Personalidades perdidas no Amazonas em 2024: relembre os nomes que marcaram a história.

Perdas marcantes no Amazonas: relembre as personalidades que nos deixaram em 2024

Márcio Souza, Djidja Cardoso e Arthur Bisneto são algumas das pessoas que faleceram no estado neste ano.

O Amazonas perdeu diversas personalidades que marcaram a história e a cultura do estado em 2024. Entre os falecimentos, estão os de artistas, escritor, político e um ex-combatente da 2ª Guerra Mundial. Para relembrar as figuras que partiram, o DE fez uma retrospectiva. Confira abaixo.

MÁRCIO SOUZA

O escritor e dramaturgo Márcio Souza faleceu em 12 de agosto, em Manaus. Na noite anterior ao falecimento, ele passou mal, foi levado a um Serviço de Pronto Atendimento (SPA), onde sofreu uma crise de diabetes e, em seguida, uma parada respiratória.

Também cineasta, Márcio Souza foi o autor do romance de sucesso “Mad Maria”, que inspirou a minissérie brasileira de mesmo nome, produzida pela Rede Globo.

Além da carreira literária, ele atuou como professor, diretor de teatro e escreveu críticas de cinema e artigos para diversos jornais e revistas brasileiras, como Senhor, Status, Folha de S. Paulo e A Crítica.

Djidja Cardoso

A ex-sinhazinha do Boi Garantido, DE foi encontrada morta dentro de sua própria casa, em Manaus, no dia 28 de maio. Djidja tinha 32 anos quando faleceu e de acordo com o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração. A polícia suspeita que a morte tenha sido provocada por overdose de cetamina, uma substância que causa alucinações e dependência.

Antes do falecimento, Djidja havia ficado conhecida no estado ao encantar os torcedores da nação vermelha e branca ao representar a sinhazinha da fazenda, personagem que conta a história branca dentro do auto do boi no Festival Folclórico de Parintins. Após se aposentar do item, passou a trabalhar ao lado da família no comando de uma rede de salões de beleza no Amazonas.

A morte precoce da empresária desencadeou uma série de eventos, uma vez que ela, seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar estavam sendo investigados por envolvimento em um grupo religioso que forçava o uso de cetamina para alcançar uma falsa plenitude espiritual. O caso gerou grande repercussão nacional na época.

Arthur Bisneto

Quem também faleceu em 28 de maio foi o político Arthur Bisneto, aos 44 anos de idade. A morte foi confirmada pelo pai, o ex-senador pelo Amazonas e ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, por meio das redes sociais.

Na carreira política, Bisneto atuou como vereador, deputado estadual e deputado federal, sendo que seguiu neste cargo até o ano de 2018. Nesse mesmo ano, ele ainda disputou sua última eleição para o Governo do Amazonas, como vice do atual senador Omar Aziz.

Teixeira de Manaus

Em janeiro de 2024, o saxofonista Rudeimar Soares Teixeira, conhecido como “Teixeira de Manaus” morreu aos 79 anos. O artista estava internado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em tratamento de um tumor na hipófise, mas não resistiu.

O músico ficou conhecido como o percursor do movimento musical conhecido como o “beiradão”, que mistura diversos ritmos, entre eles o carimbó, merengue, lambada, cumbia, forró, salsa, xote e música latina.

“Teixeira de Manaus” chegou a ser um dos maiores vendedores de LPs no Brasil durante a década de 1980, o que lhe rendeu apresentações e shows em todo o país.

Mário Expedito Neves Guerreiro

O ex-combatente da 2ª Guerra Mundial, Mário Expedito Neves Guerreiro, faleceu, de causas naturais, aos 103 anos, no dia 15 de agosto, em Manaus. Ele foi um dos 160 amazonenses que foram para a Itália participar do maior conflito armado da história.

Após trabalhar como datilógrafo em São Paulo e servir na Segunda Guerra Mundial, retornou ao Brasil e se formou em Direito. Em 1951, fundou a Brasiljuta, uma das maiores empresas de tecelagem da América, pioneira na industrialização da região.

Guerreiro também foi presidente de diversas entidades, como o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), a Associação Comercial do Amazonas (ACA) e o Banco do Estado do Amazonas (BEA), além de ter atuado na criação do Instituto de Fomento à Produção de Fibras Vegetais da Amazônia (Ifibram) e na instalação da Refinaria de Manaus.

Em 2021, aos 100 anos de idade, Mário Guerreiro venceu a Covid-19, após passar 40 dias internado com a doença. Após ter alta hospitalar, Guerreiro saiu do hospital sob aplausos.

Juarez Lima

O artista plástico Juarez Lima morreu no dia 22 de novembro, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto estava em viagem à Áustria. Ele foi internado e passou por uma cirurgia, mas não resistiu e foi a óbito.

Juarez ganhou reconhecimento ao revolucionar as criações de alegorias para o Festival Folclórico de Parintins. Além disso, o artista era um dos organizadores da Romaria das Águas, que homenageava Nossa Senhora do Carmo, padroeira da Ilha Tupinambarana.

Eliena Monteiro

A jornalista Eliena Monteiro, que ocupava o cargo de editora no Portal g1 Amazonas, faleceu, em Manaus, aos 37 anos. Ela foi a óbito após sofrer complicações pós-cirurgia e não resistir aos ferimentos.

Natural do Pará, Eliena era graduada em jornalismo, com experiência em diversas áreas, incluindo webjornalismo, radiojornalismo e assessoria de comunicação.

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Canaranas invadem orla de Manaus durante período de seca: especialistas alertam para riscos ambientais e de segurança

Com a chegada do período de seca do Rio Negro, um fenômeno preocupante tem chamado a atenção dos moradores de Manaus. As “canaranas”, também conhecidas como “capim marreco”, têm invadido a orla da cidade, formando verdadeiros tapetes verdes que se estendem por quilômetros. O aumento do nível das águas não foi suficiente para eliminar a vegetação que se aproveitou do solo fértil para se proliferar.

Um especialista ouvido pelo de alertou para os impactos negativos das canaranas na região. Além de atrair insetos e reduzir a oxigenação do rio, o capim representa uma ameaça para a fauna aquática local. O risco para embarcações também é uma preocupação, já que a presença das canaranas pode dificultar a navegação no Rio Negro, colocando em perigo quem depende do transporte fluvial.

A presença das canaranas na orla de Manaus é tão marcante que vídeos divulgados nas redes sociais têm chamado a atenção tanto dos moradores quanto dos visitantes da cidade. O balneário da Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos da região, tem sido impactado pela invasão desse capim indesejado, prejudicando a paisagem e a qualidade de vida dos frequentadores.

O biólogo André Menezes alerta para os perigos das canaranas, que podem abrigar animais peçonhentos como cobras e jacarés. Além disso, a decomposição do capim torna a água imprópria para banho, contaminando o ambiente aquático e prejudicando a vida marinha. A remoção dessa vegetação se torna uma tarefa urgente para preservar o equilíbrio ambiental e garantir a segurança de todos.

A origem do capim marreco está diretamente ligada à oscilação das águas do Rio Negro. Durante a seca, o solo acumula nutrientes que favorecem o crescimento da vegetação. Com a chegada das chuvas e a subida do rio, o capim se solta da terra, formando extensos tapetes verdes que se espalham pela região. A falta de ação preventiva pode resultar em custos mais elevados para a remoção das canaranas, que se tornam ainda mais difíceis de serem retiradas após a inundação.

Diante do agravamento da situação, a Prefeitura de Manaus iniciou a remoção das canaranas na Praia da Ponta Negra. O secretário Sabá Reis ressaltou a importância da ação para preservar a navegabilidade do Rio Negro e garantir a segurança das embarcações que circulam pela região. A remoção do capim se mostra essencial para evitar danos ao ecossistema local e manter a qualidade de vida da população ribeirinha.

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