Lula sanciona reajuste de salário mínimo e oficializa Gabriel Galípolo no BC

Lula encontra com DE para assinar reajuste de salário mínimo

Lula também deve oficializar posse de Gabriel Galípolo no Banco Central. Economista assume BC no dia 1º de janeiro, no lugar de Campos Neto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontra na tarde desta segunda-feira (30/12) com Gabriel Galípolo no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. A expectativa é que posem para fotos e Lula oficialize a posse de Galípolo para o Banco Central (BC), que assumirá a instituição no dia 1º de janeiro.

Depois do encontro com Galípolo, que irá acompanhado do ministro Fernando Haddad (Fazenda), Lula irá assinar o reajuste do salário mínimo. Com a nova regra de crescimento acima da inflação, o salário mínimo em 2025 deverá ter aumento de R$ 106 e será de R$ 1.518.

Galípolo é sucessor de Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula reclamou diversas vezes de precisar ser conciliatório com Campos Neto. Apesar disso, o petista acusou o nomeado de Bolsonaro de ter “lado político” e trabalhar contra o país. A principal discordância deles é a elevação da taxa básica de juros, a Selic, que encerrou o ano a 12,25%.

No dia 20 deste mês, Lula publicou um vídeo com Galípolo a fim de apresentar o novo presidente do BC para o público. Na gravação, o petista prometeu autonomia.

Economista, Gabriel Galípolo, de 42 anos, é natural da capital de São Paulo e, nas eleições de 2022, atuou como uma ponte entre a campanha petista e atores do mercado financeiro. Dessa forma, se tornou secretário-executivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre janeiro e junho de 2023. Depois, virou diretor de Política Monetária do BC e favorito para ser o indicado de Lula ao comando do banco.

“Quero que você (Galípolo) saiba que está aqui por uma relação de confiança minha e de toda a equipe do governo. Você será o mais importante presidente do Banco Central, porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve”, disse. “Tenho certeza de que, pela sua qualidade profissional, você certamente vai dar uma lição de como se governo o Banco Central com verdadeira autonomia”, complementou.

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Presidente do México sugere “América Mexicana” em resposta a Trump: uma ironia histórica.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, fez uma crítica irônica ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à sugestão dele de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”. Sheinbaum sugeriu, de forma sarcástica, que os EUA deveriam ser chamados de “América Mexicana”. Em uma coletiva de imprensa, ela ironizou a proposta de Trump e sugeriu o novo nome, destacando que soa bem.

Acompanhada pelo ex-ministro da Cultura José Alfonso Suárez del Real, Sheinbaum apresentou mapas históricos para embasar suas críticas. Ela mencionou o antigo território mexicano, que incluía áreas que hoje fazem parte dos Estados Unidos. Suárez del Real explicou que a América Mexicana é reconhecida desde o século 17, apontando para as áreas no mapa que reforçam a história mencionada.

Sheinbaum também fez uma alusão ao desconhecimento histórico de Trump, ironizando a crença do presidente eleito de que Felipe Calderón ainda é presidente do México. Ela mencionou a Constituição de Apatzingán, de 1814, como base para sua sugestão, que propunha um Estado envolvendo México, EUA e Canadá, embora nunca tenha sido implementado.

Em resposta às acusações de Trump sobre o controle de cartéis no México, Sheinbaum afirmou que o povo mexicano está no comando. Apesar das críticas, a presidente expressou desejo por uma relação positiva com os Estados Unidos, destacando a importância de um bom relacionamento entre os países.

O Golfo do México é o maior do mundo em extensão, com aproximadamente 1,55 milhão km² e é uma região rica em petróleo. Trump, durante coletiva na Flórida, sugeriu ainda a anexação do Canadá aos EUA, além de propor mudanças de nomes e fusões territoriais, intensificando as tensões com os países vizinhos. Suas declarações polêmicas geraram controvérsias e críticas por parte de diversos setores da sociedade.

Em meio a essas polêmicas, Sheinbaum manteve uma postura firme em suas críticas e sugestões, demonstrando um posicionamento claro em relação às propostas de Trump. A presidente do México destacou a importância histórica e geográfica do território mexicano e reforçou o desejo por uma relação positiva com os Estados Unidos, apesar das divergências apresentadas.

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