Atleta sobrevivente de acidente no RS é convocado para treinar com Seleção Brasileira

O único atleta sobrevivente do acidente com a equipe de remo do Rio Grande do Sul foi convocado para treinar com a Seleção Brasileira. João Pedro Milgarejo e o instrutor Davi Rubira embarcarão para o Rio de Janeiro, onde ficarão por 15 dias. Posteriormente, partirão para Turim, na Itália. João Pedro, aos 17 anos, foi o único sobrevivente de um trágico acidente na BR-376, em Guaratuba (PR), que vitimou nove pessoas, incluindo oito membros da equipe de remo e o motorista responsável por seu transporte.

O Projeto “Remar para o Futuro”, do qual João Pedro Milgarejo e Davi Rubira fazem parte, é realizado em parceria com o clube Centro Português e a Academia de Remo Tissot, com o apoio da Prefeitura de Pelotas e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Depois dos treinos com a Seleção Brasileira, a dupla retorna a Pelotas para, em seguida, embarcar para Turim, na Itália, onde participarão de um mês de treinamentos em um clube italiano solidário à tragédia.

Em entrevista à RBS TV, João Pedro revelou seu desejo de continuar remando e de um dia competir nas Olimpíadas em memória de seus colegas e pela família deles. Conforme o instrutor Davi Rubira, o jovem atleta está gradativamente retornando às atividades esportivas, passando por sessões de fisioterapia e readaptando-se aos treinos de remo e musculação. Sua participação em competições e eventos de remo é parte da superação após o acidente que o vitimou.

Em relação ao acidente, as investigações apontaram que a tragédia ocorreu após a carreta colidir com a van que transportava a equipe de remo, resultando em ferimentos graves e fatais para os ocupantes do veículo. O envolvimento do motorista e do proprietário da carreta em ações negligentes culminou em denúncias de homicídio culposo e lesão corporal culposa, conforme o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

A reconstrução da vida esportiva de João Pedro Milgarejo após o acidente trágico é um exemplo de superação e determinação. Sua convocação para treinar com a Seleção Brasileira é não apenas um reconhecimento de sua resiliência, mas também uma oportunidade de manter viva a memória de seus companheiros de equipe e de seguir em busca de seus sonhos olímpicos. Acompanhar a trajetória do atleta é inspirador e revela a força do esporte como meio de superar adversidades e construir um futuro promissor.

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Casal sofre ataque homofóbico em viagem de ônibus: busca justiça e apoio emocional

Casal sofreu ataque homofóbico durante viagem de ônibus entre Balneário Camboriú e São Paulo DE. A situação ocorreu quando um líquido foi derramado no chão do ônibus, molhando as bagagens de uma mulher não identificada, que acabou ofendendo o casal. A Polícia Civil está investigando o caso que ganhou repercussão após as vítimas registrarem as ofensas em vídeo.

As ofensas proferidas pela mulher no ônibus incluíram xingamentos como “viado” e “bibas do c******”. O programador Wellington Gabriel dos Santos, de 28 anos, relatou que as agressões começaram após a suspeita de que eles teriam sido os responsáveis pelo líquido derramado. No entanto, o casal negou as acusações, o que resultou em humilhação pública e agressão verbal.

O casal, formado por Wellington e seu namorado, Ailton Flávio da Silva, foi exposto a uma situação constrangedora diante das acusações infundadas. A mulher insistiu nas acusações, o que gerou uma crise de ansiedade no namorado de Wellington, que precisou de ajuda para se acalmar. O vídeo mostra um diálogo posterior em que a mulher reconhece que o casal não foi o responsável pelo líquido derramado em suas bagagens.

Diante do ocorrido, o casal registrou um boletim de ocorrência de acordo com a lei 7.716/89, que trata de preconceito de raça ou cor, no 50º Distrito Policial, no Itaim Paulista. Mesmo que a legislação não mencione explicitamente a homofobia, ela engloba os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Além disso, os envolvidos consultaram um advogado para acionar a empresa responsável pela viagem e identificar a autora das ofensas.

O casal busca justiça diante do ataque homofóbico sofrido durante a viagem de ônibus, visando responsabilizar a mulher pelas ofensas proferidas. Enquanto isso, Wellington destaca a importância do suporte psicológico para seu parceiro lidar com os impactos emocionais provocados pela situação. A conscientização e a luta contra a homofobia são essenciais para promover um ambiente de respeito e igualdade para todos.

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