Festa para Iemanjá em Copacabana: fé, devoção e celebração na praia

A festa para Iemanjá reuniu centenas de pessoas na Praia de Copacabana, numa celebração marcada por muita fé e devoção à orixá. O cortejo teve início no Mercadão de Madureira, na Zona Norte, e por volta das 17h chegou à praia da Zona Sul, onde os participantes lotaram a areia vestindo roupas brancas. A saudação à divindade, realizada às vésperas da virada do ano, teve como objetivo agradecer pelas conquistas e pedir por um 2025 de paz e prosperidade.

O som dos atabaques ecoava na praia, onde quatro tendas foram montadas para receber os fiéis. Muitos presentes compraram flores para lançar ao mar como oferenda, enquanto outros formaram fila para tomar um passe, em um gesto de fé e esperança. O líder religioso Pai Joelmir D’Oxóssi, do Templo Umbandista Oxóssi Caçador, que organiza o evento há 22 anos, destacou a importância da festa e lamentou a presença de um palco gospel na virada, que, segundo ele, tem afastado os terreiros.

Quando o cortejo chegou à praia, barcos carregando flores e presentes foram guiados pela areia, em direção ao mar. Uma imagem de Iemanjá foi colocada no centro de uma roda onde cânticos eram entoados em homenagem à rainha do mar e aos demais orixás. Barcos com pedidos e oferendas foram lançados ao mar no anoitecer, em um ritual que simboliza a entrega dos desejos à divindade.

A festa de Iemanjá é um evento tradicional que reúne gerações, como é o caso da dona de casa Maria das Graças Dias, de 74 anos, que participa do cortejo desde que sua filha era criança. Para Maria, a festa é um momento único de união e paz, onde todos estão reunidos com o mesmo propósito. Na areia, uma barraca vendia banhos para abrir os caminhos, cuja arrecadação seria destinada a manter um templo religioso e um projeto social na Praça Seca.

Flores, velas e oferendas adornaram a Praia de Copacabana durante a festa, em um cenário de reverência e devoção à orixá. A celebração, que ocorre anualmente, representa não apenas uma manifestação religiosa, mas também um momento de conexão espiritual e de esperança para o novo ano que se inicia. A festa para Iemanjá é mais do que um evento cultural, é um encontro de fé e devoção que une diversas pessoas em um propósito comum.

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Preso traficante do PCC suspeito de transportar armas e drogas de SP para o RJ na praia de Búzios: Matuto é condenado a mais de 40 anos.

Traficante do PCC suspeito de transportar armas e drogas entre São Paulo e Rio de Janeiro é preso na praia, em Búzios

Condenado a mais de 40 anos de prisão por roubar residências, Willen Panise, conhecido como Matuto, foi preso na praia de João Fernandes, em Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, utilizando um nome falso. Ele foi localizado pelas autoridades e detido após resistir à abordagem policial.

Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis do Rio de Janeiro (DRFA) prenderam o traficante ligado ao PCC Willen Panise, suspeito de transportar armas e drogas de São Paulo para favelas do Rio de Janeiro. Matuto, como é conhecido, enfrentou os policiais durante a tentativa de prisão, resultando em um confronto em que ele foi baleado e precisou ser levado ao Hospital Municipal Dr. Rodolpho Perise.

Matuto estava em Búzios aproveitando as festas de final de ano, mas vinha sendo monitorado há mais de um mês pela inteligência da DRFA. Utilizando um documento falso com o nome Rafael Aguiar da Silva, ele levava uma vida de luxo no Rio de Janeiro, mesmo sendo procurado pela justiça por diversos roubos a residências em São Paulo.

O criminoso tinha conexões com traficantes do Parque União, no Complexo da Maré, além de fornecer armas e drogas para outras comunidades cariocas dominadas por facções criminosas. Sua prisão representa um duro golpe no tráfico interestadual e na criminalidade que assola ambas as regiões.

A ação policial que resultou na captura de Matuto demonstra a eficácia do trabalho das autoridades na interceptação de criminosos de alta periculosidade. Com a prisão do traficante, a expectativa é de desarticular parte do esquema de transporte ilegal de armas e drogas entre São Paulo e Rio de Janeiro, contribuindo para a diminuição da violência nessas localidades.

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