C acima da sua temperatura ideal, que é entre 28°C e 30°C. Além disso, a planta precisaria de menos água, apenas 20% de sua quantidade ideal de antes da alteração.

Com isso, o cultivo poderia acompanhar a elevação da temperatura do planeta, que já é de 1°C comparado a níveis pré-industriais e deve subir ainda mais, chegando a 1,5°C entre 2030 e 2050, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por causa do aquecimento do planeta, 8% da flora do planeta pode desaparecer das suas áreas tradicionais, afirma o relatório do IPCC.

Os resultados demonstram que as plantas modificadas tiveram um aumento de 10% da produção.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, representando cerca de 11,7% do fornecimento mundial. O país fica atrás dos Estados Unidos (30,3%) e da China (24,1%).

Nas últimas duas décadas, a produção brasileira de milho teve um crescimento contínuo de 5,2% ao ano, mostra um estudo do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais.

Para a safra 2024/2025, a área, que está em fase de plantio, deve se manter estável, em torno de 21 milhões de hectares, estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com a expectativa de recuperação na produtividade, a safra deve chegar a 119,8 milhões de toneladas.

COMO UMA BACTÉRIA PODE ALTERAR A GENÉTICA?

Na pesquisa, os cientistas utilizam a agrobacterium para editar a genética do milho. Essa bactéria tem a capacidade de reprimir ou ressaltar alguma parte do DNA das plantas, neste caso, a característica que resiste ao calor e à seca.

Para isso dar certo, a equipe precisou mapear a sequência de DNA completa do milho, ou seja, seu genoma.

Na natureza, esse micro-organismo é considerado uma praga do milharal, podendo causar tumores nos pés. Mas, no laboratório, a parte do DNA da bactéria que causa a doença é removida antes de ter contato com as células do milho.

E não precisa se preocupar, a inserção da bactéria no milho não faz mal para quem for consumir.

Qualquer alimento que teve seu genoma mapeado pode passar pela edição gênica, com a possibilidade de obter benefícios semelhantes aos observados na pesquisa com o milho.

POR QUE FAZER O MILHO FICAR ROXO AJUDA NA PESQUISA?

Para descobrir se o gene que foi alterado se desenvolveu, os pesquisadores inserem junto da agrobacterium um marcador genético, que tem a capacidade de mudar a cor dos grãos.

Assim, durante a fase de embrião, é possível ver a coloração por microscópio. Quando o milho se desenvolve, toda a espiga assume a cor.

Mas, quando o estudo for finalizado e a nova variedade for comercializada, esse marcador não será mais inserido. Portanto, o milho vai continuar sendo amarelo.

PRONTO PARA O MUNDO

Ao longo do seu desenvolvimento, a planta passa por diversos ambientes. Em sua fase mais jovem, ainda vive em meio de temperatura ideal, na sala de aclimatação, até ir para uma estufa com clima extremo.

Usando uma luz que replica as ondas solares, climas diferentes são testados, bem como a quantidade de água fornecida varia.

Os pesquisadores observam como a planta se comporta e se ela vai entrar em estresse térmico, quando não consegue mais realizar a fotossíntese corretamente. Assim, é possível entender se o experimento funcionou ou não.

As plantas que se mostram resistentes têm sua genética replicada por meio de polinização.

Os testes também incluem o plantio em lavoura, para ver se o milharal sobrevive no mundo real.

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Foto: Bárbara Miranda | Arte DE

CRÉDITOS DESTE EPISÓDIO DA SÉRIE ‘PF: PRATO DO FUTURO’

* Coordenação editorial: Luciana de Oliveira
* Edição e finalização de vídeos: Marih Oliveira
* Narração: Vivian Souza
* Reportagem: Vivian Souza
* Produção: Vivian Souza
* Roteiro: Vivian Souza
* Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli
* Coordenação de arte: Guilherme Gomes
* Direção de arte e ilustrações: Luisa Rivas e Verônica Medeiros
* Fotografia: Rafael Leal
* Motion Design: Verônica Medeiros e Thalita Ferraz
* Ilustrações: Bruna Rocha, Maria Laura Silva, Luisa Rivas e Thalita Ferraz

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