Neuralgia do Trigêmeo: Carolina Arruda luta contra ‘A Pior Dor do Mundo’ e busca alívio através de tratamentos inovadores

‘Pior dor do mundo’: saiba como está Carolina Arruda e relembre tratamentos realizados para aliviar sintomas da neuralgia do trigêmeo

Estudante mobilizou o país ao compartilhar sua luta contra a dor nas redes sociais. Inicialmente, ela buscava por suicídio assistido; no entanto, recebeu opções de tratamento e hoje segue tentando controlar os episódios de dor e recuperar qualidade de vida.

Doença com ‘pior dor do mundo’: Entenda

Ao longo de 2024, o Diário do Estado tem mostrado a história de Carolina Arruda, uma jovem diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, uma condição conhecida como “a pior dor do mundo”.

O primeiro relato, publicado em julho, destacou a luta diária da jovem contra dores intensas e revelou o desejo que ela tinha de buscar o suicídio assistido na Suíça, país onde o procedimento é legalizado.

Durante o ano, a reportagem acompanhou a trajetória de desafios e esperança, que mobilizou o país e gerou debates importantes sobre saúde e direitos humanos. Relembre abaixo os detalhes.

O INÍCIO

1 de 8 Carolina Arruda tem neuralgia do trigêmeo, considerada a ‘pior dor do mundo’ — Foto: Arquivo pessoal/Carolina Arruda

A reportagem inicial, publicada em 4 de julho, apresentou Carolina como uma jovem brasileira que vive com dores insuportáveis, comparadas a choques elétricos constantes no rosto. Aos 27 anos, ela relatou como a doença mudou completamente sua vida.

Sem respostas eficazes no Brasil, Carolina considerava o suicídio assistido na Suíça, onde o ato é legalizado, como uma alternativa para interromper o sofrimento.

Por causa da dor intensa, que pode ser desencadeada por atividades simples como falar, comer ou até mesmo uma leve brisa no rosto, a jovem se viu em uma rotina exaustiva de tratamentos.

Após quatro cirurgias e incontáveis tentativas de encontrar alívio, com passagem por pelo menos 50 médicos diferentes, Carolina chegou a pedir compaixão e empatia das pessoas que, na ocasião, a julgavam pela decisão de buscar o suicídio assistido fora do país.

A história de Carolina Arruda

2 de 8 Carolina Arruda — Foto: Carolina Arruda/Arquivo Pessoal

Casada há três anos e mãe de uma menina de 10, Carolina começou a sentir as dores aos 16 anos, quando estava grávida e se recuperava de dengue.

Os episódios de dor se tornaram constantes, mas ficaram mais frequentes após o nascimento da filha. As dores contínuas atrapalhavam tanto a vida de Carolina que ela abriu mão da criação da bebê quando esta completou um ano. A menina, então, foi morar com os bisavós.

Em busca de diagnóstico, Carolina se consultou com diversos médicos. O diagnóstico de que ela sofre de neuralgia do trigêmeo aconteceu quando ela tinha 20 anos.

DIAGNÓSTICO RARO

3 de 8 Médico Marcelo Senna, que diagnosticou Carolina Arruda — Foto: Reprodução/Redes sociais

A reportagem conversou com o médico Marcelo Senna, que tem mais de 30 anos de experiência com a neuralgia do trigêmeo. Ele descreveu o quanto a doença é rara na idade de Carolina e relembrou que, anos antes, ele já tinha dado o mesmo diagnóstico para o bisavô da jovem.

Senna foi procurado por Carolina, à época com 20 anos, quando ela já convivia com as dores há quatro anos e já tinha passado por vários médicos.

Após o diagnóstico, Carolina Arruda realizou vários tratamentos com outros médicos e cirurgias, como descompressão microvascular, rizotomia por balão e duas neurólises por fenolização, mas sem alívio que trouxesse qualidade de vida para ela.

OFERTA DE TRATAMENTO

4 de 8 O marido Pedro Leite e Carolina Arruda na Santa Casa de Alfenas — Foto: Pedro Leite/Arquivo Pessoal

Poucos dias após a publicação da primeira reportagem no Diário do Estado sobre o caso, Carolina recebeu uma proposta de tratamento gratuito em um hospital especialista em dores crônicas, em Alfenas, no Sul de Minas.

O diretor clínico da unidade hospitalar e presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED), Carlos Marcelo de Barros, se ofereceu para ajudá-la após a repercussão do caso.

Após passar uma semana internada com a oferta de tratamento gratuito em Alfenas, Carolina deixou a Unidade de Terapia Intensiva e, ao retornar para o quarto, relatou que estava sem dores.

INTERNAÇÃO PARA TRATAMENTO

5 de 8 Carolina Arruda foi internada para tratamento gratuito na Santa Casa de Alfenas — Foto: Reprodução / Instagram

Durante os dias de sedação, dezenas de exames foram realizados para avaliar a condição e o tratamento a ser seguido por Carolina. Um exame de ressonância magnética também confirmou a origem da dor.

PONTO A PONTO DO TRATAMENTO

6 de 8 Carolina Arruda e o médido Dr. Carlos Marcelo de Barros na Santa Casa de Alfenas, no Sul de Minas — Foto: Arquivo pessoal/Carolina Arruda

O médico Carlos Marcelo de Barros estabeleceu um plano terapêutico que incluía, entre outras ações, o implante de neuroestimuladores para proporcionar alívio suficiente da dor e melhorar a qualidade de vida da paciente.

VIDA ANTES DA DOENÇA

7 de 8 Carolina Arruda – Bambuí — Foto: Carolina Arruda/Arquivo Pessoal

Carolina sempre foi ativa e cheia de energia, adorava exercícios físicos e atividades ao ar livre. No entanto, com o tempo, as limitações fizeram com que ela perdesse o gosto pela vida.

PEQUENO ALÍVIO

8 de 8 Carolina Arruda após implantar ‘bloqueadores’ da dor — Foto: Arquivo pessoal/Carolina Arruda

Dias depois da cirurgia de implante da bomba de analgésicos para aliviar a “pior dor do mundo”, Carolina contou que as dores haviam sido aliviadas. Apesar da melhora, as crises continuam.

TENTATIVA DE VIDA NORMAL

A implantação da bomba de analgésicos foi uma tentativa terapêutica para Carolina. Nos últimos meses, ela relatou que as crises de dores se intensificaram e que o médico responsável ajustará a dose do medicamento na bomba. Carolina segue compartilhando sua jornada nas redes sociais, conscientizando sobre sua condição.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Chuva alaga ruas em Carmo do Rio Claro e Cássia, MG: estragos e prejuízos causados

Chuva alaga ruas e provoca estragos em Carmo do Rio Claro e Cássia, MG

Água inundou ruas, invadiu casas e estabelecimentos comerciais em Carmo do Rio Claro; em Cássia, carros chegaram a ser arrastados.

A chuva que caiu na tarde desta segunda-feira (6) em algumas cidades do Sul de Minas causou alagamentos e provocou estragos em pelo menos duas cidades da região. Carmo do Rio Claro e Cássia foram as mais afetadas.

Em Carmo do Rio Claro (MG), a água inundou ruas, invadiu casas e estabelecimentos comerciais em vários pontos do município. O muro de uma casa também caiu.

Segundo informações da prefeitura, a chuva começou por volta de 13h30 e durou cerca de 50 minutos. Um levantamento está sendo feito para avaliar os prejuízos.

A administração municipal informou que funcionários da Secretaria de Obras e Assistência Social fariam um plantão para atender moradores que buscam ajuda.

CHUVA EM CÁSSIA

Uma forte chuva também deixou alagamentos e causou prejuízos em Cássia (MG) na tarde desta segunda-feira (6). Parte do asfalto foi arrancado e alguns carros foram arrastados pela correnteza.

Ainda segundo a prefeitura, a chuva durou cerca de 10 minutos. Foi necessário o uso de máquinas e caminhões para fazer a limpeza do local.

Ninguém ficou ferido e nenhum imóvel foi invadido pela água.

Diário do Estado irá manter os leitores atualizados sobre mais informações e notícias da região do Sul de Minas. Acompanhe para ficar por dentro de tudo o que acontece!

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp