Prefeito mais votado em Mercês (MG) não assume, presidente da Câmara assume interinamente; vereadores eleitos listados

Mais votado nas urnas, prefeito de Mercês (MG) não tomará posse nesta quarta (1º), e presidente da Câmara assume; veja lista de vereadores eleitos

Donizete Calixto (Mobiliza) venceu as eleições de 2024 com 47,62% dos votos válidos no 1º turno, mas candidatura foi indeferida. Nove vereadores assumem mandato 2025-2028.

1 de 1 Donizete Calixto e doutra Mercesinha foram eleitos em Mercês, mas não assumirão em 1º de janeiro — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Donizete Calixto e doutra Mercesinha foram eleitos em Mercês, mas não assumirão em 1º de janeiro — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Donizete Calixto (Mobiliza) não toma posse nesta quarta-feira (1º) como prefeito de Mercês. Isso porque, segundo o Tribunal Regional Eleitoral, o político, que concorreu ao pleito com candidatura indeferida com recurso, está inelegível.

Como o processo está em tramitação, o presidente da Câmara assume o comando da Prefeitura de forma interina, até que haja decisão definitiva no processo (sem mais possibilidades de recurso).

Caso o indeferimento seja confirmado, o município terá nova eleição. Se em algum caso o registro de candidatura acabar sendo deferido, Donizete Barbosa e doutora Mercesinha, vice, poderão ser diplomados e tomar posse em outra data. Eles foram eleitos com 47,62% dos votos válidos no 1º turno.

O Diário do Estado tentou contato com Donizete Barbosa e a Câmara Municipal, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

O QUE FAZEM OS PREFEITOS

Cabe ao prefeito decidir em que aplicar os recursos repassados ao município pelo Estado ou pelo governo federal, e administrar o que é arrecadado de impostos, como IPTU e ISS. Ele também é responsável pelas políticas de áreas como educação, saúde, moradia, transporte público e saneamento básico. Para isso, conta com secretários que são nomeados. O prefeito também precisa trabalhar junto com os vereadores, que representam os cidadãos no Legislativo municipal.

VEJA QUEM SÃO OS VEREADORES ELEITOS

Mercês elegeu 9 vereadores nas eleições 2024. Vejam quem são eles:

– Carlin Buzina (MOBILIZA) tem 47 anos, é casado, declara ao TSE a ocupação de “outros”, um patrimônio de R$ 0, e informa ter ensino fundamental incompleto.
– Carlos Henrique (AVANTE) tem 66 anos, é divorciado, declara ao TSE a ocupação de “outros”, um patrimônio de R$ 34.000, e informa ter ensino médio completo.
– Faisca (MOBILIZA) tem 46 anos, é casado, declara ao TSE a ocupação de motorista de veículos de transporte coletivo de passageiros, um patrimônio de R$ 40.000, e informa ter ensino médio completo.
– Lili do Gas (PSD) tem 33 anos, é casado, declara ao TSE a ocupação de comerciante, um patrimônio de R$ 93.000, e informa ter ensino médio completo.
– Marcelo Moto Som (MOBILIZA) tem 45 anos, é casado, declara ao TSE a ocupação de militar reformado, um patrimônio de R$ 0, e informa ter ensino médio completo.
– Marquinho Enfermeiro (PDT) tem 44 anos, é divorciado, declara ao TSE a ocupação de técnico de enfermagem, um patrimônio de R$ 58.000, e informa ter superior completo.
– Rosi da Saude (AVANTE) tem 48 anos, é divorciada, declara ao TSE a ocupação de dona de casa, um patrimônio de R$ 270.000, e informa ter ensino médio completo.
– Vaninho da Feira (PSD) tem 43 anos, é casado, declara ao TSE a ocupação de trabalhador rural, um patrimônio de R$ 32.236, e informa ter ensino médio incompleto.
– Zé do Caminhão de Boi (UNIÃO) tem 55 anos, é solteiro, declara ao TSE a ocupação de motorista de veículos de transporte de carga, um patrimônio de R$ 0, e informa ter ensino fundamental incompleto.

O QUE FAZEM OS VEREADORES

Os vereadores são responsáveis por elaborar e propor leis. Eles podem decidir sobre a criação de políticas públicas, têm a obrigação de fiscalizar o uso do dinheiro pelo Executivo e analisar a Lei Orçamentária Anual (LOA), que estabelece as despesas do ano seguinte do município. Há a possibilidade de vereadores deixarem os cargos para assumir funções na prefeitura. Quando isso acontece, o cargo é assumido por um suplente.

Esta reportagem foi produzida de modo automático sob supervisão de jornalistas e pode ser atualizada. Saiba mais. Se você encontrou algum erro, avise-nos por aqui.

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Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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