Goiás registra 110 doações de órgãos em 2024

A Gerência de Transplantes da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) registra até o dia 27 de dezembro deste ano, 110 doações de órgãos – 40% deles captados em hospitais da rede pública estadual. Os números são similares aos registrados no ano passado, quando foram realizadas 113 doações.

O ano de 2024 no estado é marcado também pelo início dos transplantes de medula óssea e pâncreas na rede estadual, ambos realizados no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em Goiânia.

“Apesar desse importante crescimento, ainda temos um grande desafio que é a recusa familiar, que este ano está em 68%”, avalia a gerente de Transplantes da SES-GO, Katiuscia Freitas. No ano passado, esse percentual foi de 62%. Ligada à Superintendência de Regulação, Controle e Avaliação da pasta, a Gerência de Transplante tem o papel de coordenar todo o processo de transplante, desde a notificação de morte encefálica, doação de órgãos e tecidos e distribuição dos órgãos para transplantes.

A gerência também conta com profissionais capacitados, que conversam com familiares de pessoas que tiveram o diagnóstico de morte encefálica.

“Não é uma tarefa fácil, mas os profissionais estão preparados para acolher essas famílias e conversar sobre a possibilidade da doação de órgãos”, explica Katiuscia. A gerente conta que 55 unidades de saúde no Estado realizaram notificação de morte encefálica e que as captações ocorreram em 20 dessas unidades – oito delas da rede estadual.

Doações de órgãos

As unidades da rede estadual que realizaram captações de órgãos em 2024 foram o Hugo, Hugol e HGG (em Goiânia); Herso (Santa Helena); HCN (Uruaçu); Heana (Anápolis); HEL (Luziânia); e Hetrin (Trindade). Já os procedimentos de transplantes (fígado, rins e medula óssea) foram realizados no HGG. Goiás conta ainda com 22 equipes habilitadas para transplantes de córneas.

A Gerência de Transplantes atua ainda com importantes parceiros, fundamentais para a organização da logística em tempo hábil para a entrega do órgão para o transplante. Entre eles estão o Corpo de Bombeiro do Estado de Goiás (CBMGO), Samu, Serviço Aéreo do Governo de Goiás (Saeg), Aeroporto de Goiânia, empresas áreas comerciais e Força Aérea Brasileira (FAB).

“Cada processo envolve, além desses parceiros, os profissionais das unidades de saúde, Central Nacional e Estadual de Transplantes”, acrescenta a gerente. Katiuscia prevê muito trabalho em 2025, para ampliar os números desse importante ato de solidariedade em Goiás.

“A Gerência de Transplantes pretende continuar com as ações de capacitação de profissionais de saúde e campanhas de sensibilização da população, além de ter a previsão de utilizar o Sistema Integrado de Doação de Órgãos e Avaliação de Receptores (Sidoar), um importante sistema estadual criado para gerenciar todas as atividades de doação e transplante no Estado”, adianta.

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Casos de dengue em 2024 passam de 6,4 milhões; mortes somam 5,9 mil

Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram que o país registrou, ao longo de todo o ano de 2024, um total de 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes provocadas pela doença. Há ainda 908 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue, até o dia 28 de dezembro, era de 3.193,5 casos para cada 100 mil habitantes.

A maioria dos casos prováveis de dengue (55%) em 2024 foi identificada entre mulheres. No recorte raça/cor, 42% dos casos prováveis foram registrados entre brancos; 34,4% entre pardos; 5,1% entre pretos; 0,9% entre amarelos; e 0,2% entre indígenas, sendo que, em 17,3% dos casos, a informação não foi registrada. A faixa etária dos 20 aos 29 anos concentrou a maior parte dos casos prováveis, seguida pela de 30 a 39 anos e pela de 40 a 49 anos.

No ranking dos estados, São Paulo aparece com o maior número de casos prováveis (2.182.875). Em seguida estão Minas Gerais (1.695.024) e Paraná (656.286). Na lista de estados com maior coeficiente de incidência, o Distrito Federal (DF) figura em primeiro lugar, com 9.907,5 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (8.252,8 casos por 100 mil habitantes) e Paraná (5.735,2 casos por 100 mil habitantes).

Distrito Federal

Com o maior coeficiente de incidência do país, o DF registrou um aumento de 584% nos casos prováveis de dengue em 2024 em relação ao ano anterior – foram 279.102 casos no ano passado contra 40.784 em 2023. No mesmo período, as mortes pela doença saltaram de 14 em 2023 para 440 em 2024. Ainda de acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, cinco óbitos seguem em investigação.

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