Investigação revela motivo do assassinato de defensora dos direitos humanos em Pinhão, no Paraná

Dois homens foram presos suspeitos de matar a defensora dos direitos humanos e da preservação do meio ambiente, Iracema Correia dos Santos, 67 anos, conhecida como Dona Iracema. Ela foi assassinada a tiros na frente de casa em 19 de dezembro, em Pinhão, na região central do Paraná.

De acordo a Polícia Civil, a investigação apurou que os suspeitos “estavam insatisfeitos com a forma como a vítima conduzia os trabalhos na comunidade e os valores que estavam recebendo por prestar serviços para o grupo”.

No dia do crime, conforme a polícia, a vítima recebeu R$ 48 mil relativos à venda de erva mate que foram cultivadas e colhidas pelo grupo Faxinalenses, do qual ela era líder. O valor seria utilizado para pagamento dos prestadores de serviço no local.

“Por participarem do movimento e terem ciência dos valores recebidos pela idosa, os masculinos invadiram a casa desta, ceifaram a sua vida, mediante disparos de arma de fogo, em seguida subtraíram cerca R$ 22 mil em dinheiro e um cheque de R$ 5,5 mil”, afirmou a Polícia Civil.

A investigação aponta até o momento que o crime não tem relação com disputa de terras com possíveis grileiros. A Polícia Civil segue investigando o caso.

A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) lamentou a morte de Dona Iracema e afirmou que abriu um procedimento para acompanhar as investigações da Polícia Civil. “Dona Iracema dedicou sua vida à proteção dos povos tradicionais e à preservação ambiental, sendo uma referência em sua comunidade e além dela”, destacou a instituição.

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Saiba como tratar queimaduras de águas-vivas no litoral do Paraná

Acidentes com águas-vivas passam de 7 mil no litoral do Paraná; saiba como
tratar queimaduras

Número é 9 vezes maior do que o do verão passado. Relatório do Corpo de Bombeiros abrange o período de 14 de dezembro de 2024 a 1º de janeiro de 2025.

Banhistas precisam ter cuidado com águas-vivas e caravelas
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Os acidentes com águas-vivas e caravelas aumentaram de 798, no verão 2023/2024, para 7.183 nesta temporada no litoral do Paraná. O número 9 vezes maior que o anterior foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros. Confira abaixo como tratar as queimaduras.

O relatório é o primeiro balaço da Operação Verão Maior 2024/2025, no período de 14 de dezembro de 2024 a 1º de janeiro de 2025.

Bombeiros militares e guarda-vidas civis voluntários atenderam a quatro municípios da Costa-Leste do Paraná. São eles:

– Pontal do Paraná;
– Matinhos;
– Guaratuba;
– Ilha do Mel.

O Ministério da Saúde alerta que o contato com os tentáculos dos animais marinhos pode causar ardência, inchaço e dor intensa no local, com duração de 30 minutos a 24 horas. Marcas vermelhas ou escurecidas também podem aparecer devido à ação do veneno na pele.

Também pode ocorrer dificuldade para respirar e engolir, dor no peito e de cabeça, câimbras, erupção cutânea, náuseas e vômitos.

Em casos mais graves, reações alérgicas causam o inchaço na garganta (edema de glote) e choque anafilático, que podem pôr em risco a vida da vítima.

A gravidade está associada ao tipo e tamanho do animal que produziu o ferimento e também à extensão da área comprometida, segundo o ministério.

TRATAMENTO DE QUEIMADURAS

O Ministério da Saúde recomenda a procura imediata de um profissional de saúde qualificado por banhistas que sofrerem acidentes com águas-vivas e caravelas.

Caso o inchaço da região seja acompanhado de dor intensa no momento do contato com o animal, o primeiro passo é usar compressas geladas com água do mar ou cold packs.

O MS reforça a importância de não utilizar água doce para lavar do local da lesão, nem para aplicação das compressas geladas, pois ela pode piorar o quadro do envenenamento.

Em seguida, o ministério afirma que deve ser feita a remoção dos tentáculos na pele, de forma cuidadosa e preferencialmente com uso de pinça, lâmina ou mão enluvada.

Depois, é preciso lavar o local do ferimento com ácido acético a 5% (vinagre, por exemplo), sem esfregar a região. Essa medida impede envenenamento posterior, uma vez que as células continuam despejando seu conteúdo na pele, de acordo com o ministério.

Os bombeiros afirmam que acidentes graves devem ser atendidos com urgência.

“Nossos postos de guarda-vidas funcionam diariamente das 08h às 19h. Em caso de emergência, ligue 193”, reforçam.

Hospitais também devem atender vítimas com urgência. Confira a lista de hospitais na Costa-Leste referência no atendimento de vítimas de animais peçonhentos:

– Antonina Hospital Dr. Silvio Bitencourt Linhares
– Guaratuba Pronto Atendimento Municipal
– Morretes Hospital e Maternidade Municipal Dr. Alcídio Bortolin
– Paranaguá Hospital Regional do Litoral

Fonte: Ministério da Saúde

COMO PREVENIR

– Evite áreas onde há presença de águas-vivas e caravelas;
– Pergunte ao guarda-vidas sobre a presença destes animais no local;
– Observe se há animais marinhos na areia da praia;
– Não toque nestes animais, mesmo mortos;
– Ao caminhar na praia, utilize calçado para evitar pisar em tentáculos de águas-vivas e caravelas
– Ao praticar mergulho, considere utilizar roupa de mergulho que cubra a maior parte possível da pele

MORTES POR AFOGAMENTO TAMBÉM AUMENTARAM

As mortes por afogamento na Costa-Leste, de 14 de dezembro de 2024 a 1º de janeiro de 2025, mais que dobraram em relação ao verão anterior. De três vítimas em 2023/2024, o número saltou para 8 pessoas nos últimos dias.

No entanto, o Corpo de Bombeiros destaca que os afogamentos leves e severos diminuíram. Em 2023/2024, foram 67 afogados leves e cinco severos. Em 2024/2025, os dados são de 37 leves e quatro severos.

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