Antonio Augusto Fonseca, de 17 anos, o adolescente baleado por uma arma de fogo durante uma festa de cavalgada, pode ficar tetraplégico, segundo um tio dele. A vítima foi atingida pelo disparo durante uma confraternização em um sítio na zona rural de São Gotardo, no Alto Paranaíba, na noite de sábado (28). O suspeito, Sebastião Camargos de Oliveira, de 29 anos, é procurado pela polícia após atirar para o alto e atingir o adolescente.
Em conversa com o Diário do Estado, o tio de Antonio, Mateus Henrique, contou que as confraternizações entre o grupo de amigos eram comuns e que o tiro que acertou o sobrinho atingiu a garganta, atravessou a medula e perfurou o pulmão. “A família está derrotada, o Antonio é um menino amável, sem vícios, trabalhador e que ama cavalos. Ele trabalha em um haras, como cuidador. Os médicos nos disseram que ele pode ficar tetraplégico e nos deram poucas esperanças de que ele volte a andar, mas precisamos esperar que ele acorde para ver de fato quais os danos”, disse.
Segundo a Polícia Militar (PM), testemunhas contaram que Sebastião atirou para cima, aparentemente comemorando algo. Momentos depois, o garoto foi visto caído, com bastante sangramento no pescoço. Amigos e testemunhas rapidamente o socorreram e o levaram até o Pronto-Socorro Municipal, onde ele recebeu atendimento de emergência e foi estabilizado para transferência ao Hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas.
O Diário do Estado entrou em contato com a assessoria do Hospital para saber sobre o estado de saúde da vítima e aguarda retorno. O suspeito, que é filho do vereador eleito Roberto Carlos de Oliveira, o Robertinho da Garagem, deixou a festa antes da chegada da polícia e é procurado. No entanto, algumas horas mais tarde, o advogado dele, Marco Antônio Ribeiro Lopes, se apresentou à PM. Ele foi orientado sobre os procedimentos em andamento e se comprometeu a cooperar com as investigações.
Conforme a PM, o sítio onde o caso foi registrado é monitorado por câmeras de monitoramento. O dono forneceu as imagens, que não foram divulgadas, serão analisadas pela Polícia Civil. A PM ressaltou que “essas foram versões apresentadas por testemunhas que estavam no local dos fatos. Somente após a investigação terá como se comprovar ou não essas versões apresentadas”.
O Diário do Estado entrou em contato com a Polícia Civil, que informou que apura as circunstâncias do fato e que não houve conduzidos à delegacia até o momento. A situação é delicada e exige investigação minuciosa para esclarecer todos os detalhes do ocorrido. A família do adolescente espera por justiça e por respostas que possam trazer um pouco de alívio em meio a tanta angústia. É importante que casos como esse sejam tratados com a devida seriedade e responsabilidade pelas autoridades competentes.