Advogado ameaçou explodir prédios e é internado em hospital psiquiátrico

Advogado que ameaçou explodir prédios vai para hospital psiquiátrico

Com sintomas de surto psicótico, suspeito foi transferido do Hospital de Base do
DF para o São Vicente de Paulo. Investigações continuam

O advogado que teria ameaçado explodir
o Quartel do Comando-Geral (QCG) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e
a Superintendência Regional da Polícia Federal (PF-DF), nesse sábado (28/12),
foi internado por tempo indeterminado no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP),
em Taguatinga.

Com sinais de estar em surto psicótico e devido ao histórico de transtornos
mentais, inclusive com diagnóstico de bipolaridade, Fabrizio Domingos Costa
Ferreira (foto em destaque), 46 anos, foi levado inicialmente para o Hospital de
Base do Distrito Federal (HBDF).

No entanto, segundo a coluna Na Mira apurou, a equipe médica da unidade de
saúde recomendou a transferência de Fabrizio para o HSVP, unidade da rede
pública ainda aberta no Distrito Federal para receber pacientes psiquiátricos.

O caso foi inicialmente registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). No
entanto, as investigações do caso passaram para a Divisão de Prevenção e Combate
ao Extremismo Violento (DPCev). O departamento especializado foi criado
após um homem-bomba se explodir em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF)
em 13 de novembro de 2024.

A coluna Na Mira também apurou que a DPCev apreendeu, para investigação do
suspeito, um aparelho celular, um notebook, um HD externo e uma maleta. Os itens
foram encontrados no carro de Fabrizio, pouco depois de ele fazer a ameaça de
explosão. Os investigadores também ouviram testemunhas.

Durante uma Operação Petardo – deflagrada em casos de denúncias que envolvam a
existência de possíveis explosivos –, nesse sábado (28/12), Fabrizio foi
abordado por PMs, mas apresentava falas desconexas e aparentava estar em surto
psicótico.

Ele ainda pode responder por violência doméstica, após ser denunciado pela
companheira por agressão e ameaça
no dia anterior. O casal está em fase de separação. A Justiça do Distrito
Federal deve analisar o caso nos próximos dias, para decidir qual medida adotar
contra o advogado.

Anteriormente, Fabrizio chegou a ficar internado no Hospital São Vicente de
Paulo (HSVP) e, em 15 de novembro, passou pela Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA) de São Sebastião, devido a outro surto psicótico. Ele
foi liberado no dia seguinte.

Por volta das 6h40 desse sábado (28/12), a bordo de um Volkswagen branco,
Fabrizio teria dito a guardas do QCG da PMDF que escondia explosivos no veículo
e ameaçado detonar o prédio e a superintendência da PF-DF. Em seguida, deixou a
área.

Com informações sobre a placa do veículo do advogado, policiais militares
conseguiram abordá-lo pouco depois, na Via N1, na altura do Setor Hoteleiro
Norte (SHN), área central de Brasília. Por volta das 10h10, a corporação
informou não ter encontrado explosivos nem no automóvel dele nem com o suspeito,
que foi levado para a 5ª DP.

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Membro da Yakuza confessa tentativa de tráfico de material nuclear

Membro da Yakuza confessa que tentou traficar material nuclear

Um japonês que faz parte da Yakuza tentou traficar material para a produção de armas nucleares, mas foi pego. Um membro da Yakuza, a maior e mais conhecida máfia japonesa, confessou que tentou vender material nuclear para a produção de armas de destruição em massa. A revelação foi feita pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta quinta-feira (9/1).

O homem foi identificado como Takeshi Ebisawa, natural do Japão. Além da acusação de contrabando de materiais como urânio e plutônio, elementos que compõem uma arma nuclear, o japonês se declarou culpado de outras cinco acusações, entre elas tráfico internacional de drogas e crimes relacionados a armas de fogo.

Em 2019, o Drug Enforcement Administration (DEA) designou um agente secreto para se infiltrar no ciclo de Ebisawa, na época investigado por tráfico de drogas e armas em grande escala. Um ano depois, o membro da Yakuza revelou ao investigador disfarçado que tinha acesso a uma grande quantidade de material nuclear, que queria vender.

Como parte das investigações, o agente da DEA concordou em ajudar Ebisawa a traficar seu material para um outro investigador dos EUA, que se passou por um general do Irã. Durante a falsa negociação, o japonês ainda tentou fornecer plutônio para o suposto militar iraniano, sob a justificativa de que a substância era ainda mais “poderosa” do que o urânio na fabricação de armas.

O material nuclear, segundo o Departamento de Justiça dos EUA, estava sob o domínio de um líder rebelde de Mianmar. Em uma chamada de vídeo, um outro membro do ciclo de Ebisawa disse ao associado da DEA que o homem tinha disponível cerca de 2.000 quilos de Tório-232, e mais de 100 quilos de urânio.

Em uma das conversas interceptadas por investigadores, o membro da Yakuza chegou a sugerir que a venda das substâncias nucleares, por parte do líder rebelde de Mianmar, seria uma forma de financiar a compra de armas para insurgentes que lutam na guerra civil do país.

Um tribunal local ainda deve determinar a pena do membro da Yakuza, que pode pegar prisão perpétua pelos crimes. A situação gerou grande repercussão nos meios de comunicação, alertando para os perigos do tráfico de material nuclear e a necessidade de combater organizações criminosas como a Yakuza.

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