Estreito, no MA, decreta situação de emergência após queda de ponte
Decretação da situação de emergência na cidade maranhense tem validade inicial
de 180 dias, prorrogável por igual período
A Prefeitura de DE (MA) decretou situação de emergência nível II
(média intensidade) em virtude do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de
Oliveira, na BR-226, no domingo passado (22/12), entre a cidade maranhense e a vizinha
Aguiarnópolis (TO).
Assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL), o decreto cita “impactos ambientais,
estruturais, de mobilidade e saúde pública”. Segundo o texto, mais de 19 mil
pessoas foram impactadas direta ou indiretamente pelo colapso da estrutura.
Segundo o prefeito, Estreito mobilizou recursos humanos e materiais “em larga
escala”, mas enfrenta o esgotamento deles, e pede apoio técnico e financeiro a
níveis estadual e federal.
A decretação da situação de emergência tem validade inicial de 180 dias,
prorrogável por igual período, se necessário. Com a medida, fica mais fácil a
obtenção de recursos do estado e da União para ações emergenciais, mitigação de
impactos e recuperação das condições de normalidade.
QUEDA DA PONTE
A ponte Juscelino Kubitschek desabou no momento em que 10 veículos transitavam
pela estrutura. O impacto destruiu parte da ponte, lançando os veículos ao Rio
Tocantins. Equipes da Marinha, do Corpo de Bombeiros e de outras forças de
resgate foram mobilizadas imediatamente.
Entre os veículos que caíram no rio havia caminhões que transportavam
agrotóxicos e ácido sulfúrico. Na quarta-feira (25/12), a Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico (ANA) informou que a análise de qualidade da água do indicou que não houve vazamento
de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas após o desabamento da ponte.
Nessa sexta-feira (27/12), as buscas foram parcialmente interrompidas depois que
o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) detectou movimentação na estrutura remanescente da ponte, o que aumentou o risco de novos desabamentos.
As operações foram retomadas nesse sábado (28/12), com a instalação de sensores nos pilares para monitorar possíveis instabilidades.
Até o momento, foram confirmadas nove mortes, segundo a Marinha do Brasil. Oito
pessoas seguem desaparecidas.
O Ministério dos Transportes anunciou a destinação de R$ 100 milhões a R$ 150
milhões para a reconstrução da ponte, com previsão de conclusão até 2025. As
causas do desabamento ainda estão sendo investigadas.
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