Especialista alerta para danos ambientais ao Rio Araguaia

“No sentido de que todos devem estar atentos não somente ao seu lazer, mas ter esse senso de que estamos no meio ambiente e que todos hajam com responsabilidade. Se todos amam o Araguaia que o preservem para as próximas gerações”

Os crimes ambientais foram introduzidos a pouco tempo na Constituição Federal, de acordo com o advogado Domingos Ganzer, especialista na área, que durante entrevista ao jornal Diário do Estado, nesta terça-feira (26), ressaltou a importância de cuidar do meio ambiente como um todo.  Entre os crimes ambientais mais comuns estão os contra a fauna e flora, como por exemplo não existe somente a poluição ambiental, mas a sonora, a questão do lixo, mas isso também vem sofrer interferência cultural.

Com o período de férias chegando, o alvo é o Rio Araguaia, seja de turistas ou demais frequentadores do local. A SECIMA faz uma importante campanha de distribuição de sacos de lixo nos acampamentos em busca de conscientizar os turistas da importância de não jogar lixo no Araguaia. Nesta temporada, é preciso estar atentos à necessidade de respeitar as normas ambientais, devendo o pescador estar portando sua licença ambiental de pesca e obedecendo os limites legais para pesca no Araguaia ou transportes de peixes. “O foco é a preservação para a gerações futuras. Na legislação ambiental, temos algumas providências que devem ser tomadas, por exemplo, aqueles que vão pescar ou mesmo andar em embarcações devem tirar uma licença que é feita online no site da SECIMA, podendo assim desfrutar de seu lazer no Rio Araguaia”, explica o advogado.

O uso dos terrenos às margens e praias fluviais do Rio Araguaia ocorreu de forma precária e irregular nos últimos anos, trazendo danos ao meio ambiente e é preciso conscientizar a população para o uso e ocupação adequados das praias do rio Araguaia. “Seja o desmatamento, ou uma ocupação irregular nas laterais do rio , ou nas áreas de preservação permanente (APP), onde as pessoas não respeitam e fazem construções ilegais e todos esses fatores vão contribuindo para que haja a erosão. Essa falta de mata ciliar ao redor do rio, que é a proteção dele, faz com que aumente também essa erosão”, destaca.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos do Estado de Goiás (Secima) vão fiscalizar e conscientizar os turistas neste período. “No sentido de que todos devem estar atentos não somente ao seu lazer, mas ter esse senso de que estamos no meio ambiente e que todos hajam com responsabilidade. Se todos amam o Araguaia que o preservem para as próximas gerações”, ressalta.

 

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Governo de Goiás investe R$ 6,6 milhões na restauração do Museu Zoroastro Artiaga

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), deu início às obras de restauração do Museu Goiano Zoroastro Artiaga, um dos marcos do estilo Art Deco na Praça Cívica, em Goiânia. Este projeto contou com um investimento de R$ 6,6 milhões e foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 
As obras, conduzidas pela Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, têm como objetivo recuperar as características originais do prédio, valorizar o conjunto arquitetônico e implementar melhorias de acessibilidade e segurança estrutural. Além disso, o espaço será requalificado com uma nova proposta museográfica.
 
Para proteger o público e o edifício histórico, tapumes foram instalados ao redor do prédio. Simultaneamente, começaram a ser elaborados os projetos executivos, além do mapeamento e organização do acervo, que será transferido para outro local durante as intervenções. Durante o restauro, o acervo passará por desinfestação por atmosfera anóxia (ausência de oxigênio) e higienização.

Importância do acervo

A coleção do museu inclui peças arqueológicas, mineralógicas, de etnologia indígena, arte sacra e arte popular, que narram a trajetória do estado e da cidade de Goiânia desde sua fundação até os dias atuais. Essas peças são essenciais para a preservação da memória histórica e cultural de Goiás.
 
A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, destaca que a preservação do patrimônio histórico e cultural goiano é uma prioridade. “O início das obras de restauro do Museu Zoroastro Artiaga representa um passo fundamental para garantir que este espaço, tão significativo para a memória de Goiás, continue a inspirar as próximas gerações. Estamos comprometidos em entregar à população um museu revitalizado, acessível e preparado para contar a nossa história com ainda mais riqueza e cuidado,” afirma a titular.

História e significado

Inaugurado como o primeiro museu de Goiânia, o Museu Goiano Zoroastro Artiaga é um marco cultural que reflete a diversidade material e imaterial de Goiás. Localizado na Praça Cívica, o edifício foi construído entre 1942 e 1943 pelo engenheiro polonês Kazimiers Bartoszevsky, inicialmente para abrigar o Departamento de Imprensa e Propaganda. Em 1946, foi transformado em museu e recebeu o nome de Zoroastro Artiaga, em homenagem ao professor, advogado, geólogo e historiador que foi o primeiro diretor da instituição. Tombado como Patrimônio Arquitetônico e Histórico Estadual em 1998 e pelo Iphan em 2004, o museu é uma referência do estilo Art Deco, um dos destaques da arquitetura da capital goiana.

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