Bandidos atacam vigilantes de parques no DF em busca de armas: casos recentes de violência revivem debate sobre segurança

Bandidos atacam vigilantes de parques do DF para tentar roubar armas

Profissionais da segurança foram atacados e feridos durante rondas pelo Parque Vivencial Ecológico do Gama e no Parque da Cidade de Brasília

Na tentativa de conseguirem armas de fogo, criminosos têm atacado vigilantes em parques urbanos do Distrito Federal. Na tarde desse sábado (28/12), bandidos roubaram a arma e a motocicleta de um profissional da segurança do Parque Vivencial Ecológico do Gama.

O vigilante foi surpreendido por criminosos de tocaia, que jogaram pedras contra ele no momento em que fazia uma ronda no Parque do Gama de motocicleta. Após derrubarem a vítima, os bandidos roubaram a arma e o veículo dele.

O mesmo parque havia sido palco de um assalto há cerca de um ano. Na ocasião, os ladrões atiraram em outro vigilante, que só sobreviveu porque usava colete à prova de balas.

PARQUE DA CIDADE

Na noite da última segunda-feira (23/12), dois dias depois de jovens serem assaltados no Parque da Cidade – um dos quais foi esfaqueado –, ladrões atacaram um vigilante da área com um galho. No entanto, a vítima (foto em destaque) reagiu, e os assaltantes se afastaram.

3 imagens Bandidos atacaram profissional de segurança com galho Vigilante reagiu, e bandidos se afastaram Fechar modal. Ladrões tentaram levar arma de vigilante

Material cedido ao Metrópoles Vigilante fazia ronda próximo ao local dos pedalinhos, quando dois bandidos se aproximaram em uma motocicleta. Um deles desceu do veículo e deu uma paulada nas costas da vítima, que acertou a atingir a cabeça do profissional da segurança.

Como o vigilante não perdeu a consciência, ele conseguiu sacar a arma e afugentou os bandidos. A dupla fugiu na direção da W3 Sul.

Em 5 de dezembro deste ano, por volta das 22h, dois vigilantes foram rendidos, espancados e roubados no Parque Vivencial Ecológico de Santa Maria.

A abordagem violenta ocorreu após o fechamento dos portões da unidade. Os bandidos chegaram a torturar as vítimas com gás de pimenta. Os criminosos buscaram por armas, mas não as encontraram. Então, roubaram bens e um carro dos seguranças.

Um dia depois, uma mulher foi vítima de tentativa de estupro enquanto caminhava no Parque Olhos d’Água, no fim da Asa Norte.

Um homem que transitava pelo lado de fora do espaço, na L2 Norte, entrou na unidade de conservação e atacou a vítima. Depois, pulou a cerca e fugiu pela mesma via.

Após o crime, uma frase com os dizeres “estupradores no parque” foi pintada no chão de uma das pistas de caminhada do parque.

REFORÇO NAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

No Distrito Federal, a segurança de parques urbanos é terceirizada. O Sindicato dos Vigilantes (Sindesv-DF) considera, porém, que o modelo vigente está desatualizado e que os criminosos aprenderam como atacar com mais “chance de sucesso” não apenas seguranças, como também a população.

Para o Sindesv-DF, é necessário aumentar o efetivo, bem como reforçar medidas que incluem o cercamento e o monitoramento eletrônico desses espaços.

O Metrópoles entrou em contato com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), responsável pelos parques ecológicos da capital do país, e com a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL), que administra o Parque da Cidade Sarah Kubitschek. A reportagem aguarda resposta.

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“Rainha do Pó”: PF busca traficante há mais de 10 anos, mandado revogado pelo STJ em 2021″

Quem é a “Rainha do Pó”, na mira da PF há mais de 10 anos

Karine Campos está foragida desde 2021 e teve mandado de prisão revogado após decisão do Superior Tribunal de Justiça

Apontada como a maior exportadora de cocaína por meio do Porto de Santos, Karine Campos foi apelidada por investigadores de “Rainha do Pó” e acumula uma série de investigações e processos.

A traficante teve um mandado de prisão contra si revogado pela Justiça Federal de Santos por ordem do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça.

O ministro anulou, e a quinta turma do STJ referendou, uma ação de busca de busca apreensão realizada na operação Alba Vírus, que mirou o grupo criminoso liderado por Karine Campos.

De acordo com o ministro, a busca realizada em uma imobiliária em Balneário Camboriú (SC) foi irregular. Além de anular os efeitos da busca e proibir o uso do material coletado, o ministro mandou cancelar o mandado de prisão até o fim do processo.

Ela está foragida desde 2021, quando o STJ a colocou em prisão domiciliar por causa dos dois filhos menores que, segundo a decisão, necessitavam da presença da mãe. Karine Campos, no entanto, está na mira da Justiça e de operações policiais há mais de 10 anos.

A primeira vez que apareceu como alvo de uma investigação foi em 2011. Ela foi alvo da operação Maia, da Polícia Civil da Bahia. No mesmo estado, em 2014, a Rainha do Pó apareceu como uma das investigadas na operação Twister, da Polícia Federal.

Em 2019, a PF novamente mirou a traficante na operação Alba Branca, cujo mandado de prisão foi revogado pelo STJ. Na investigação, ela apareceu como líder da organização criminosa responsável pela exportação de mais de 6 toneladas de cocaína pelo porto de Santos para países da Europa.

Os investigadores conseguiram mapear à época que o grupo liderado por Karine Campos arrecadou quase R$ 1 bilhão com o tráfico internacional por via marítima. A atuação do grupo, segundo a decisão que ordenou a prisão da traficante, rendeu casas, fazenda, joias e veículos de luxo para a Rainha do Pó. Foram apreendidos nas buscas realizadas pela PF R$ 1,7 milhão em joias e o registro de uma fazenda comprada por R$ 12 milhões. “Importa destacar que, pelas informações obtidas, os contêineres contaminados com a cocaína não eram embarcados somente pelo porto de Santos (SP), mas também por Navegantes (SC), Paranaguá (PR) e possivelmente outros, inclusive no Nordeste. Desse modo, é possível concluir que a organização criminosa possuía galpões em mais de um Estado da Federação”, diz a sentença que condenou a traficante.

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