TJ-SP proíbe condomínio de usar galinhas-d’angola contra escorpiões em Presidente Prudente: veja a decisão.

Justiça proíbe condomínio residencial de usar galinhas-d’angola para combater
infestação de escorpiões em Pres. Prudente

Decisão do TJ-SP manteve decisão de primeira instância e ainda considerou que fezes das aves contribui para a proliferação do mosquito-palha, transmissor da leishmaniose. Condomínio pretendia usar galinhas-d’angola para combater escorpiões – Foto: Reprodução EPTV

A 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve, em segunda instância, sentença da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Presidente Prudente, proferida pelo juiz Darci Lopes Beraldo, que negou pedido de um condomínio residencial para utilizar galinhas-d’angola (Numida meleagris) no controle de pragas em áreas comuns do local.

Após aprovação em assembleia de moradores, o condomínio introduziu as aves para combater uma infestação de escorpiões. No entanto, a Vigilância Sanitária local recomendou a retirada das galinhas, com base em denúncia sobre transtornos causados, como sujeira em decorrência das fezes e proliferação de vetores de doenças.

De acordo com o TJ-SP, a fiscalização também apontou que a criação de galinhas em áreas urbanas contraria legislações municipal e estadual, que proíbem tal prática por riscos sanitários e incômodos à vizinhança. Em seu voto, o relator do recurso, desembargador Percival Nogueira, ressaltou que a decisão do condomínio não pode prevalecer sobre normas sanitárias e de saúde pública, que têm como objetivo proteger o bem-estar coletivo.

“A atuação da Vigilância Sanitária é destacada e se sobrepõe à assembleia condominial, especialmente no que tange ao uso das partes comuns e da exposição aos demais condôminos e ocupantes,” escreveu. A decisão foi unânime e participaram do julgamento os desembargadores Antonio Celso Faria e Bandeira Lins.

O condomínio residencial sustentou que a área está infestada de escorpiões e que os galináceos, considerados inimigos naturais dos aracnídeos, são agentes eficazes no controle das pragas. “A criação dessa espécie [galinha-d’angola], portanto, é permitida somente em propriedades situadas na zona rural do município, cujas instalações apresentem condições sanitárias adequadas, ressaltando que a matéria orgânica resultante das fezes das aves, contribui para a proliferação do mosquito-palha, vetor transmissor da leishmaniose”, salientou Percival Nogueira.

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Peruíbe em situação de emergência: 442 desabrigados após temporal

Peruíbe, no litoral de São Paulo, decretou situação de emergência após o temporal que atingiu o município entre quarta-feira (8) e quinta-feira (9). Imagens aéreas da Defesa Civil obtidas pelo DE, mostram a cidade debaixo d’água. Segundo a Defesa Civil estadual, 442 pessoas estão desabrigadas.

A forte chuva foi acompanhada por rajadas de vento, causando erosão, pontos de alagamento e enxurradas, de acordo com a Defesa Civil Estadual. Na Rua Tenente José Ignácio Monte Oliva, do bairro Residencial Park D´Avielle, ocorreu uma erosão provocada pela enxurrada, isolando a área. Em outros bairros como Caraguava, Vila Erminda e Araminguava, houve diversos pontos de alagamentos que afetaram moradias, resultando em mais pessoas desabrigadas.

Para auxiliar os moradores afetados, a Prefeitura disponibilizou três abrigos temporários: Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Delcélia Joselita Machado Bezerra, EMEF Prof. Maria Amélia e EMEF Fernando Nepomuceno Filho. Além disso, a Defesa Civil Estadual em conjunto com o Fundo Social enviou quatro caminhões com material de ajuda humanitária, incluindo cestas básicas, kits de limpeza e kits de higiene.

Com 442 desabrigados registrados na manhã de sexta-feira, os moradores foram distribuídos nos abrigos temporários. A situação ainda demanda apoio contínuo, por isso agentes da Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil atuam com nove embarcações no resgate dos moradores, sob coordenação da Defesa Civil Estadual.

A prefeitura destacou a importância de monitorar áreas vulneráveis devido ao solo encharcado, pois mesmo com a previsão de sol entre nuvens, há possibilidade de pancadas de chuva que podem agravar a situação. Equipes da Defesa Civil estadual realizarão vistorias em áreas de risco de deslizamento e nos abrigos emergenciais para garantir a segurança e o controle da logística humanitária.

Diante dos impactos causados pelo temporal em Peruíbe, a solidariedade e ações de apoio são essenciais para a recuperação e assistência às famílias afetadas. É fundamental a atuação conjunta de órgãos públicos, voluntários e comunidade para amenizar os efeitos desse desastre natural e garantir a reconstrução e o cuidado com a população local.

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